29 de julho de 2014

Quem paga a conta? Pagas tu ou pago eu?

Existem vários tipos de homem, vários tipos de educação, de opinião e de forma de ver este ponto em concreto e pior, é que todos têm opinião, e muito bem definida. A mulher, esta, tem de se adaptar a qualquer um destes modelos, consoante o homem com que está, e mais nada… pelo menos é esta a vontade deles.

Temos o homem pelintra – que nunca paga a conta. Finge que não repara quando esta chega, ou pisga-se para a casa de banho no momento certo, esquece-se constantemente da carteira em casa, porque a conta... nunca é com ele. Encosta-se à mulher e ela que pague.

Há também o 50/50 – este funciona assim em tudo, se tu fazes hoje a cama, eu faço amanhã; hoje pões a mesa e eu faço o jantar, amanhã trocamos; hoje pagas tu, amanhã pago eu. 50/50, os mesmos direitos, os mesmos deveres e não há nenhum que faça mais de nada, porque o outro deve fazer exactamente a mesma coisa quando for a vez dele.

E ainda temos o paga tudo – Homem com educação tradicional, que não consegue imaginar ver uma mulher a "sacar" da carteira e a pagar a conta no final. Sente-se desconfortável, humilhado e não há nada pior para ele que não fazer o papel de protector da mulher com quem está. Não vale a pena tentar mudar isso, porque não adianta, faz parte dos valores que recebeu... e claro, porque normalmente, pode.


Não vou aqui dizer que concordo mais com um ou com outro, porque na verdade tudo depende de uma educação ou de um contexto. É como abrir a porta e deixar passar primeiro a mulher. Quanto a mim não suporto a ideia do homem passar primeiro, mas não posso criticar quem faz de outra forma, porque pode nunca ter aprendido a fazer diferente.

Em todos estes casos há também coisas más...

O homem pelintra – tem claramente um problema, ou não tem dinheiro e esqueceu-se de avisar esse pormenor antes de se pôr a jantar e a almoçar fora, ou então anda a juntar trocos à custa dos outros. Até consigo perceber que isso possa acontecer uma vez, não propositada, mas fazer disso hábito, dá vergonha alheia. Até que o resultado final se torna obvio, ou ela desiste e ele fica com uma fama terrível entre o sexo feminino e algum masculino, ou acaba por arranjar quem o sustente, ou acaba sozinho pois ninguém quer andar a sustenta-lo.

50/50: pode ser uma fórmula, mas cuidado com os excessos, pois podem cair no exagero de andar a contar o valor do que gastam – o jantar de ontem que eu paguei era bem mais do dobro deste que estás a pagar...

O que paga tudo: corre o risco óbvio de arranjar uma mulher que goste de vida fácil e de ser sustentada, que pense "Amor... não é tudo". Estou a falar de risco, não que toda a gente seja assim. Há casos e casos, e em todos há excepções. Mas vejamos, se uma mulher gostar de ir experimentar um novo restaurante de um qualquer chef famoso, vai fazer o quê? Convidar o seu homem/namorado/marido/caso que paga tudo? Talvez não seja fácil e ela simplesmente acabe por ir em todos os programas que ele escolha.


Não é bonito falar de dinheiro, pior mesmo é discutir sobre dinheiro, mas a verdade é que em todas as relações tem de se arranjar a fórmula certa para se "dividir", ou não, as contas. Qual das 3? não sei... Talvez exista uma 4ª em cada casa.


Special Agent Naughty


24 de julho de 2014

Ciúme

O que é o ciúme senão o deixar a mente vaguear sem rumo, perdendo-se numa imaginação fértil, que cria um enredo, um contexto, uma história à medida das inúmeras possibilidades que o espaço nos oferece.

Deixamos de nos concentrar nos factos e alimentamo-nos da criatividade que o nosso conhecimento nos oferece. Recriamos enredos, com personagens principais, secundárias, locais quase reais, diálogos, imagens, actos, tudo até passar da imaginação para a realidade.

E distinguir uma da outra? Largar a ideia de poder ser parva e "cornuda" e aceitar de olhos fechados que se isso tiver de acontecer não há nada que possamos fazer, viver pacificamente sem criar ondas nem tentar saber se aquela história mal contada tem algo mais que nos foi omitido?

Quando começa o ciúme e acaba a realidade? Onde está essa barreira que separa a chata da realista, que percebe que se passa algo de estranho, mas não tem provas concretas?

Há aquelas mulheres que não pensam nessas coisas que aceitam o que têm sem pôr nunca em dúvida. Que são fáceis, acreditam em quem têm ao lado, aceitam a ex-namorada, o ultimo grande amor, a melhor amiga que não sai de perto dele. Aceitam, não perguntam, não inventam, não recriam realidades paralelas nem tentam descobrir se há mais alguma coisa. E há as outras, as obcecadas, que vigiam e arranjam 30 formas diferentes de perseguir, espiar, investigar e tentar encontrar alguma coisa que o denuncie.

Nas primeiras, algumas sentem alguma coisa, que há ali algo que é preferível não saberem para não se chatearem ou colocar a relação em risco, outras não têm mesmo com o que se preocupar, confiam.
Já sobre as segundas, as ciumentas, há as loucas que para elas tudo é motivo de desconfiança, de insegurança, de possível traição. Estas perseguem, vasculham tudo e mantém-se lá por falta de provas a massacrar a relação com discussões, desconfianças, ataques à sua auto-estima e à dignidade do outro. Desgastam a relação. Outras têm razões para serem desconfiadas, lutam para não serem ciumentas mas são consumidas por constantes sinais que acabam por leva-las a um estado de loucura entre a negação e o não quererem manter-se numa relação que seja de infidelidade total.

Como diagnosticar a causa?
Sem factos não há crime, sem crime não há razão. 

O melhor é não pensar demais, não andar à procura, nem cismar com esse perigo eminente. Viver descontraidamente sem inventar motivos para criar desarmonia, nem dar azo à imaginação, não bisbilhotar nem perseguir.

Cuidado, quem procura muitas vezes encontra, mesmo que não seja um motivo, às vezes retirado de contexto, pode parecer o pior dos nossos receios.

Tentem fortalecer a auto-estima, muito importante é não deixar demasiado espaço livre para pensar e repensar no que não devemos. Mantenham-se ocupadas.  Se um dia esbarrarem com uma prova, mesmo que meia camuflada, nesse momento parem, evitem acusar à partida, vejam sempre as possibilidades positivas, respirem, tentem não ser impulsivas, procurem ver todas as possíveis perspectivas, evitem agredir, nem acusar, ninguém é culpado até provas em contrario. Peçam ajuda para entenderem, perguntem e depois vejam a reacção…

Acima de tudo devemos evitar desgastar a relação com discussões sem provas. Devemos proteger e acreditar em quem temos ao lado. É a nossa nova família, o nosso pilar e o nosso amigo, se o andarmos a acusar, estamos a pôr-nos contra ele, o resultado acabará por afasta-lo ainda mais. Até porque uma pessoa demasiado ciumenta, normalmente acaba por ser traída. Pois alimenta a ideia na cabeça do parceiro, ao mesmo tempo que acaba por degradar a relação e induz a outra pessoa a procurar carinho noutro lado.

Special Agent Naughty




10 de julho de 2014

Eles olham mais para a gira, ou para a espalhafatosa?

Sentei-me à mesa com dois amigos de conversa, na mesa detrás estava um pequeno grupo de amigas a pedir o jantar. Animadas, riam alto e chamavam a atenção para a mesa. Eu estava de costas por isso tinha de me virar totalmente para poder olhar para elas. Uma vez que os meus amigos não tinham feito qualquer cerimonia e já estavam de olhos postos nela, vi-me obrigada a integrar-me no contexto.

Eram 3 raparigas, amigas provavelmente, uma estava de costas não dava para vê-la muito bem, mas houve uma que sobressaiu logo, muito feminina, esguia, pele branca, de gestos elegantes e suaves, olhos muito claros quase água e cabelo comprido, castanho, muito liso. A terceira nem vi muito bem, pois não me pareceu que fosse ela o foco de atenção.

Voltei-me para eles de sorriso cúmplice, como quem entende perfeitamente para onde estão a olhar e porquê.

Vi-os a esticar o pescoço para a outra mesa durante bastante parte do jantar, quais suricatas sem saber bem onde se devem focar tal era a curiosidade.

De vez em quando trocavam entre eles uma ou outra frase num tom quase inaudível, que me deixava totalmente de parte. Eu sorria em cumplicidade de amiga.

Alguém se levanta na "tal" mesa, e as duas suricatas com quem jantava, seguiram logo rodando as cabeças sobre os pescoços bem esticados, ao mesmo tempo que "ela" passava por nós.

Esta??? pensei eu… não pode ser para esta!

E lá estavam os dois a rir e a comentar mais qualquer coisa.

Não resisti e passei a linha de amiga que não se vai intrometer, para a amiga louca para perceber.
– Desculpem lá mas a gira ficou sentada na mesa...
Nem olharam, nem comentaram.
– Estão a ouvir-me? Vocês não estavam a olhar para a que está sentada mesmo atrás de mim, gira de olhos claros?
Ouviram-me. Entreolharam-se.
 – Qual? – perguntaram.
– A GIRA! Mesmo atrás de mim. – disse já de olhos esbugalhados, espantada com a indiferença.
– Gira? Sim, gira é. - (indiferentes) - Mas a outra tem ar de malandra… – e sorriram com ar trocista, como se partilhassem o mesmo pensamento.
– Desculpem mas essa não entendi. Esta rapariga é linda de morrer, e vocês estão a olhar para a amiga que tem um ar deslavado, sem graça nenhuma, que se ri e chama a atenção do restaurante inteiro, que está de mini-saia, decote e saltos altos, a combinação perfeita de quem quer que olhem para ela à força, nem que seja por se ver pele a mais…?
Riram alto e juntos disseram – OBVIO! Porque haveríamos de olhar para uma rapariga linda de morrer,  toda feminina e elegante que não irá certamente dar-nos qualquer hipótese de conversa, se a amiga está pronta para o ataque?

Achamos nós que entende
mos o que eles gostam…



2 de julho de 2014

Os homens foram feitos para levar tampas!

«Na vida é preciso tentar, lutar e nunca desistir! Se ouvirem 10 vezes um não, continuem de cabeça erguida, pois 1 sim acabará por chegar»
Foi a primeira coisa que ouviram do pai mal nasceram, ouviram ... e assim fizeram-se à vida.

O problema é que levaram este lema mesmo à letra, tão à letra que não fizeram qualquer filtro sobre o contexto a que o pai se estaria a referir. Assim quando cresceram e viram o primeiro "rabo de saia", pensaram - "Foi isto que o meu pai me quis transmitir..."

E assim começa a saga...
Tenta aqui, tenta ali... Depois de tanto tentar, toca a tentar mais umas vezes. Sem parar, sem desistir, vai haver uma que vai cair.

E a verdade é que há... Mas é normal, as mulheres gostam de homens, e há uns que têm o dom de as fazer sentirem-se especiais. Mas infelizmente só no dia seguinte é que elas se apercebem que foram apenas uma das várias tentativas – a que disse que sim. 

As formulas sao variadíssimas:
- temos os tímidos, que tentam discretamente;
- os que se fazem de tímidos, e usam essa arma para mudar a estatística de 1 sim em 10 nãos;
- os intelectuais que usam a sua conversa para afastar as que vão dizer não, e o que sobrar é mais seguro o sim;
- os charmosos que dão conversa a 10 ao mesmo tempo, e deixam-se escolher. A que olhar mais nos olhos, está no papo;
- os apressados, que nem esperam pelo sim ou pelo não, esta ainda se estava a fazer de difícil e ele ja assumiu a tampa e atirou-se para a seguinte;
- os cómicos, conquistam pelo riso, há umas que vão enjoando as piadas, outras que nem acham graça, até que há aquela que qualquer coisa que ele diga, ela já se ri… já está na calha;
- os que negam a tampa, têm uma forma dissimulada de se meterem, se perceberem que é um não, fingem que nunca estiveram a tentar;
- os que gostam de levar tampas, gostam tanto que não se importam nada de ouvir um não e continuar a tentar a mesma. Insistem, insistem, e às vezes por milagre, um dos nãos transforma-se em sim;
- os melhores amigos, são os melhores amigos de todas as raparigas, tão próximos tão próximos, quando lhes salta o não à vista, afastam-se e nunca mais aparecem.

Os estilos são muitos, mas a tampa que para nós mulheres é difícil de digerir, para eles… faz parte do roteiro da vida no que toca a lidar com o sexo feminino.


Special Agent Naughty