6 de agosto de 2012

Podes conquistar qualquer pessoa – parte 2

No seguimento do post .... posso dizer-vos que vi isso acontecer.
Lá estava ele, sempre ali presente, irritantemente presente, a olhar para a "Maria", a fazer-se notar, a avisar por outros que lhe achava graça.

Estava ali, sempre perto, a fazer-se notar, a olhar.

A mim enervava-me, ela passava-se, criticava, bufava e jurava que nunca seria homem para ela... Eu acreditava. Olhava para ele e para o padrão que conhecia dos ex-namorados dela, e não encontrava qualquer semelhança.

A "Maria" um dia lá acabou por jantar com ele. Não teve grande escapatória, estávamos de conversa numa esplanada, ele estava lá, e quando a "Maria" se levantou a dizer que ia ao GoNatural comer qualquer coisa, ele levanta-se e acompanha-a. Ainda vi a "Maria" hesitar, mas acabou por seguir caminho com ele.

No dia seguinte quando falei com ela, contou-me que tinham ficado algumas horas a falar e que até tinha gostado de o ouvir.

Não dei grande importância, também não sei se ela lhe deu na altura, mas a porta ficou aberta e mais tarde surgiu um novo encontro e outro, até que um dia quando lhe perguntei, me disse que ele tinha desaparecido e nunca mais lhe tinha dito nada.

Achei que a história tinha ficado por ali. Achei que na cabeça dela também teria acabado por preferir assim. Mais tarde vim a saber que foi isso que deu uma reviravolta na cabeça dela. Sentiu a falta, esperou o telefonema que nunca chegou a vir. Isso fez com que a presença dele no pensamento dela passasse de alguém que tinha interesse nela, que a fazia sentir-se desejada, mesmo que ela não o quisesse, para alguém que ela já gostava de estar e falar e que tinha perdido o interesse.

A perspectiva mudou.

A duvida do "porquê" passou a estar presente. Porque teria ele desaparecido, que teria feito ela de mal?

Um dia mais tarde quando falámos sobre isto, acabou por me confessar, que talvez nunca tivesse olhado de forma diferente para ele, se ele nunca tivesse desaparecido sem dar explicações.

Passado uns meses de silêncio, de afastamento total, cruzaram-se ocasionalmente numa rua qualquer. A Maria nesse dia percebeu que isso a fez vibrar por dentro, ele deve ter sentido essa reacção dela. A partir daí, o que teria sido um "Não" redondo no passado, passou a ser um "SIM" no presente.

Special Agent Naughty






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