30 de março de 2012

Os desencontros amorosos dos únicos solteiros

A partir de determinada idade, quando ainda estamos solteiros e achamos que já era altura de termos uma família, é habitual que sentir que estamos todos mais defensivos nas relações (que na verdade estamos) e que, ou por se escolher de mais, ou por medo de se magoarem, ou simplesmente por falta de paciência para reviver tudo outra vez (o que se viveu numa relação anterior) e que isso nos leva a estar "desencontrados" ou "perdidos" para aceitar uma nova pessoa na nossa vida.

Eu não acredito muito nisso. Já referi várias vezes que não acredito que exista uma idade, uma altura certa para nada. Cada pessoa tem o seu tempo,as suas escolhas, as suas etapas e aprendizagens, que são só nossas, sempre diferentes de qualquer outra pessoa. 

O que acredito é que nós vamos bater de frente, de lado e de costas com todas as pessoas erradas. No fundo só acertamos uma vez, até lá, é só errar.

Gostaste daquela, mas ela afinal não gostava assim tanto de ti. Não gostavas assim tanto da outra, mas estavas a ver no que dava e afinal não deu. Achas que as histórias se repetem, que parecem sempre iguais, que cometes sempre o mesmo erro, ou que as pessoas acabam sempre por gostar menos de ti que tu delas, que estão mais na defensiva, ou que és tu que te fartas sempre antes de tempo. Há sempre qualquer coisa errada, enquanto não é a certa.

Não é de ti, não é delas, é da vida! É o que é. Não era a pessoa, será outra que ainda não te encontrou e que tu ainda não deste com ela. Um dia de cada vez e com 25 ou com 45, porque não há idade para encontrar, com mais 10 ou menos 10 anos que nós, porque também sobre isso não há registos pré-feitos, iremos acertar e apaixonarmo-nos por alguém que também se apaixona por nós. Vais ver que nesse dia vais perceber que não é a idade que nos fez desencontrarmo-nos, mas que foi ela que nos fez acertar melhor.

Special Agent Naughty


Existe o homem certo?

Estava convencida que cada pessoa tinha um género, um tipo de homem com características predefinidas, com os ingredientes certos que davam a receita perfeita para o homem ideal.

Ao longo da vida, vamos tendo padrões familiares, desde o pai, um tio ou um irmão; padrões de amigos que cruzam a nossa vida e que vemos como ícones; de namorados que vão deixando marcas de características que adorámos e de outras que... Nem vê-las!
Essas características vão traçando aquilo a que vamos chamando de "o nosso género".

Assim, da mesma forma que achava que os outros tinham um modelo ideal, eu não fugia à regra.

Fui elaborando uma série de itens que sentia que para mim seriam os certos. Desde características físicas, que se à partida o modelo não encaixasse nem valia a pena dar conversa; características de personalidade, que já sabendo à partida quais eram, bastava fazer algumas perguntas ou introduzir certos temas, que rapidamente o sumo que sairia era revelador se valeria ou não a pena passar para o próximo passo.

A verdade é que quando (achamos que) temos um género definido, o filtro que vamos construindo, com o tempo, fica tão apertado que começa a ser difícil alguma coisa passar através dele. Qualquer início de relação passa a ser feito com testes, de uma forma contida, controlada e totalmente calculada. Todo o caminho que adoptamos é para detectarmos onde está o erro e não para nos deixarmos surpreender.

Confesso que às tantas a minha lista era (ou é) tão elaborada, que já seria necessário fazer um teste com 50 perguntas de respostas com hipóteses entre a) e d) em que cada resposta corresponderia a um determinado valor, que no fim, somado, só teria hipótese de jantar quem tivesse um resultado entre 25,82>25,87. Seria mais fácil tirar o curso de medicina com a especialidade de coloproctologia, em 2 anos.

Agora imaginem quando um dia acordam e percebem que têm diante de vocês uma pessoa que não encaixa em nenhum dos ingredientes ditos "principais" e sem saberem dar resposta, essa pessoa começa a ocupar algum espaço no vosso pensamento. Voltam a olhar para a lista, tentam juntar algumas partes soltas da receita e... Nada! Não bate certo. Em vez de bolo de chocolate, sai panna cotta, o estranho é que gostam na mesma (ou mais).

Assim aconteceu, quando diante de mim estava um homem de corsários, com mais de metade dos boxers à vista, onde espreitavam varias espécies de animais (incluindo macacos e borboletas) e um boné com o Taz, mesmo assim havia qualquer coisa que me fazia continuar a olhar para ele.

À partida nada disto fazia sentido para mim:

1- Não gosto de ver homens de corsários;
2- Não aguento a moda dos boxers de fora e as calças a cair;
3- Bonecadas nos boxers, parece que voltei directamente à minha infância e aos anos 90;
4- Quanto ao boné com o Taz... Sem comentários, ao boné e ao Taz.

Mesmo assim, talvez por ir contra qualquer regra que eu tinha como preestabelecida, a curiosidade era mais forte e acabei por querer perceber o que me levava a não conseguir parar de pensar naquela pessoa tão fora de qualquer contexto.

Aos poucos o preconceito desapareceu e a pessoa que eu teria inicialmente posto de parte, mostrou-se inteligente, cheia de sentido de humor, com uma personalidade altamente vincada, educado e extremamente atencioso.

Aprendi uma lição: não vale a pena criar padrões, o homem perfeito nunca se vai encaixar numa listagem, este pode estar em qualquer parte, mascarado de um género que não é o nosso, com uma vida que nunca imaginámos gostar, rodeados de pessoas onde pensámos não encaixar, com todo um mundo de experiências que apenas excluíamos por não as conhecermos.

Até pode existir um "homem certo", mas não sairá de nenhuma receita!

Special Agent Naughty


28 de março de 2012

Homens bonitos ou de salto alto?

Depois de ter escrito que os homens estão a ficar mais bonitos e ter mencionado algumas das grandes mudanças que os tornam mais atraentes, achei que devia escrever algumas dicas que não devem usar, fazer ou aderir, para que não confundam entre algum cuidado e exagero.

Há excessos escusados, que vos tornam demasiado cuidadosos chegando a tornarem-se mais femininos que muitas mulheres. Atenção que gostamos de homens que se preocupem com o corpo e com a imagem, que cuidem de si e que nos queiram agradar, mas iremos continuar a gostar da diferença que nos separa, das nossas maquilhagens, da nossa depiladora que não queremos partilhar lado a lado com vocês, dos nossos cremes e das nossas roupas justas e decotadas.

Homens mais bonitos? Sim! Que demorem mais tempo que nós a arranjarem-se? Nunca!


Deixo-vos alguns conselhos para os homens seguirem à risca e para as mulheres oferecerem a alguns homens que estejam baralhados:

Unhas pintadas – Sim, há que ter cuidado para que as unhas não sejam compridas demais, há que mantê-las limpas, até podem lima-las (desde que ninguém saiba), agora pintar... NUNCA!

Depilar pernas, braços ou axilas – Se acharem por bem aparar, é com vocês, se acharem exagerado o tamanho, mas isso é só terem trabalho, porque por nós, um homem ainda deve continuar com alguma masculinidade e algum pêlo só lhe fica bem;

Cremes em excesso – É bom terem algum cuidado, mas se começarem a exagerar nós vamos começar a sentir que vocês reparam em todos os pormenores e vamos começar a sentir-nos complexadas. Nenhuma mulher gosta de um homem que se trate demais, porque sentimos que nos observa também demais;

Decotes – Decotes, gostamos nós de usar. Uma camisa com 2/3 botões abertos é uma coisa, uma gola em bico é outra, mas decotes até a meio do peito... é outra. Esses são para nós usarmos, vocês tenham lá cuidado com a abertura na gola.

Gel – Sim a um cabelo limpo e cuidado, já o gel... se quiserem MESMO usar, que seja daqueles que não se nota. O cabelo com ar limpo, que mexe com naturalidade, que está penteado mas sem cair no exagero do cabelo no sítio certo, é muito mais atractivo, o gel ficamos sempre sem perceber se está sujo e foi só para disfarçar, ou se é um vaidoso até ao último pormenor;

Solário ou cremes autobronzeadores – Não, por favor! Não apareçam queimados a meio do inverno que se vai notar. Não achem que nós não percebemos. E quando é creme autobronzeador, normalmente vocês não acertam com a forma certa de como o colocar correctamente e ficam às manchas cor de laranja, com bolas brancas à volta dos olhos, o pescoço parece que vai cair, devido ao problema de pele que parece que arranjaram, já as mãos, nem se fala... Lembram-se daquela frase que dizíamos quando éramos pequeninos "quem deu um pum tem as mãos amarelas"? É mais ou menos isso que parece;

Base ou qualquer outro tipo de maquilhagem – Sem comentários. A seguir vão ser os sapatos altos...

Óleo no corpo – Depois dizem que não é óleo, que é creme, ou que se enganaram no creme que compraram... Sim sim, sabemos. A verdade é que queriam salientar mais os músculos, que por acaso até estão lá, mas ficavam bem melhor se não estivessem com um ar gorduroso ou transpirado;

Cabelos postiços – um homem careca também é sexy! Já ninguém escolhe um homem por ter mais ou menos cabelo. Assumam a careca sem vergonha, é bem melhor que os implantes que mais parecem cabelos de boneca, ou que os capachinhos... para além de ser moda do século passado, todos conseguimos distinguir um pedaço de peluche no cimo da cabeça. Não acreditem se vos tentarem vender a ideia de que hoje em dia já ninguém consegue ver a diferença, que o cabelo já é real, etc... consegue-se sim!

Pintar cabelos – madeixas é ridículo num homem. Imaginem uma mulher ir ao cabeleireiro com o marido e estarem os dois, lado a lado, com o cabelo envolto em pedaços de papel de prata, por baixo de um secador fixo, a ler uma qualquer revista cor-de-rosa... Que imagem! Mudar a cor também não é coisa para o homem. As mulheres gostam de ver um homem com a sua cor real, sem raízes por pintar e com a idade assumida num cabelo grisalho. Qual é o homem que não fica mais sedutor com uns cabelos brancos?


Espero ter clarificado algumas dúvidas e se tiverem mais sugestões, por favor, escrevam, que eu deixei escapar muita coisa!


Special Agent Naughty

27 de março de 2012

Os homens estão a ficar mais bonitos

É a minha opinião, e como todas as opiniões, há sempre quem não concorde, mas neste caso, acredito que a maioria das mulheres esteja de acordo comigo.

Desde que o homem decidiu, que não deve ser só a mulher a ter um bom corpo e cuidado com a linha, e, como consequência, passou a olhar-se mais ao espelho, a cuidar mais do aspecto, os homens tornaram-se muito mais atractivos a todos os níveis. E nós, mulheres, passámos a não saber para onde olhar, tal é a variedade na paisagem.

Não venham com a história do macho latino, que tem o seu charme, o seu cheiro e o seu encanto peludo e desgrenhado, que já não nos convencem.

Uma barba, se a quiserem ter, deve ser bem aparada, com um tamanho uniforme e com linhas a delinear os contornos, sempre a cima do pescoço; cabelos penteados e limpos e que não nascem por todos os lados, nem descem até às costas; não há pêlos fora do lugar nem a nascer em sítios incertos, como aqueles que espreitam pelas narinas ou pelos ouvidos, nem sobrancelhas com vários tamanhos de pêlos; a pele cuidada com creme e não seca e áspera, apenas porque o sol a foi queimando e o frio secando; as unhas limpas e rentes, adeus às mãos de lenhador; pêlos nas costas, nunca, no resto do corpo q.b., depende da quantidade (também não vale a pena estarem a rapar por baixo dos braços, nas pernas ou nos braços, que isso já é demais, deixem chegar o tempo dessa moda, que ainda devem faltar umas quantas gerações, não queremos vanguardistas); roupa engomada, limpa e bem escolhida, com o gosto pessoal de cada um, mas nunca a mesma t-shirt e as mesmas calcas, apenas porque não têm paciência de escolher roupa e gosto em agradar; sapatos, sempre e variados, descalços só na praia e as sandálias dos 16 anos já não estão na moda.

Sim é bom que tenham cuidado com a aparência e vontade de agradar.

Com esta mudança de atitude dos homens, todos ficaram a ganhar:
- os homens ficaram mais elegantes, mais charmosos, com um estilo próprio e mais definido, e que deixam qualquer mulher a olhar para eles, deixaram de ser só eles a cobiçar, para passarem a ser cobiçados;
- as mulheres começaram também a ser mais exigentes com elas próprias, a procurar estar há altura do homem que querem conquistar ou do que querem agradar, e se o desporto era uma prática mais procurada pelo sexo masculino, hoje em dia os ginásios estão cheios de mulheres.

Ou seja, resultado duplo, o homem fica mais bonito e a mulher também!

Special Agent Naughty

26 de março de 2012

Eu quero um Undo na minha vida!!

Como me daria jeito que certos botões que utilizamos no nosso computador ou em outros dispositivos electrónicos que fazem parte do nosso dia-a-dia, passassem a fazer parte da vida real.

Imaginem todas aquelas conversas que deixaríamos de ter de repetir uma e outra vez com o Copy - Paste. Conversas que ouvimos e gostaríamos de relatar exactamente como nos contaram, sem ter de acrescentar nem um ponto, bastava fazer Copy para mais tarde fazermos Paste.

Adoraria estar a falar com alguém que me estivesse a pregar uma grande seca e simplesmente fazer "forward". Aquelas histórias intermináveis, aqueles dias que não acabam, as esperas no médico, as horas no trânsito, simplesmente deixariam de existir. O botão "Rewind" para todas aquelas frases ou momentos que nunca quisemos esquecer ou que gostávamos de relembrar. E quando queremos provar que uma determinada frase foi dita, ou que aquele momento ocorreu daquela maneira, em vez de termos de ficar na dúvida para sempre passaríamos a resolver no momento.

E um Eject, cada vez que nos queríamos fazer sair de um sítio rapidamente, ou quando queríamos que alguém saísse rapidamente? Daria tanto jeito! Quando encravasse, bastava forçar o botão e a pessoa saía disparada.

Havia momentos que poderíamos voltar a repetir, porque gostámos tanto, apetecia-nos revivê-los outra e outra vez, poderíamos pôr em repeat. Outros que não correram tão bem como gostaríamos que tivessem sido, ou mesmo erros crassos que nunca deveriam ter ocorrido, bastava um simples Undo.

Pessoas a quem podíamos deixar um like, porque gostámos que tivessem passado na nossa vida, porque gostamos que façam parte dela ou apenas porque gostámos do que vimos. Noutras pessoas fazíamos Delete, quantos despedimentos seriam mais fáceis, quantos desgostos amorosos seriam simplesmente eliminados, e quantas pessoas que foram um erro na nossa vida poderíamos fazer com que nunca tivessem acontecido, apenas com um pequeno botão Delete, seguido de um Empty Trash, para que nem pudessem ser resgatados mais tarde. Uma limpeza no disco e... Nem na memória ficariam.

Se eu tivesse de escolher apenas um dos botões para poder usar na vida real, escolheria sem hesitar o Undo. Há tanta coisa que poderia melhorar, refazer ou simplesmente fazer de outra forma. O Undo acaba por substituir uma grande parte de todos os outros botões, pode ser um rewind, porque ao voltarmos a trás podemos repetir o mesmo momento; pode ser um Eject, pois ao fazermos Undo saímos logo dali para fora, antes de sermos vistos; e pode ser um Delete, ao voltarmos a trás, nao voltaríamos a repetir o mesmo erro.

Qual seria o botão que gostarias mais de usar?

Special Agent Naughty

23 de março de 2012

A cara metade

Não sei se é uma coisa da minha cabeça mas de repente parece que estou sempre a ouvir dizer "ando à procura da minha cara metade".

Mas afinal o que é que é a "cara metade"? Uma pessoa que encaixe perfeitamente connosco, no nosso ideal de príncipe ou princesa encantado/a, que tenha os mesmos gostos, hábitos e interesses do que nós e ainda se ria das nossas piadas ( para quem as manda)?

É que, ao fim de 30 anos, percebi que a cara-metade tal como a idealizámos não existe. Nem aqui nem na China.

O que sim existe, são pessoas mais altruístas, que se esforçam para que as relações funcionem e percebem que gostar, afinal, é o mais importante! Como me disse o meu tio, um senhor do seus 63 anos e casado há 40, "a relação perfeita é aquela onde os dois cedem." E o resto é conversa!

É óbvio que não quero dizer com isto que nos devemos atracar ao primeiro que encontremos e engolir sapos atrás de sapos só para que as coisas funcionem. Mas somente que devemos ser mais tolerantes nas relações e parar de esperar pela pessoa perfeita, porque se essa pessoa existe iria querer sair com outra pessoa perfeita e não com um imperfeito como nós.

Pelo menos os ingleses e os americanos sao honestos e assumem que estao à procura da "better half", ou seja,  de alguém melhor do que eles...

Como diz um grande amigo meu " Tu estás solteira porque escolhes demasiado. E, quem muito escolhe, pouco acerta!"

Special Agent Drama

22 de março de 2012

Quando uma mulher tem um caso

E quando uma mulher mulher tem um caso com quem não gosta o suficiente para um relacionamento serio?

Aí é que são elas!

O homem com quem ela tem um caso, gosta da ideia, mas não consegue perceber que seja mesmo só um caso e fica sempre a achar que ela gosta dele. Para controlar o sentimento dela vai sempre assumindo uma posição: ou de afastamento, quando não quer que ela se apegue demais; ou de sedutor, quando acha que ela só está a fazer jogo; ou de homem ideal, que lhe dá toda a segurança, quando acha que ela só está com medo de dar o passo em frente por insegurança.

As amigas dela, também não acreditam que ela possa estar com ele e não ser uma coisa séria ou uma aposta. Acham logo que ela não quer dar parte fraca e assumir o que realmente sente. Ou então assumem que ele é que não gosta o suficiente dela para um relacionamento e por esse motivo ela protege-se dizendo que não quer nada sério com ele, porque está bem como está.

As conhecidas acham que é uma atiradiça e que se mete com os homens mesmo que não os queira na realidade. Andar de caso sem nenhum objectivo de relação futura, só pode não saber o que quer da vida.

Os amigos adoram e acham que deve ser mesmo assim, se não gosta de mais ninguém, pelo menos vai se divertindo com o que acha alguma graça, mesmo que não seja o suficiente. Depois se aparecer outra pessoa, aparece e salta-se fora, senão a coisa morre por si e ninguém sai magoado ou então, em ultimo recurso até se surpreendem e por ser tão fácil e inesperado, até se entendem e acabam juntos.

Os conhecidos com namorada, acham sempre que quando eram solteiros não havia mulheres assim e ficam invejosos.

A verdade é que casos só mesmo os homens é que os compreendem, as mulheres quando vêem de fora, nao conseguem conceber que uma mulher nao se envolva sentimentalmente com quem tem uma relação regular, mas sem compromisso.

O ideal é prepararem-se, o sexo e a cidade já chegou a Portugal faz tempo, os ideais mudaram e a geração que ainda perguntava "queres andar comigo?" tem de se actualizar, hoje as relações são casos, namoros são casamentos.

Special Agent Naughty


20 de março de 2012

Beijar no primeiro encontro?

Como as revistas femininas apregoam, por vezes sair da rotina e ir a sítios diferentes é uma boa maneira para conhecer pessoas! Comigo funcionou e foi assim que eu conheci o (chamemos-lhe) Pedro.

O Pedro é giro, simpático, extrovertido e pareceu-me interessante, pelo que me pareceu boa ideia aceitar o convite dele para jantar. Note-se que não estou de 4, muito menos a pensar casar com ele mas achei que não perdia nada em conhecê-lo melhor.

Foi assim que este sábado tive o meu primeiro date com o Pedro que, simpaticamente, me levou a jantar a um bom restaurante e a beber um copo a um bar ainda melhor. O jantar correu bem, o copo também e os problemas começaram quando me foi levar a casa. Não foi mau de todo já que às vezes começam antes.

Quando chegámos à porta de minha casa o Pedro quis dar beijinhos. Eu disse que não e ele insistiu. 2 vezes. Tenho cá para mim que teria insistido mais se eu não tivesse fugido dali para fora.

Não gostei da atitude - até porque não lhe dei razões nenhumas para pensar que devia tentar a sorte - e decidi, ali mesmo, pôr-lhe uma cruz em cima e não voltar a sair com ele.

Parece que o Pedro não percebeu que eu não queria mesmo nada com ele e que não estava só a fazer género porque no domingo escreveu-me a convidar para ir ao cinema. Como eu disse que não podia ele insistiu e disse "gostava mesmo de te ver. Percebi que não és uma qualquer e eu gosto disso". "Não sou uma qualquer? O que é que queres dizer com isso?", perguntei; "És difícil e eu não gosto de mulheres fáceis", respondeu-me prontamente.

E como é que será que ele percebeu? Porque eu não o beijei? Se eu o tivesse beijado, já seria uma fácil? ..mesmo que ele fosse o primeiro homem que eu beijasse no meu "first date"? Ou será que o problema está na cabeça do Pedro que não consegue perceber que se eu não o beijei é porque ele não me interessa? E que entre ser engraçado e ser irresistível há uma grande diferença?

Também me disseram muitas vezes que se um homem está interessado numa mulher não tenta logo para mostrar-lhe respeito. Sendo assim, devo assumir que o Pedro me desrespeitou? E que não estava interessado?

Como disse alguém (;-D) "solteira não é disponível" e não é por estar solteira que vou me interessar pelo primeiro miúdo giro que me apareça à frente...e até posso passar um ano sem achar graça a ninguém e, de repente, achar imensa piada a um que acabei de conhecer. E se ele também achar e acabarmos por dar beijinhos nessa mesma noite? Isso significa que ele não me respeita e eu sou uma fácil? E porque é que ficam, mais uma vez, as mulheres a perder?

Parece que tenho muitas perguntas para fazer ao Pedro....

Special Agent Drama

Depilação masculina

O que pensam as mulheres sobre a depilação masculina?

Perguntou-me ontem um amigo. Tinha acabado de entrar no restaurante, sentou-se à minha frente e sem sequer me cumprimentar, atira-me com esta pergunta.

Olhei para ele, percebi automaticamente que alguém tinha ficado em "choque" por se ter deparado, provavelmente pela primeira vez, com um homem dos "novos tempos".
Percebi que não ia entrar em grandes detalhes sobre o que o intrigava, por isso fui directa à resposta que me pedia e expus a questão por tópicos:

1- há a mulher que não tem um relacionamento, há algum tempo, e não sabe que hoje em dia já é demodé um homem não se depilar, ou "aparar" a zona íntima. Esta mulher, começa primeiro por estranhar, pensa que ele talvez seja gay, demasiado metro ou simplesmente demasiado à frente para ela. Assusta-se no inicio, mas ao tentar saber com as amigas mais próximas, vai perceber que era simplesmente um assunto que desconhecia e passa a aceitar e até a gostar;

2- há também, a que acabou de terminar com um relacionamento que durava desde a altura em que ainda frequentava a primaria e para mais não fala muito sobre sexualidade com as amigas. Esta mulher é mais conservadora, não vai aceitar tão facilmente a diferença. Assusta-se, sente que este homem é demasiado rodado e vai procurar um homem mais old style;

3- uma grande maioria já sabe que hoje em dia os homens são mais cuidadosos e preferem homens "arranjados". Acham mais higiénico e não conseguem voltar ao "tufo";

4- Outras porque gostam mais, não gostam de homens que se cuidem, acham demasiado abichanado;

5- Para outras tanto faz, é com eles. Se eles se sentirem melhor depilados, força com a maquina de pente 1, senão deixem-se estar como são que elas gostam na mesma de vocês assim.

No fim acabei por rematar:

- Deixa-te estar como te sentes melhor: Se te sentes bem "aparado", ela acaba por se adaptar; se te sentes melhor sem corte de cabelo, então faz-lhe o favor e adapta-te ao século XXI.

Special Agent Naughty

19 de março de 2012

Bad boys ou Cavalheiros – o que as mulheres preferem

“Prevejo chatices”. Foi o primeiro pensamento que me veio à cabeça antes de começar este post. Porquê? Talvez porque acredite que as mulheres, na realidade, querem o que as outras querem e não o que elas querem. Confuso?Polémico? Whatever.

Comecemos pelo princípio. Um bad boy é, sobretudo, alguém que ama tanto como despreza. Outra vez confuso? Isto não é fácil. Tal como os johnny's depp's ou os Clonneys da vida. São os que, se sentem um sinal positivo do outro lado, o seu ego emerge e ocupa toda a sua parca inteligência. Ou talvez não tão parca. De facto, ignorar uma mulher continuamente, como acto de rebeldia juvenil ou de arranca corações, dá o seu efeito. Responsáveis? Já referi o nome. Há duas estripes, uma delas claramente dominadora. São os que as tratam realmente mal. Exemplos? “São 11h da noite e tenho um furo, vem-me ajudar”, “mas eu sou alguma garagem?”. Passada uma semana, “olá, tudo bem?” , diz ele. Esta cena passou-se entre uma amiga minha e um tipo desta raça (a expressão é grosseira, mas merecida). E lá foi ela. Pena? Nenhuma. Resultados? O previsível.

Mas também há outra espécie. O bad boy cavalheiro. Os que escondem a sua essência tratando-as bem. Restaurante, viagens, mas tudo Q.B. Abrir a porta do carro incluído. Mas, normalmente, sabem elas que na manha seguinte já está com outra, e no dia seguinte almoça com outra. Não se dá a conhecer, mantém-se misterioso, e sempre seguro de si.

Passemos agora aos cavalheiros. “Ai, nos gostamos é de cavalheiro”, dizem-me. Yeah, wright. Esqueceram-se de mencionar “na medida certa”. É aqui que o verdadeiro cavalheiro falha. Ainda não percebeu que está outdated. Os anos 50 já lá vão, a Belle Époque então nem se fala. Para dizer a verdade, o cavalheiro é, na realidade, o totó. É aquele que é tão atencioso e simpático que acaba sempre nos casamentos como padrinho da noiva!

Ficamos então num impasse. Então, qual o género que mais lhes agrada? Nenhum destes. O ideal será uma amálgama entre o bad boy cavalheiro e o verdadeiro cavalheiro (o primeiro bad boy, puro e duro, é um selvagem). Ou seja, o meio-termo. Non tropo. Vá lá, educação mas com firmeza. Se não são uns totós nas mãos delas, última coisa que ambas partes desejam.

Resta a pergunta: Mas, e o que elas preferem? Os bad boys, sem duvida. São um abismo, e elas sabem, mas a ideia de “estou interessado em ti e não me ligas nenhuma” é algo que funciona com as mulheres. Pelo menos, a maioria das que tenho conhecido.

Duro? Sim. Demasiado? Certamente. Desmintam-me. Mas sejam verdadeiras, ;)

Agent Barney

16 de março de 2012

She's not that in to you....

Tenho a clara sensação que, hoje dia, qualquer mínima atenção que tenhamos com um homem é interpretado como um sinal de que estamos loucas por ele!

Eu, por exemplo, respondo às mensagens todas que recebo, sejam de amigos, de conhecidos, de miúdos giros ou feios e respondo tendo ou não interesse na pessoa e no conteúdo da mensagem. Respondo nem que seja por educação e, regra geral,  assim que as vejo, pelo que não se pode aferir o meu grau de interesse pelo tempo que demorei a responder. Também já me aconteceu não responder por alguma razão alheia à minha vontade e isso não deve ser interpretado, de maneira nenhuma, que estou a jogar um jogo!

Tenho um amigo que se desinteressou de uma miúda porque, segundo ele, ela não o deixava em paz... só porque a tal míuda teve a infelicidade de lhe enviar duas mensagens seguidas! Tenho outro que não voltou a telefonar a um "engate" porque ela se riu demasiado durante o jantar. Este meu amigo tem muita piada e preocupante seria se ela não se tivesse rido. E sei de 1000 outras histórias assim....em que os homens nem puseram em causa que tudo aquilo podiam ser filmes na cabeça deles!

Assumem, à partida, que nós estamos de 4 e que já só pensamos em casar e em ter filhos. E a mínima coisa é interpretada como um sinal inequívoco do nosso amor...

Não sei o que é que mudou aqui, nem sei precisar quando é que se produziu a mudança, mas tenho muitas saudades dos tempos em que os homens tinham que se esforçar à séria para conseguir um xoxo e andavam a rastejar para ser nossos namorados. Agora acham que "podem", andam por aí aos gritos a dizerem que não querem compromissos e pensam que podem ter tudo e todas quando bem lhes apetecer.

Antes, com 16 anos, ligavam para nossa casa e sujeitavam-se a falar com os nossos pais. Hoje falam por chat e ainda se dão ao luxo de fazer jogos e não responder em seguida....

Lamento desiludir alguns machos latinos mas a verdade é que nós mulheres não gostamos dessa vossa nova atitude! Só vos demos o telefone porque vocês são muito amigos do nosso primo direito e não quisemos ser mal-educadas, só aceitámos o convite para jantar para tentar esquecer o ex e que assim que chegarmos a casa vamos escrever um sms a várias amigas a dizer "Foi um flop! Nunca mais aceito jantar com desconhecidos" e, sobretudo,  99% das vezes não estamos mesmo interessadas... porque afinal, há coisas que nunca mudam e nós somos muitoooo mais selectivas do que vocês!

Posto isto, seria importante que se convencessem que nós gostamos de ser bem tratadas e que se vocês regressassem às origens teriam muito mais hipóteses de encontrar alguém "de jeito".

Como dizia o saudoso Tony de Matos "Ó tempo, volta para trás..."

Special Agent Drama





15 de março de 2012

Tirem-me o telemóvel da mão!

Duas coisas que não combinam: álcool e telemóveis.

Não sei o que passa pela cabeça das pessoas quando, depois de uns copos a mais, olham com um apetite voraz para o telemóvel e atacam-no como se fosse o primeiro pedaço de comida que comem em meses. E assim se estraga uma noite que até estava a correr bem, tranquila, sem excessos (excepto o álcool), onde não se fizeram grandes disparates.

O telemóvel estava mesmo ali à mão, quando, ainda com a adrenalina de quem interrompeu uma noite que ainda vai a meio, vêem-se forçados a ir para casa.
A única companhia passa a ser aquele maldito aparelho que, depois de adicionarem álcool a mais, fica avariado e decide enviar mensagens sem sentido, fazer telefonemas a horas impróprias e obriga a dizer maiores disparates que nunca antes se tinham lembrado de dizer, mas que naquele momento, faz todo o sentido.

Diz o telemóvel: - Portaste-te muito bem hoje, vinga-te agora que estamos os dois aqui sozinhos. Vamos jogar ao telefone avariado, pode ser que por engano ainda surja alguma companhia que também juntou os mesmos dois ingredientes e está a olhar em desespero para o telefone, como quem pede para falar.

A resposta surge de imediato: - Porque não? Não tenho sono mesmo. Amanhã resolvo a asneira que vou fazer, hoje é que não fico sozinho!"

No dia seguinte ninguém resolve nada. Tentam pedir desculpa, via mensagem, ou tentam ignorar fingindo que nunca disseram ou enviaram nada daquilo que está registado no telefone, pensam que talvez dê para apagar da memória se não falarmos sobre o assunto. O que dava mesmo jeito era um botão de Undo! Refazia-se tudo outra vez e fazíamos desaparecer o telemóvel, antes de o regar com álcool.

Special Agent Naughty


14 de março de 2012

Rejeitar ou ser rejeitado?

Estive agora a almoçar com uma amiga que acabou de sair de uma relação de 4 anos. O namorado deixou-a, a minha amiga está na fossa mas, ainda assim diz que prefere que tenha sido ele a acabar. Ela, afirma, nunca teria tido coragem e sabe que ele está a sofrer tanto ou mais do que ela... por vê-la sofrer.

Eu acredito que ele não goste de a ver sofrer mas tenho a certeza que quem ficou pior no meio desta história foi a minha amiga. O que eu não percebo é que a minha amiga diga "prefiro que tenha sido ele a deixar-me. Eu ia sofrer muito mais por vê-lo mal"...

Eu, por mais que me custe acabar uma relação, em nome do meu orgulho digo convictamente que prefiro rejeitar a levar com os pés mas admiro quem diz o contrário! Admiro sobretudo a ingenuidade dessas pessoas que acham que os outros são idiotas e que vão nessa história? Como se fosse possível alguém preferir ser rejeitado e ainda ter que sofrer... por amor e por orgulho!

Claro que há pessoas que gostam de ser vitimas e ter a compaixão dos outros mas, mesmo nestes casos, não consigo perceber!

É como aqueles homens que tentam engatar tudo o que mexe e depois dizem "ando à procura da minha cara metade"... mas o que é que é isto? Alguém acredita nesta história?

Ou as minhas amigas que afirmam preferir ser trocadas "por uma brasa do que por uma feia"... para quê? Para ficarmos com raiva e inveja delas? Como se isso nos fizesse algum bem...

Eu, honestamente, prefiro ser a má da fita e a ser trocada que seja por um gay :)

Special Agent Drama

13 de março de 2012

O delírio da fama

Sim, digo delírio, porque uma vez famosos, nem que seja apenas os 5 minutos de fama da sua vida, consideram-se, para sempre famosos e entram em total delírio.

Fui com uma amiga ao El Corte Inglês, tinha deixado um vestido lá a arranjar. Dirigimo-nos ao balcão da marca e quando se dirigiu à empregada anunciou: - Boa tarde, deixei aqui um vestido a arranjar. Venho buscá-lo. Está em meu nome.
Com isto ficou à espera de uma pronta solução.
A empregada, atónita, com medo da pergunta que lhe saltava da boca, ficou a olhar para ela à espera de mais alguma informação.
A minha amiga, não satisfeita, diz-lhe: - Do que está à espera? Deixei aqui um vestido há 3 dias para subir uma bainha, já deve estar pronto. - voltando a repetir a frase que em nada facilitava a empregada de chegar ao vestido - Deixei-o em meu nome. - e virou-se para mim em animada conversa sobre outro qualquer assunto.
Reparo, pelo canto do olho, que a empregada se mantinha na mesma posição, sem saber o que fazer. Senti que ganhou coragem e perguntou-lhe: - Desculpe menina, em que nome está?

É nesse preciso momento, com esta pergunta, que toda a fama se desfaz quando a famosa-em-delírio se vê olhada como se fosse uma total desconhecida.

Indignada, mas sem deixar cair o pano, atira-lhe com o nome. Olha para mim e diz-me - Deve ser estrangeira.

Meu Deus! O que fizeram aqueles 5 minutos de fama, quando tinha 6 anos e apareceu no anúncio da cerelac? Deram-lhe mesmo a volta à cabeça para o resto da vida.

Já ninguém se lembra do anúncio, só eu, apenas porque sou amiga e já tive o prazer de o ver em todas as vezes que fui a casa dela.

Temos de ser razoáveis, o anúncio passou na televisão, há pelo menos 25 anos, a cara dela mudou bastante. Talvez se mantenham aqueles grandes olhos azuis, mas já nem os caracóis são loiros e as bochechas já desapareceram totalmente, dado lugar a alguns traços de expressão. Para não falar de que toda uma geração de pessoas que se situe, hoje em dia, entre os 0 e os 25 anos que nunca tiveram oportunidade de ver, porque não passou na altura deles; outros tantos até aos 30 que nem sabiam dizer nessa altura o próprio nome, os que na altura tinham de 50 para cima, hoje em dia têm de 75 em diante, o que já reduz muito a população que se possa lembrar do anúncio. Se ainda retirarmos quem não tinha filhos e não queria saber de cerelac, quem não tem boa memória para se lembrar da cara de uma miúda que comia papa na televisão há 25 anos.... Devemos chegar a uma percentagem equivalente ao numero de amigos próximos e familiares que até hoje são lembrados desse momento televisivo.

Por isso, senhora do balcão do El Corte Inglês da marca do vestido, da próxima vez que se deparar com um caso semelhante, pergunte logo e sem vergonha: Desculpe, devia conhece-la de onde? Só se for da sua rua, mas como não somos vizinhas não a conheço pelo nome.

Special Agent Naughty

12 de março de 2012

Liga-me!

Arrgghhhh!!! Dá para ligar? Dá para responder à minha mensagem? Já vou escrever a segunda e irrita-me tanto ser chata, mas o teu silêncio está a ser bem mais enervante!

Que anormal! Odeio-te! Só me fazes isto porque podes, porque te permito, porque não te meti no lugar! Sim, neste momento a tua confiança está demasiado elevada, enquanto a minha está, obviamente, no chão!

Por favor liga-me! Já escrevi 3 mensagens. Não vês que já estou mesmo num estado de ansiedade crescente, que estou a ficar fora de mim, que o coração está a mil e a raiva é cada vês maior?

Porque nao acabas com isto de uma vez? Basta ligares e isto passa! Estou a entrar na bola de neve, começa a rebolar pela encosta a baixo e não pára de crescer e leva-me junta com ela.

Não consegues perceber que a solução para este histerismo é tão fácil? Só precisas de ligar, mas o ideal mesmo é apareceres. Mas vá, pelo menos uma mensagem a dizer que ligas daqui a um bocado, qualquer coisa, mas não me ignores!

4ª mensagem! Que nervos!!! Achas normal o que me fazes fazer? Como podes desprezar-me desta maneira? Não me respeitas de todo... Não gostas mesmo de mim! Fazes-me perder toda a auto-estima! Nao quero mesmo alguém como tu na minha vida. Que idiota que eu sou, que falta de amor próprio... Nao me vou perdoar pelo que estou a fazer e nao te vou perdoar a ti por me fazeres viver isto!

Agora apareces no facebook, bonito! Sim, estou online, sim estás a ver que estou online. Não me venhas com coisas que não vês, porque o facebook é igual para toda a gente.
Continuas a ignorar-me. Aiiiii, que irritante! Mais valia não ver que estas online, irritava-me menos.

Estás a ver que eu estou online e não dizes nada? Continuas em silêncio, quando eu já te enviei 4 mensagens? És tão mau para mim e eu sou mesmo burra!

Não te quero mais na minha vida depois disto, mas pelo menos isto esclareço! Não aguento esta falta de respeito quando eu te tenho tratado tão bem. Deixa-me mesmo magoada tudo o que te dei e dou e tratas-me com este desprezo...

Ficaste offline.
AAARRRGGGHHH!!!!
Que nervooooosss!! Isto é a gota de água!

Liguei.
Não resisti, acho que isto passou todos os limites. Tu sabes que eu te vi, que recebeste as mensagens, que as leste e mesmo assim queres fazer de mim parva! Porque não atendes?

Voltaste ao facebook. Espera, estás a escrever. Continuas a escrever... PORRA! Apagaste! Voltaste a ficar offline.

Nao aguento mais isto, é desesperante!


Desculpa, por favor, não quis ser tão intensa. Eu sei que exagerei! Óbvio que não podias falar naquele momento, que ficaste sem internet, justamente na altura em que me ias enviar uma mensagem. Eu sei que não devia ter feito este filme todo, não devia ter enviado 5 mensagens e ligado 3xs seguidas... Juro que não vou discutir nem tornar isto pior, mas...

LIGA-ME!


Special Agent Naughty


9 de março de 2012

Quando menos esperas, apaixonas-te

É sempre estranho quando de um momento para o outro sentes novamente o bater do coração mais acelerado, a ansiedade de voltar a ver, o nervoso miudinho quando estamos frente a frente, a insegurança nas palavras, a vontade de falar tudo o que temos para dizer, mas acabamos por só dizer disparates, o prolongar do momento que não queremos que termine, o tentar planear o próximo encontro, o não saber se devemos olhar nos olhos, ou se devemos ser mais distantes.

Sentimo-nos simplesmente parvos em todas as atitudes.

Não queremos dizer a ninguém, queremos que seja só nosso. Temos medo de nos magoar, temos medo de nos expor, de assumir perante nós e os outros que estamos apaixonados. E se corre mal? E se não somos correspondidos? Depois não podemos sair com a mesma agilidade, porque mais alguém sabe e um dia vai relembrar-nos.

Ao mesmo tempo só conseguimos pensar nisso, só nos apetece falar disso, tentar saber mais, perceber se alguém tem alguma informação importante. Temos vontade de contar e de perguntar directamente se vale ou não a pena. Mas o medo paralisa, e deixamos de saber o que é certo e errado, se devemos falar ou se devemos guardar.

Depois pensamos que talvez devêssemos tentar mostrar, dar sinais, seduzir, conquistar, mostrar-lhe que pode avançar. E mais uma dúvida volta a assombrar: devemos mostrar, devemos dizer ou devemos deixa-lo descobrir?

Sim, o homem gosta de conquistar, mas ele nunca tem o mesmo medo de falhar? Não poderá não estar a ver, por não saber para onde deve olhar? E se sentir o mesmo, mas tiver medo de assumir, da mesma forma que nós temos? E se assumir for um passo grande demais?

Com tantas e tantas dúvidas, só pode vir de uma cabeça apaixonada e que ainda está a tentar enganar-se a si própria quando tentar controlar-se não assumindo o que sente.

Sim, quando menos esperas apaixonas e por quem menos esperas.

Se deves ou não falar, isso não sei, no momento certo vais perceber, talvez, mas mantém-te tu mesma, com os teus disparates, com as conversas sem sentido, com a ansiedade constante do olha ou não olha. Isso é o que tem graça, ninguém te leva a mal de dizeres uns disparates, acabam por ter o seu encanto.

Quem pode voltar a sentir isso tudo, está a permitir-se ser feliz.

Special Agent Naughty

8 de março de 2012

Sexo Forte??????????

Sexo forte???? BAHHHHHHHHHH

Se somos nós que cuidamos de vocês quando estão doentes; que temos de trabalhar mais para receber menos; que tratamos dos filhos, dos pais doentes, dos amigos, dos primos, da casa e das compras do supermercado; que temos maior resistência à dor; que temos "aquela altura chata do mês"; que fazemos retenção de líquidos e acumulamos gordura nas ancas; que aguentamos os filhos 9 meses cá dentro e que depois ainda temos que lhes dar de mamar, que temos de arrancar pelos e preocuparmos-nos com a celulite, com pontas espigadas e em estar perfeitas para vocês.... que ainda esperam que tenhamos um figurão e sejamos uma lady na mesa e uma louca na cama!

Posto isto, acho que está claro para todos quem é que "manda aqui"!!!

Também gostava que ficasse claro que eu não sou feminista mas que, como mulher, tenho algumas reivindicações a fazer. Acho que são universais e são as seguintes:

Nós queremos que vocês tenham uma tablete de chocolate em vez desses michelin à volta da cintura, que tirem os pelos das costas (sempre) e os do peito se forem demasiados, que cozinhem, que ajudem a educar filhos, que nos acompanhem na gravidez e que realizem TODOS os nossos desejos nessa altura, que cheguem a casa a horas decentes de trabalhar, que percebam que não é preciso sair com os vossos amigos TODAS as semanas até às 8 da manha, que sejam românticos, espirituosos, educados, inteligentes, cultos e cavalheiros, que aguentem os 37,2º de febre sem se queixarem, que nao andem por aí a dar puns, que ponham o tampo da retrete para baixo e não deixem roupa suja espalhada pelo chão, que ajudem nas coisas da casa e que aguentem as nossas mães porque nós também aguentamos as vossas que costumar ser muito mais metediças!

Há outras reivindicações a fazer mas por hoje estas parecem-me suficientes! Até porque o propósito deste post não é criticar os homens mas sim enaltecer as mulheres e o valor que temos!

Viva Nós!!!!!!

Special Agent Drama

7 de março de 2012

Homem precisa-se!

Homem precisa-se!

Tenho de assumir aqui, perante todos os meus leitores e leitoras, que preciso de um homem.

Há uma quantidade, que se começa a tornar infinita, de coisas pequenas por montar e tratar lá em casa. Não há forma de eu ter vontade e iniciativa de as fazer. Não é que não saiba, ou que não tenha jeito, é mesmo porque acho que esse trabalho não é o meu.

Eu não me importo de cozinhar, de arrumar a roupa, a loiça, tratar das ditas "tarefas de mulher" - como eram divididas noutros tempos - desde que me tratem das tarefas ditas "de homem".

Mas como se faz isso quando falta um homem lá em casa?

Não se faz, acumula-se. E assim fica para lá, um quadro por pendurar há 2 meses, um estore por arranjar há 4, uma mesa de cabeceira partida já com 3 semanas, um candeeiro que caiu já não sei há quanto tempo, e mais uma infinidade de coisas.

A verdade é que não dá para tudo. Entre trabalho, desporto, contas, tarefas femininas da casa, tarefas femininas fora de casa, família, amigos, falta tempo para muitas outras coisas que se excluem automaticamente do nosso dia-a-dia, porque não têm espaço.

Assim das duas uma, ou arranjo um homem que venha tratar da parte que lhe compete na minha vida e aproveita e trata também das que já estão lá à espera em casa, ou terei de alugar um homem para tratar destas pequenas tarefas quando estas já ultrapassam os dois dígitos em quantidade acumulada.

Não sei se o Banco do Tempo já trata destas coisas, mas se não trata, aqui está uma ideia para um negócio criativo no combate à crise. Acho que faria bastante sucesso. Haverá certamente homens a alugar mulheres para lhes passarem umas camisas a ferro, ou para lhes fazer o jantar e haverá mulheres como eu, que precisam que alguém lhes vá ligar o vídeo ao sound sistem, ou pôr uns filtros novos na torneira.

Se alguém criar esta empresa, por favor deixem aqui o site no espaço dos comentários, porque eu vou precisar!

Special Agent Naughty

6 de março de 2012

Adoramos enganar-nos a nós próprias!

Há defeitos intoleráveis, que nos fazem repensar várias vezes se realmente queremos continuar com aquela pessoa.

Aturamos uma vez, e pensamos: "Devo estar enganada, foi uma vez sem exemplo e não se vai voltar a repetir".

Mas acontece novamente.

Paramos, reflectimos... E como somos mulheres e somos parvas :), damos mais uma oportunidade.

E está claro, acontece outra vez.

Nessa altura (há 3ª, às vezes há 4ª... Ou mesmo só há 5ª) chegamos lá. Percebemos finalmente que é defeito. Mas antes de virarmos costas decidimos que o vamos tentar mudar, que vamos tentar que ele veja o nosso ponto de vista e apresentamos-lhe uma panóplia de argumentos bem estruturados que o fazem (numa fase boa) dar-nos razão (nem que seja só para nos calar, ou porque não estão assim a ligar tanto ao assunto), o que nos faz deixar a conversa convencidas que saímos vitoriosas e que aquele problema morreu ali.

Pois... Adoramos enganar-nos a nós próprias. É um passatempo, como um sudoku ou umas palavras cruzadas. Já faz parte do nosso dia-a-dia, cultivamos o que queremos ver numa relação, desde o momento em que acordamos ao momento em que nos deitamos. Somos peritas nisso!

Rapidamente nos apercebemos que, afinal, ainda não mudaram, mas não tardam em fazê-lo. É de certeza da próxima vez!

Somos teimosas, lutamos até à exaustão, mas um dia chega aquele momento em que a cabeça dura acorda estranhamente clarificada e...

Não, não toma a decisão! Faz com que ele tome por ela! E chateia-o até ele desistir e sair, junto com o seu defeito, dali para fora.

Special Agent Naughty

Internet = Caldos para preguiçosos??

Como tive oportunidade de vos comentar aqui, a semana passada tive uma breve, mas intensa, experiência no meetic.

Breve porque eu nem sou destas coisas, porque só lá fui ver “ a bola” e porque como não paguei a minha participação é limitadíssima mas intensa porque tenho estado a pensar imenso nisso e discutido o assunto com vários amigos.

Os tempos mudaram e as formas das pessoas se relacionarem também, dizem. De repente somos todos tímidos ou não temos tempo para socializar e quem tem tempo não tem oportunidade. E, quem tem oportunidades, não lhes dá valor.Parece-me!

Como vos disse, tive a oportunidade de encontrar 5 amigos neste site. Eu não procurei por nenhum deles, apenas escolhi os critérios de pesquisa e eles foram-me recomendados. Se calhar,  algum dos “candidatos” sem foto também era meu amigo mas eu não o pude reconhecer. Provavelmente, se eu não me tivesse armado em piquinhas e tivesse aligeirado os meus critérios, admitindo por exemplo a hipótese de sair com uma pessoa que fuma de vez em quando, mais amigos teriam aparecido. Ou seja, tenho vários amigos que correspondem à imagem que procuro num homem mas eu não consigo ver isso. No entanto, o meetic sim!

Agora vamos imaginar que eu não conhecia os meus amigos mas que tivesse disponibilidade mental para ter amigos virtuais e acabasse a tomar um café com algum deles. Será que a coisa pegava ou à semelhança da vida real íamos acabar amigos mas sem qualquer tipo de clima entre nós? Eu inclino-me mais pela última hipótese ainda que ache que quando estamos disponíveis e começamos uma relação já com segundas intenções é mais fácil que a coisa pegue.

O que sim vos posso dizer com segurança é que mudei a minha ideia deste tipo de sites: afinal não são só neards. Há muitas pessoas normais inscritas à procura da cara metade. Pessoas normais mas preguiçosas porque a vida real dá mais trabalho, porque é preciso procurar as oportunidades, sair de casa, fazer programas diferentes, mexer-se, meter conversa, levar tampas e no meetic não é preciso fazer nada disso! A questao é: Devemo-nos contentar com o preguiçoso? Não sei porquê mas não me parece...

Special Agent Drama

5 de março de 2012

Porque é que não tens namorado?

Se isto fosse um teste, chumbava na certa. Talvez seja a pergunta mais complexa e mais difícil de responder. Estranhamente é uma pergunta recorrente. Não sei é se quem a faz pensa realmente que a resposta o vai satisfazer, ou sequer se há alguma resposta possível que fizesse algum sentido.

Mas ainda assim resolvi elaborar algumas respostas aqui, para ter como apoio para a próxima vez que for abordada. Assim das duas uma, ou atiro uma destas respostas, ou envio o link:

1- Ninguém me quer! Sou uma chata, não há quem me ature;

2- Sou demasiado exigente, de tanto escolher e não me decidir, acabo sozinha;

3- olha para mim, achas que alguém me agarra?

4- Ainda está para nascer um homem que seja capaz de mostrar que merece levar este trofeu para casa;

5- Tenho uma vida demasiado ocupada para poder perder tempo com relações;

6- meto medo ao susto, e para mais estou de tal maneira desesperada que sufoco o primeiro homem que me dê dois dedos de conversa;

7- Sou muitos cavalos para qualquer carruagem;

8- talvez seja demasiado independente para que algum homem possa achar que tem espaço na minha vida;

9- Sou de alta manutenção, um homem para me ter tem de se esforçar demais, não há homens com essa capacidade;

10- Quero um homem que fique em casa a tratar das minhas coisas e da casa, para ganhar a vida já chego eu;

11-Sou má pessoa de certeza, qualquer homem tem medo de mim;

12- Tenho uma fama que os homens só me querem para dar umas voltas;

13- Não tenho muita opinião sobre nada, não gosto de fazer nada, também não tenciono trabalhar, nem ter filhos e quero levar a minha mãe comigo quando casar;

14- Não sou mulher para casar, gosto mais do conceito de tia-maluca-boazona;

15- Porque está escrito na minha testa que estou desesperada para agarrar qualquer um;

16- Quero casar com um homem rico, que me dê muitas jóias e que já não tenha de trabalhar para vivermos os dois da fortuna;

17- O meu ex-namorado era demasiado feio, nenhum quer fazer parte do meu portfólio;

18- Tenho 55 anos (pelo menos devo aparentar), já é tarde para namorar;

19- Com a minha inteligência qualquer homem se sente inferior;

20- Estou à espera do meu príncipe encantado.


Special Agent Naughty

2 de março de 2012

Antes e Depois

Sabem aquelas fotografias que aparecem, a vender produtos ou programas para emagrecer ou tonificar, que têm uma imagem "antes", em que aparece uma pessoa com um corpo flácido, normalmente esquálido e com peso a mais, e outra com a palavra "depois" que mostra um corpo tonificado, mais moreno, brilhante e sem gordura?

Acredito que essas fotografias são feitas ao contrário: o "antes" é o "depois" e vice-versa.

Ou seja, a pessoa em questão tirou uma fotografia no auge da sua forma física. Passado poucos anos engordou brutalmente, desleixou-se e ficou deprimido com o seu corpo. Aí tirou a 2ª fotografia para poder olhar todos os dias para as duas juntas e dizer - "ó gordo! Tu um dia já foste assim!" - convencido que isso o ia fazer mudar novamente. Claro que acaba por perceber que já não volta a ficar com o corpo que tinha aos 25 por isso decide vender as fotografias, pelo menos sempre fica com algum dinheiro no bolso.

Isto é mais ou menos um reflexo real do que nos acontece ultrapassada a barreira dos 30's apercebemo-nos que há muito poucos anos estávamos umas bombas, decidimos meter-nos no ginásio, em dietas em clínicas de tratamento, tudo o que pudermos para voltar a ter o corpo dos 20's. Quando chegamos aos 40's percebemos que nunca conseguimos voltar a ter o corpo que tínhamos aos 20's, conformamo-nos e aos 50's começamos a engordar e a pensar na melhor forma de fazer dinheiro.

Special Agent Naughty

P.S.- Este da fotografia que encontrei é tão obvio que ainda nem tinha pelos no peito e lá está, era verão na altura em que tirou a fotografia "depois".


1 de março de 2012

Amor Online

Não sei se é por ser extrovertida e não ter problemas para conhecer pessoas; se é por conseguir sempre arranjar tempo para sair com os meus amigos - embora não tanto como deseje - ou simplesmente por ser uma romântica, que sempre fui muito relutante em ter amigos virtuais ou inscrever-me em sites para encontrar o "amor" da minha vida.

Tenho a ideia ( provavelmente errada) que quem se inscreve nesses sites são pessoas desesperadas ou engatatões/engatatonas que só se querem aproveitar dos referidos desesperados. E eu (ainda) não me revejo em nenhuma destas categorias.

Foi por isso que me caiu o queixo quando o meu melhor amigo - que é uma brasa de cair para o lado - me disse durante o almoço " Daqui a bocado vou tomar um café com uma que conheci no meetic". Caiu-me o queixo porque ele não é nenhum desesperado, nem se quer aproveitar de ninguém. Na realidade, só anda a procura da alma gémea...mas na internet!

A verdade é que depois desta conversa e de muita insistência da parte do meu amigo me inscrevi. Não o fiz para encontrar ninguém - como referi sou uma romântica e não quero dizer aos meus filhos que conheci o pai deles na internet - mas por curiosidade. Quis tentar perceber  "O que é que leva uma pessoa a inscrever-se nestas coisas?" e "Que tipo de pessoas é que se inscreve?". Afinal, o mito de que estes sites são só para desesperados desmistificou-se com a inscripção do meu amigo.

Fiz um registo muito básico, sem fotografia e com um nome falso e nao paguei, o que me limita o acesso às mensagens e ao chat. Mas não menti e pus a minha descripção real e as minhas preferências. Com isto tive acesso a muitos perfis - cinco dos quais de amigos meus.

Todos giros, inteligentes, boas-pessoas, divertidos e saudáveis. Ou seja, há pelo menos cinco homens com muito potencial que andam na internet à procura de namorada. O meu queixo caiu mais um bocadinho.

Contactei-os a todos e disse-lhes "Olha lá, o que é que andas a fazer no meetic?". A mesma pergunta para todos e a mesma resposta de todos "Não tenho tempo/oportunidade de conhecer ninguém de jeito".

"Falta de oportunidade ou falta de jeito/coragem para conhecer alguém na vida real?", pergunto-me eu...

Dizem que se ficarmos quietos no mesmo sítio, aquilo que procuramos acabará por nos encontrar. Eu, pessoalmente, não acredito nisto. Acho que se queremos uma coisa, temos de correr atrás e que isso de que as coisas nos encontram são desculpas de acomodados. Mas será que a Internet é o sítio certo para isto?

Eu aluguei a minha casa na internet e consegui o meu trabalho na internet... será que também é lá que está o homem da minha vida?

Ou será que o melhor é ficar quietinha que ele acaba por me encontrar?

Special Agent Drama



Procura-se homem-para-casar

Não sei porque é que a vida não pode ser como nos desenhos Disney: anunciávamos a uma vila, cidade, província, condado, ou reino, que nos queríamos casar e como até ao momento estávamos com dificuldade em arranjar o pretendente ideal para o efeito, convidávamos todos os solteiros interessados a participarem no baile do nosso noivado.

Todos se aperaltavam, traziam os melhores fatos, os melhores presentes, preparavam aquele dia minuciosamente apenas para nos agradar. Nós (noiva-solteira-à-procura-de-par) apenas tínhamos de organizar uma festa (normalmente oferecida pelos nossos pais que estariam doidos para se livrarem de nós e oferecerem a nossa mão em casamento) e esperar, sentadas, com o nosso melhor vestido, numa poltrona, enquanto um-a-um, entram em fila para se apresentarem.

Nesta fase, apenas teríamos de dizer ao escrivão, que estaria a registar todos os momentos, nomes e presentes oferecidos por cada um dos solteiros-pretendentes-a-casar, quem estaríamos interessadas em conhecer melhor, quem era à partida excluído, ou quem deixava dúvida.

Depois das apresentações, sentar-me-ia com os "talvez" para um chá, e novamente uma selecção, mas nesta selecção deixaria de existir o estado intermitente, passando a aprovado ou rejeitado.

Excluindo da festa todos os solteiros-rejeitados, ficávamos nós (solteira-que-pretende-casar), com todos os possíveis-eleitos-a-maridos. Aqui iniciávamos o jantar, falávamos, para trocar algumas impressões com todos, depois seguia-se o tão esperado baile, onde seria avaliada a técnica de dança.

Depois do jantar e da dança, já restariam poucos "sim's".

Chegado o momento de nos retirarmos para descansar, despedíamo-nos – sem encontrar o sapato do cavalheiro que teve de fugir durante a dança, para que não o víssemos transformar-se em trapos – dormíamos tranquilamente e nos dias seguintes, faríamos um jantar com cada um dos candidatos.



Uma vez que os meus pais não tencionam organizar-me esta festa, e provavelmente nenhum homem estaria para passar uma noite a concorrer com outros, só para me agradar e deixar na minha mão a escolha... Vou deixar um anúncio no facebook (que é o meio mais rápido de espalhar pelo máximo número de pessoas, ou será no correio da manhã?!), directa ao assunto: convido a quem quiser casar comigo, ir ter à porta da igreja já de fraque, para participar na nossa cerimónia de casamento.

Como só deve aparecer uma pessoa (nem que seja o senhor que vai todos os dias rezar aquela igreja), não devo correr o risco de ficar plantada no altar.

Não é bem a mesma coisa, como era nos filmes Disney, mas ainda dá para nos inspirarmos e tentarmos qualquer coisa semelhante, mais baratinha e com um romantismo mais pro'moderno...

Na volta ainda nos calha a abóbora.


Special Agent Naughty