Estava a falar com um amigo, e vem à baila o assunto de sempre "estar solteira"...
Diz-me ele: - Sabes que eu nunca teria nada contigo?!
A primeira coisa que me veio imediatamente à cabeça, foi - "Que bom! Pelo menos nisto estamos de acordo. Eu também nunca teria nada contigo." -, mas fiquei curiosa com a afirmação totalmente descontextualizada.
Apesar da beleza não ter grande importância (ou não deveria ter), o, chamemos-lhe, Zé, não se pode dizer que seja muito bonito, nem sequer engraçado,... Ok, é bastante feio. Se eu tivesse de o descrever, descreveria como um género de Screech na série "Já Tocou!" (para quem se lembra), ou seja, a figura típica do totó das séries televisivas dos anos 90. Meio nerd, desastrado, simpático, ingénuo, desengonçado, daquelas pessoas a quem tudo acontece.
Antes de eu lhe perguntar, já me estava a responder - "Sabes porque digo isto? Porque tu és too much! És a mulher dos mil amigos, dos mil programas, dos mil ofícios. Bem disposta, decidida, interessada, gostas do que fazes e sabes o que queres... Resumindo: Que falta faz um homem na tua vida? Logo que falta poderia eu fazer?".
Nunca tinha visto as coisas nesta perspectiva, não me vejo assim, e vejo as mesmas características e muitas mais, espalhadas por tantas mulheres solteiras e casadas, à minha volta.
Mas depois de pensar e rever estes itens decidi que deveria passar a ter uma lista dos defeitos e um slogan a dizer "nem tudo o que vê na embalagem, é necessariamente o que tem no conteúdo – Por favor, leia a bula!".
Assim já não voltam a dar esse motivo como razão para eu estar solteira e até um Screech se vai sentir um afortunado depois de ler a minha bula de defeitos.
Special Agent Naughty
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