Diz a sociedade que uma mulher tem de se casar e ter filhos antes dos 30 e, mesmo que vos digam, uma e outra vez, que é mentira, que a sociedade está a mudar, que as mulheres se querem independentes, não se enganem e aceitem, com piedade, o papel de “coitada” que a sociedade nos impõem.
Atentem ao meu exemplo: Desde os 23 que me perguntam COM FREQUÊNCIA quando é que eu me caso. É indiferente para estas mentes curiosas se eu quero casar, se faz parte dos meus planos constituir uma família, se a minha vida está bem como está, se eu estou feliz... só lhes interessa saber a data do meu casamento. Tenho cá para mim que um dia, se eu me casar, a preocupação vai ser “Então e quando é que tem filhos?” e que depois do primeiro filho – e suponhamos que é uma miuda – será toda uma nova inquietude: “Então e o menino? Já agora um casalinho”... e por aí adiante até que o meu número de filhos seja suficientemente elevado para que as mesmas mentes curiosas andem por aí a comentar “ Ai valha-me Deus. As coisas andam tão dificeis para ter tantos filhos. Que irresponsabilidade”. Em princípio, 3 filhos já é suficiente para ter direito a um comentário destes, sobretudo se os 2 primeiros formarem um casal. Porque a sociedade também acha melhor termos casais e que um casal é suficiente, mas não me perguntem porquê.
Mas pronto, já passei dos 30, não tenho planos para ter filhos proximamente e vivo bem com isso. Mas a sociedade não, porque se vivesse eu não estava sempre a ouvir “ Já não vais para nova. Tens que te despachar”. E a minha pergunta é: E como é que eu me despacho? Atraco-me ao primeiro que me aparecer à frente mesmo que não valha a pena? Ou drogo o primeiro que valha a pena e e levo-o ao Registro Civil?
Como nada disso está nos meus planos e como, reitero mesmo sob pena de parecer repetitiva, estou bem assim tive de aprender a conviver com os olhares de pena misturados com malícia que me deitam. Porque sei perfeitamente que quando digo “ Tenho tempo” o meu interlocutor – sobretudo mulheres com mais de 30 – olham-me e dizem “pois...” mas com cara de quem está a pensar “a esta coitada ninguém lhe pega”.
Special Agent Drama
Passo a vida a responder isto à minha mãe: "E como é que eu me despacho? Atraco-me ao primeiro que me aparecer à frente mesmo que não valha a pena?"
ResponderEliminarMas ela ganha: tens tantos amigos... Podias escolher um deles.
É mais prática que eu!
Pois anónima... as maes, normalmente, têm razao!
ResponderEliminarA minha mãe tem têm sempre uma resposta pronta desse género :) até já me disse se quiseres eu ajudo-te a escolher!! lolol!
ResponderEliminarmas as respostas agora estão a mudar um bocadinho, e oque tenho ouvido mais é:
- tens que apostar na segunda volta!! até vem mais ensinadinhos!! e Eu pergunto: ou vem mais traumatizados????
LOL... traumatizados estamos todos... desde os 10, pelos menos :)
ResponderEliminarImaginemos que uma mulher solteira, já com alguns anos, conhece um homem que não tem nada de especial mas de quem gosta. Mas depois imagina-se a chegar a casa e a levar com a pergunta: Tanto tempo para isto?
ResponderEliminarPergunta: é possível que as mulheres solteiras, a partir de certa idade, se tornem super exigentes com os homens simplesmente para justificar publicamente o facto não estarem casadas?
olha, eu droguei-me e acho que o que tomei foi forte!!! lol!! ainda continuo com o que me apareceu à frente!!!
ResponderEliminarahahahaha... pelo menos, a sociedade nao tem pena de ti :)
ResponderEliminarMuito bom!!!:)
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