Andei desaparecida estes dias... sou fã dos
Santos Populares, não há nada a fazer!
Para mim é sem dúvida nenhuma a fase mais
bonita de Lisboa.
Começa o calor, a roupa curta, os pés
descalços enfiados em sandálias de dedo, a roupa confortável e descartável
(porque corremos sempre o risco de nos cair uma sangria em cima, é bom não
termos muito amor às peças que usamos nestes dias), o passear por Lisboa
antiga, pelas ruas estreitas e decoradas, animadas cheias de pessoas de todas
as idades, no meio do cheiro a sardinha, de bifana no pão, de cerveja na mão, a
caminho de um bailarico, para dançar a música popular que já se confunde entre
muita música brasileira.
Andamos de postal em postal, sorrimos para
toda a gente, partilhamos o espírito da cidade com todos os que se cruzam
connosco. Se o português não é alegre, experimentem andar nestes dias no meio
dos bairros populares. É ver toda a gente a dançar, novos com velhos, ricos com
pobres, mulheres com mulheres, homens com homens, crianças aos saltos na garupa
dos pais, tudo animado ao som de qualquer música que passe, que seja mais ou
menos conhecida, mas sempre com o histerismo de ouvir um “pai da criança” ou um
“apita o comboio”.
Ainda vamos a meio e já começo a sentir a
saudade destes dias. Não há nada como Lisboa durante o mês de Junho. A cidade
ganha uma nova vida, uma nova alegria, e com ela desaparecem todos os
problemas. É uma grande festa da cidade, que pode ser vivida mesmo em tempos de
crise.
Viva o Santo António, Viva o São João, Viva o
São Pedro e a sardinha no pão.
Special Agent Naughty
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