28 de junho de 2012

Beijo na pista de dança

Já beijaram alguém numa discoteca?

E no meio de uma pista de dança de uma discoteca?

Se eu fosse tentar saber estatísticas, de certeza que se houvesse uma sobre onde é que as pessoas dão o primeiro beijo, a percentagem maior recairia certamente sobre as pistas de dança das discotecas.

O ambiente é propício, é mais fácil de perceber os sinais, de aproximar sem ser explicito, de agarrar sem ser mal interpretado e se ela deixa ir, o beijo é garantido. No meio da confusão, adicionando, muitas vezes, álcool para dar coragem ou como escape no caso de correr mal, enquanto os corpos se abanam de forma sensual, lá acaba por sem querer surgir o primeiro beijo que leva a um pack completo logo de seguida.

Agora experimentem, numa próxima vez que vos acontecer estarem aos beijos no meio de uma pista de dança atafulhada de gente, abrir os olhos. Não é muito romântico, eu sei, mas também não me parece que todo o ambiente envolvente tenha algum lado romântico. Abram os olhos e reparem, que a muitos poucos centímetros dos vossos olhos vão estar outras caras que não vos vêem, cabelos que passam quase a tocar-vos o nariz e vão encontrar pelo menos uns olhos a uma distancia demasiado curta, que estão a olhar para vocês. Aí vão ficar confusos, mas eu estou a beijar este mas a aquela é que está a olhar para mim... Deixam de saber exactamente o que estão a fazer, mas o mais estranho é tentar perceber o que é que aquela pessoa está ali a fazer a olhar para vocês quando supostamente o momento é tão intimo e pessoal, parece que estão a invadir o vosso espaço.

Agora voltem para uma pista de dança, mas vocês não estão com ninguém, estão apenas a dançar com amigos descontraidamente enquanto ouvem uma música que gostam. Entretanto um casal estaciona mesmo no meio do teu grupo de amigos, a um palmo da tua cara começam a beijar-se como se estivessem sozinhos dentro de quatro paredes. Quase que consegues ouvir o som dos beijos sobreposto ao da música tal é o próximo que estão. Sentes que se metessem um dedo no meio daquelas duas bocas, não faria qualquer diferença e nem reparariam, continuando alegremente, ali mesmo dentro do teu espaço de conforto pessoal, a beijarem-se. Ficas parado a olhar ainda a pensar se és tu que tens de mudar de sítio ou se eles acabam por sair, até que uns dos olhos dos dois "embocados" te fixam. Tenta não entrar em pânico, não é um convite a meteres também a boca lá no meio, não, nada disso! É a curiosidade de saber se alguém conhecido está a olhar e de perceber se o momento é dos dois ou de mais alguém.

A solução devia ser simples: se se querem beijar numa discoteca, experimentem num dos cantos mais refundidos. Mas como é o momento que manda e nem tudo pode ser tão racional... O beijo no meio da pista de dança acaba por ser quase sempre inevitável.

Special Agent Naughty


26 de junho de 2012

Toy Boy

Está com a auto-estima em baixo, o ego desfocado, carente de beijos, abraços e uns apertos mais? 
A solução é: Toy Boy!

Toy Boy é para si e para ele, uma solução fácil, eficaz, que não confunde, não atrapalha e está sempre pronto a actuar em qualquer momento de aperto, carência ou solidão.

O Toy Boy não chateia no dia seguinte, não pede satisfações e só traz coisas boas. Está lá para o que der e vier... e vai, se ambos quiserem... volta, se ambos quiserem, não volta. É pratico para qualquer mulher solteira, que não se quer atirar para o primeiro homem que apareça de cabeça, ou que precisa de estar sozinha, mas não quer ficar carente.

A escolha está no Boy, não no Toy. O Toy é fácil, os homens não têm problemas com essa solução. Já com o Boy... Não podem correr o risco de se apaixonar, e não convém que ele se apaixone por vocês. Cuidado com as contra-indicações. Idealmente deve ser alguém que conheçam bem, que possam ter um bom grau de intimidade e que esteja bem esclarecido o que é. Nada de sentimentos!

Adira já a esta solução, adquira um Toy Boy só para si. 

Não espere por telefonemas de dia seguinte, não se preocupe com os outros saberem, esqueça as mensagens, o terem de falar, as histórias mal resolvidas, ou os arrependimentos. 

Com Toy Boy, tudo passará a ser mais simples. Vai deixar de olhar para aquele que nunca olharia e que acabou por cometer o erro, naquela noite de vulnerabilidade. Esqueça tudo isto, a sua vida vai ser mais fácil e poderá esperar na mesma pelo homem da sua vida sem se deixar levar por momentos de fragilidade.


Trouxemos aqui a nossa grande amiga e já conhecida do público "Amiga Olga":

– Como está Amiga Olga? O que me diz da sua experiência com este produto?

– Adorei, foi optimo! Perguntei-lhe logo de inicio "A chave ou o dinheiro?". Quando escolheu a chave, levei-o logo para casa, depois disso foi espectacular, senti-me outra e desde aí não quero outra coisa.


Como pode comprovar, até a nossa Amiga Olga, já comprou esta solução. Adquire rápido um para si, não deixe esgotar.

Toy Boy é a sua solução! Reserve já!

SA Mad


25 de junho de 2012

Mulheres divorciadas com filhos


A minha experiencia com mulheres divorciadas com filhos. Antes de mais, gostaria de explicar que nada tenho contra estas últimas: se não fosse, não me teria interessado (e vice-versa, naturalmente). Comentários que tantas vezes ouço como “lá estão os estigmas dos homens contra mulheres com filhos” ou “vem com “brinde”, foge”, não tem lugar aqui. Mas terão estas observações, chamemos-lhes assim, alguma razão de existir?

Comecemos pela última, tão comum. No caso de um homem solteiro, é evidente que nada ajuda em certos pontos da relação (com intenções sinceras). Duas pessoas, quando se conhecem, precisam de tempo para se conhecer, de passarem tempo juntos, de passear, viajar, ir as compra, ao cinema, estarem deitados no sofá a verem um qualquer filme. Simples banalidades, que obviamente podem ser feitas em conjunto, mas limitadas pela presença de alguém que para o elemento feminino é primordial – o(s) filho(s).

Uma relação precisa de tempo para adquirir maturidade. Momentos, loucuras, romance…Depois, noutra fase da vida viriam os filhos, numa evolução natural da relação do casal. O passo seguinte, vá.  

Mas não. Há um filho. Ou mais. E com isso, horários, dias em que “vai para o pai”, escola, idas ao colégio, ida ao médico, etc.

Um obstáculo a superar? Sem dúvida. Mas a dois. Eis a questão: Será que estão os dois dispostos a isso?

Escrevo agora sobre a minha curta experiência. Foram, no total, quatro, entre os 27 e os 41 anos, com filhos entre os 6 anos e os 12. Incomodou-me? Óbvio que seria sempre limitador, pelas razões acima descritas. Mas “avancei”. Gostei, quis tentar uma relação.

E aqui começa o pesadelo.

Não pelos miúdos – sempre gostei de miúdos, tenho uma família enorme, sempre me habituei à presença dos pequenos rebeldes.

A questão central, que me despertou reflexão foi – e continua a ser - os motivos do “falhanço”, todos semelhantes. E num intervalo de idades representativo: 27 aos 41, já referido. Em comum? Um enorme medo de saírem do seu mundo, da zona de conforto que criaram após o divórcio. Não se conseguem “dar”, por mais que tentemos. Afundam-se nos seus medos, na possibilidade da relação falhar e vir a sofrer outra vez. Revelam, passado pouco tempo, as consequências não ultrapassadas de um casamento falhado. E fecham-se. Concentram-se nos filhos, na sua educação. O que está correcto: os filhos são o que de mais importantes temos na vida. Não sou pai, mas não tenho dúvidas do sentimento único da paternidade.

O que não está correcto é desligarem-se a sua vida amorosa e mesmo social. Ou porem um escudo à sua volta. Esquecerem-se que também são pessoas, que também precisam de uma atenção e carinho que só um companheiro lhes pode dar. Erguem uma enorme muralha à sua vota, com um fosso no meio. Um fosso pequeno que rapidamente se ultrapassa. Ou seja, os primeiros tempos. Mas quando chega a altura da relação se tornar, naturalmente, mais séria, eis que chegamos a uma qualquer muralha medieval, intransponível. Todo o passado vem ao de cima, e do céu, caímos para a terra.

Ou seja, se alguém se aproxima de vocês, interessados, se mostrarem interesse em conhecer a vossa filha, de agirem (ou parecer agir) de uma maneira consciente e responsável, eis que as portas se fecham com toda a violência. Mas então, que seja o mais rapidamente possível, porque de pessoas indecisas e que não estejam capazes de dar uma hipótese a uma relação, é algo que verdadeiramente nos inquieta só de pensar apenas sequer nesta possibilidade.

Senhoras, as pessoas não foram feitas para ficarem sozinhas. A teoria do individualismo não tem qualquer fundamento. Não podemos negar a existência da convivência amorosa entre homens e mulheres. Eis a radicalização do individualismo, apresentada pela Filosofia como a característica principal da pós-modernidade: a afirmação do indivíduo como único princípio sustentável. Ou seja, a fragmentação dos valores é assumida, teoricamente, como um traço importante dos processos de diferenciação e individualização. A ideia do indivíduo como horizonte último de referência ética e sociopolítica levanta inevitavelmente questões como a da relação do indivíduo com a sociedade, da existência de valores éticos universais ou dos limites do tolerável (colocados pela referência à tolerância como respeito inquestionável pela diferença). A negação de toda a historia da Humanidade. Uma perfeita idiotice.

Confuso? Simples: as pessoas não nasceram para ficar sozinhas. E não vou cair na tontice do “mais vale só que mal acompanhada”, “não vou estar com alguém só porque sim”, “só se me apaixonar outra vez”. As pessoas têm de estar verdadeiramente bem sozinhas, sem estigmas e feridas mal curadas. E não afastarem-se de tudo e de todos, limitarem-se a um meio fechado e limitado, em todos os sentidos da palavra. Se de facto não conseguem ultrapassar os vossos-mais-do-que-legítimos-problemas, procurem ajuda. Ou, se conhecerem alguém que, pelo menos no contacto inicial, vos preencha, dêem uma oportunidade.

Até porque os vossos adorados filhos irão um dia crescer e amadurecer, e a vossa ligação física será naturalmente menor. São filhos e companheiros, mas não são pais. Mais ano, menos ano, dirão “mãe, vou sair a noite” ou “vou passear com uns amigos”. E ai, nesse corte umbilical, irão pensar no que irão fazer no resto das vossas vidas. E quanto mais tarde, mais difícil. Falo agora como alguém cujos pais se separaram passadas décadas de casamento. Uma das partes, apesar das insistências, não deseja conhecer mais ninguém. Naturalmente fruto de uma geração ultra conservadora, é uma decisão que se respeitar, mas que revela egoísmo. Porque não se deve envelhecer sozinho. Não estou certo se ao fim de algumas décadas de anos de casamento ainda olharei para a respectiva com a mesma paixão. Mas não me preocupo. Porque, como tudo na vida, a relação muda, e provavelmente nessa altura procuraremos diferentes qualidades, como uma companheira para envelhecer juntos.

Porque esta negação corta-nos algo que nos será essencial ao longo da vida – alguém que nos acompanhe. Que, em falta, “sobrará” para os filhos. Claro que estes, se forem bem formados, estarão sempre lá. Mas não devem servir de “muleta”. Porque é injusto. Para todos.

Ps. Não generalizo. Nada é generalizável. Conheço mães solteiras fantásticas, com uma atitude perante a vida que até me faz corar. Escrevi este post porque notei que os motivos do “falhanço” foram todos idênticos. Coincidência ou será da minha pessoa? Não sei. Fica o testemunho e a crítica. Que vale o que vale.

Agent Barney


21 de junho de 2012

Não teria nada contigo!

Estava a falar com um amigo, e vem à baila o assunto de sempre "estar solteira"...

Diz-me ele: - Sabes que eu nunca teria nada contigo?!

A primeira coisa que me veio imediatamente à cabeça, foi - "Que bom! Pelo menos nisto estamos de acordo. Eu também nunca teria nada contigo." -, mas fiquei curiosa com a afirmação totalmente descontextualizada.

Apesar da beleza não ter grande importância (ou não deveria ter), o, chamemos-lhe, Zé, não se pode dizer que seja muito bonito, nem sequer engraçado,... Ok, é bastante feio. Se eu tivesse de o descrever, descreveria como um género de Screech na série "Já Tocou!" (para quem se lembra), ou seja, a figura típica do totó das séries televisivas dos anos 90. Meio nerd, desastrado, simpático, ingénuo, desengonçado, daquelas pessoas a quem tudo acontece.

Antes de eu lhe perguntar, já me estava a responder - "Sabes porque digo isto? Porque tu és too much! És a mulher dos mil amigos, dos mil programas, dos mil ofícios. Bem disposta, decidida, interessada, gostas do que fazes e sabes o que queres... Resumindo: Que falta faz um homem na tua vida? Logo que falta poderia eu fazer?".

Nunca tinha visto as coisas nesta perspectiva, não me vejo assim, e vejo as mesmas características e muitas mais, espalhadas por tantas mulheres solteiras e casadas, à minha volta.

Mas depois de pensar e rever estes itens decidi que deveria passar a ter uma lista dos defeitos e um slogan a dizer "nem tudo o que vê na embalagem, é necessariamente o que tem no conteúdo – Por favor, leia a bula!".

Assim já não voltam a dar esse motivo como razão para eu estar solteira e até um Screech se vai sentir um afortunado depois de ler a minha bula de defeitos.


Special Agent Naughty


20 de junho de 2012

Precisa-se de namorado emprestado!

Urgente!!!

Acabo de ser convidada para um jantar já para este fim-de-semana, em que são só casais, a maioria já tem filhos, o resto está para ter ou são recém-casados.

O pior é que quem me convida é a minha vizinha do lado e não só saberia se eu tivesse ou não um jantar (podia sempre inventar um) porque vive ao lado, como me lixou logo na forma como me convidou –"Somos vizinhas e nunca combinamos nada, este sábado o que fazes?"– ingenuamente respondi – "Não tenho nada combinado!" – ao que me entala logo com esta – "Então desta vez não escapas, jantas lá em casa!! Faço anos no sábado e estou a combinar um jantar" (que sorte...).

Pior de tudo, é que não conheço bem ninguém, se é que conheço mais de 4 pessoas, que vão em casal e na volta até levam filhos. Para melhorar o cenário, vai o meu ex com a mulher (ok, afinal conheço mal pelo menos 6 pessoas).

A unica coisa que me ocorreu, quando dei por mim sem saída, foi que tinha de arranjar um namorado emprestado com muita urgência.

Comecei por pensar nos amigos giros, vistosos que pudessem fazer-me esse favor. Mas depois surgiu o primeiro problema, não podem ter namorada, ou elas chateiam-se. Ficaram logo quase todos de parte, os que não ficavam, o meu ex sabe que não seriam namorados. Depois tive de varrer a minha lista de contactos do telefone, do facebook e os que estavam solteiros, não me apetecia nenhum, uns por já se terem metido, outros porque não iam causar o impacto pretendido, outros porque conhecia mal para pedir uma coisa dessas e ainda podiam achar que me estava a meter, e outros porque... nem pensar!

Agora sobram-me 3 soluções:

1- desafio alguém que conheça mal, que não me interprete mal, e que alinhe como se entrássemos juntos numa série de humor e fossemos os protagonistas principais, e vamos gozar o prato;

2- arranjo um programa importantíssimo de última hora e falto a um evento que poderia ter um potencial enorme de divertimento se fosse com os ingredientes certos.

3- ou tenho a sorte de um homem educado, com corpo definido, bonito, com mais de 1,80m, inteligente e com sentido de humor, esteja a ler isto, e se entusiasme com o programa de se fingir de meu namorado por um jantar, e que me envia um email com fotografia e gravação de voz, para este email, a sugerir ser meu acompanhante.

Vamos ver se tenho sorte ou se tenho de me ficar por uma das duas primeiras hipóteses.


Special Agent Naughty


19 de junho de 2012

Verão – a loucura

E eis que chegamos pelo tão ansiado Verão. Como que por magia, a depressão dos dias de chuva e frio desaparece, dando lugar ao sentimento contrário: Ode to joy. As pessoas saem à rua. A alegria transborda pelos passeios. O corpo destapa-se. Qual mudança de astros, a mudança de estação tem um efeito libertador. Ficamos mais livres, mais abertos, mais atentos, mais …disponíveis. 
 
E daqui aos amores de Verão é um pequeno passo, mas grande para o coração. Mas impera saber: é a melhor altura para começar um namoro? Sim e não. 
 
Não porque, tal como acima descrito, parece que homens e mulheres saem à rua, todos, ao mesmo tempo. Uma espécie de acordar de um longo sono, autêntica hibernação. O Verão é também sinónimo de vaidade, diria mesmo uma “montra humana”. O sol, o bronze, a praia, os corpos cuidados, toda uma panóplia do “vamos desfilar”. Os festivais, as idas à praia, os jantares, as esplanadas, tudo locais onde domina o “ver e ser visto”, tão nacional, tão provinciano. 
 
On the other hand, um raciocínio mais liberal diria: divirtam-se. No Verão dificilmente as pessoas querem algo de sério. São os chamados amores de Verão. O nome indica a duração. Mas é no fim que se fazem as contas. Ou seja, antes do fim da estação, escolhem (ou são escolhidos) os parceiros (as) ideais para passar o Inverno. 
 
O Verão é igualmente sinónimo de perigo nas relações. Corpos bonitos, bronzeados, destapados…são uma fonte de distracção e, pior, de tentação. É a melhor altura para “despachar” aquela relação que sabemos não ir a lado nenhum ou que já estamos em “fase de sacrifício”. O salto impera. O libertar das correntes. Ou então…a (quase) inevitável traição. 
 
Os amores de Verão não pretendem ser nada de sérios. Nem duradoiros. Nada mesmo. São de curta duração porque não nos conseguimos concentrar: estamos distraídos, inundados em tanta oferta. O que hoje achamos giro, amanhã descobrimos melhor. 
 
Por isso…divirtam-se. Esqueçam compromissos. Mas no final, antes da estação acabar, pensem bem na melhor escolha. Até porque arriscam-se a passar o Inverno sozinhos. E no Inverno, já dizia o velho ditado das relações, “há pouca caçada” (sem ofensa). 




Agent Barney



18 de junho de 2012

Força Portugal!

Grande jogo, grande emoção, muitos nervos!!

Não, não me vou pôr a fingir que sei falar de futebol, porque não sei mesmo! Nem sequer entendo bem quando é fora de jogo, e fico sempre irritada quando me entusiasmo com um golo, que afinal não era, porque estava fora de jogo... Um dia destes vou sentar-me e pedir uma explicação técnica sobre todos os pormenores e técnicas futebolísticas, para ver se deixo de gritar golo, sozinha, numa plateia de 40 pessoas que estão a olhar para o mesmo ecrã e perceber, que houve alguma coisa que eu não percebi...

Como a maioria das mulheres, só gosto de ver futebol em jogos importantes. É como um evento nacional, em que um país está todo do mesmo lado e com os olhos postos em 11 jogadores, torcendo, gritando tácticas de jogo, incentivos, e palavrões, a 11 jogadores que não nos estão a ouvir, mas que todos insistimos em falar para um ecrã.

Ainda bem que não gosto de futebol, porque o que sofro a ver estes jogos já é suficiente para 2 anos, até vir o próximo mundial, ou europeu.

Fartei-me de pensar na pressão que estes jogadores sofrem durante um jogo destes, em que têm o mundo com os olhos postos neles, em que qualquer erro é detectado e criticado até ao próximo jogo, se conseguirem fazer uma grande jogada, que faça os adeptos esquecerem o que já passou. Basicamente, eles representam uma nação, a felicidade daquele momento de muita gente, está nos pés daqueles jogadores e por consequência, daquele jogo. 

Pensei muito sobre isto, porque no outro dia tive um jogo, em que eu era uma das jogadoras. Ninguém estava a ver, ninguém dependia de mim para ficar feliz a não ser eu mesma. Mesmo assim, a pressão e os nervos que sentia, eram de tal ordem, que por muito que pensasse que deveria fazer um sorriso, desanuviar, dizer uma piada, nada conseguiu sair de mim. Estava em absoluto tranze. Cheguei à conclusão que nunca poderia ser jogadora da selecção, nunca poderia estar perante vários adeptos a apoiar-me a depender de mim para ganharem o dia... nada! não tenho jeito para isso.

Por isso fica aqui o meu apoio à selecção. Os parabéns pelo bom jogo mesmo depois de tanta critica e pressão que os media têm causado.

Força Portugal!


Special Agent Naughty


12 de junho de 2012

Noivas de Santo António

Sempre tive um fascínio por este programa... não sei, não me perguntem. Adorava casar nas noivas de Santo António.

Primeiro isto tem todo um programa muito completo envolvido, porque as noivas de Santo António não é só um dia na TV, sim, há todo esse momento especial e de enormíssima importância, mas há todo um ritual a cumprir que antecede.

1- Tudo começa com os votos, em que os noivos se declaram um ao outro para uma câmara, num jardim, numa praia, em conjunto ou em individual, onde lhes fazem perguntas onde tentam acertar no que o parceiro poderá ter respondido e se falharem, é vergonha nacional;

2-Depois há uma apresentação oficial, 1 mês antes, em que o presidente da câmara deseja as felicidades a todos, isto compromete logo todos os casais a sentirem o peso do – "nada de fugirem do altar, agora doa a quem doer, cumpres até ao fim!";

3- Segue-se um passeio de barco, no "principe perfeito"(???), com cocktail, onde há presentes para os noivos, e mais presentes, até porque quem patrocina quer ter a certeza que há a devida publicidade;

4- Como não há casamento sem despedida de solteiros, toca de fazer uma em conjunto, com eles e com elas, sem amigos, porque na verdade esses não se estão a despedir de solteiros. A verdadeira despedida de solteiros é só para quem realmente vai casar muito em breve, os outros: fora! E lá são recebidos num jantar no casino de Lisboa, com festa e... presentes!

5- Nos dias que se seguem, começam os ensaios para a valsa. É preciso estar tudo bem ensaiado, não vá fugir um pé e acabar tudo a valsar em dominó para o meio do chão;

6- Se não sabiam, ficam com esta informação valiosíssima – existe um Clube Artístico dos Cabeleireiros de Portugal – e é aqui, neste mundo oculto, até agora por todos, que se faz um sorteio dos cabeleireiros que irão ter o privilégio de pentear os noivos para o grande dia. And... guess? mais presentes outra vez;

7- Depois disto tudo, faltam uns 10 dias para o grande evento, mas até lá, há passeios, visitas de estudo, danças, ensaios de dança, de cabelos, provas de vestidos, preparativos para o casamento, e tudo acompanhado de muitos presentes, jantares, almoços, lanches e cocktails;

8- Chegando ao dia é que os noivos se tramam. A festa começa ao meio-dia com o casamento civil, seguido de casamento de igreja às 14h30, depois desfile na cidade às 17h... temos por fim o jantar e a celebração, se ainda não estavam cansados, vamos lá a levantar o rabiosque da cadeira e vão lá desfilar nas marchas populares, que ainda têm de mostrar esses vestidos e dizer adeus a muita gente.


E assim se faz uma festa, ou um mês de festa, sem gastar um tostão, a receber presentes até mais não, a rir dos preparativos, a comer à grande e ainda se aprende uma dançazinha pelo caminho.
Sacrifício no dia? sim, mas já o é para quem o paga e ainda se acrescenta a isso uns meses de stress que antecedem o grande dia, para que tudo corra impecavelmente.


Estão convencidos?

Eu continuo uma fã incondicional, só não consegui averiguar se se pode levar convidados, se sim, era uma maravilha porque iam todos de Homem Aranha e Abelha Maia, só para se distinguirem dos restantes.


Os conselhos que dou, no caso de alguém ficar convencido, são:

Não estar constipada/o no dia – Se pensarem bem, casam-se com uma pessoa, mas fazem tudo o resto com mais 15 casais sempre ao lado, por isso, se por acaso no momento em que o casal do lado estiver a perguntar "Vanda aceitas casar comigo?" e tiveres um ataque de espirros, ao mesmo tempo, corres o risco de desviar a cara do teu parceiro (porque este está mais próximo) e acabas a mandar um grande espirro que soa a SIM na direcção do casal que acabou de falar... pode dar confusão.

Beber um red bull – já viram o programa, o que vão ter de bombar nesse dia? então preparem-se para ter asas!

Saltos rasos, ou mesmo ténis – vai ser obra as horas que vão estar de pé e a passear.


de resto, aproveitem!!!

Bom Santo António!!!


Special Agent Naughty



11 de junho de 2012

Viva o Santo António!


Andei desaparecida estes dias... sou fã dos Santos Populares, não há nada a fazer!

Para mim é sem dúvida nenhuma a fase mais bonita de Lisboa.

Começa o calor, a roupa curta, os pés descalços enfiados em sandálias de dedo, a roupa confortável e descartável (porque corremos sempre o risco de nos cair uma sangria em cima, é bom não termos muito amor às peças que usamos nestes dias), o passear por Lisboa antiga, pelas ruas estreitas e decoradas, animadas cheias de pessoas de todas as idades, no meio do cheiro a sardinha, de bifana no pão, de cerveja na mão, a caminho de um bailarico, para dançar a música popular que já se confunde entre muita música brasileira.

Andamos de postal em postal, sorrimos para toda a gente, partilhamos o espírito da cidade com todos os que se cruzam connosco. Se o português não é alegre, experimentem andar nestes dias no meio dos bairros populares. É ver toda a gente a dançar, novos com velhos, ricos com pobres, mulheres com mulheres, homens com homens, crianças aos saltos na garupa dos pais, tudo animado ao som de qualquer música que passe, que seja mais ou menos conhecida, mas sempre com o histerismo de ouvir um “pai da criança” ou um “apita o comboio”.

Ainda vamos a meio e já começo a sentir a saudade destes dias. Não há nada como Lisboa durante o mês de Junho. A cidade ganha uma nova vida, uma nova alegria, e com ela desaparecem todos os problemas. É uma grande festa da cidade, que pode ser vivida mesmo em tempos de crise.

Viva o Santo António, Viva o São João, Viva o São Pedro e a sardinha no pão.

 Special Agent Naughty


5 de junho de 2012

Amor

O que é esta palavra nos dias de hoje, em que homens e mulheres se atropelam uns aos outros numa busca incessante de o encontrarem. Procuram-no em esquinas, olhares, atitudes e toques, procuram-no sem saber o que é, onde o podem ver e como o podem sentir.

Tentam controlar, procurando mesmo onde não o conseguem ver, esperando que este os possa tocar se insistirem em encontra-lo, esperando pacientemente, que o que hoje ainda não vêem, possam ver amanhã.

O que é o amor que se quer sentir, que se força em viver, que se sente sem sentir? Onde está o amor que se deixa surpreender, que não escolhe por antecipação, que acontece por acaso, sem ser forçado?

Será que ainda existe?

O que é isto de o tempo nos moldar, nos afastar do que já sabemos que não queremos (sabemos?), do que não nos faz bem e do que à partida não vai correr bem? O que é um amor controlado, um amor que não se deixa magoar porque já foi magoado? Como pode o amor ser escolhido, programado ou premeditado? Como é este amor que hoje aprendemos a viver, tão mais racional que emocional?

Isto é amor?

Acho que deixámos de saber amar, temos medo que o sentimento nos controle, de nos magoarmos, afastámo-nos do amor por o achar piroso, fraco, por nos deixar vulneráveis, sensíveis, à mercê de alguém que nos pode magoar. Decidimos que o amor é uma doença mental em estado avançado e por medo que ela tome conta de nós decidimos afasta-lo de vez.

As relações já nao são garantidas, podem terminar de um dia para o outro de forma simples, que nenhum dos dois controla. Por isso o amor é individual, tem de ser gerido com cautela, não é seguro e nunca aconselhável entregarmo-nos totalmente, por isso juntamo-nos, sim; gostamos, sim; mas o amor que nos deixa expostos ao outro, que nos deixa ser levado por um sentimento primário, que nos faz sentir novamente adolescentes, sem barreiras, medos e de entrega total, esse amor, já não existe.

Special Agent Naughty


4 de junho de 2012

Toca a preparar o verão


Depois de um fim-de-semana de rock in rio à noite, durante o dia, começaram os primeiros dias de semi-verão, e lá fui experimentar o biquíni e dar o primeiro mergulho no mar.

Como me esqueço sempre que o primeiro dia de praia, deve ser feito em praias isoladas, lá estava eu no meio de uma multidão, quando chega a hora de tirar a roupa...

Começam os complexos:

Como é que estamos de forma física?
Afinal não estou assim tão mais magra, estes gelados e bolos que ando a comer desalmadamente, estão bem à vista, não, não posso comer tudo, porque não fico mais magra.
Talvez não fosse má ideia umas corridinhas perto do rio, do mar ou mesmo no meio da cidade. Tem de ser! Tenho 1 mês a contar de hoje para começar a aparecer mais vezes na praia, por isso toca a mexer o corpinho! Correr é a melhor forma de emagrecer rapidamente, sai barato e não há horários. 30/40 minutos 3xs por semana basta para chegarem ao verão já com menos uns kilinhos.
Para complementar talvez acrescentar uns 20 abdominais, umas 20 flexões e 20 agachamentos por dia... assim teria um treino bem completo ;)
Ah! E não esquecer: acabar com os bolos e gelados!

E o bronze?
Esta altura é a pior, mostrar o corpo quando ainda estamos com a tonalidade amarelada de inverno... é para esquecer! Parece que todas as nossas imperfeições saltam à vista enquanto ainda não as disfarçámos com a primeira camada de sol.
Ideal teria sido pensar em fazer estes primeiros dias num terraço, numa piscina de casa de uma amiga, ou mesmo numa varanda. Arrrggghhh! Que nervos de cor, porque é que não há verão o ano inteiro?! Pior mesmo é quando passamos algumas horas em esplanadas e quando temos de nos despir na praia, estamos com os braços e cara, com óptimas cores, a contrastar com o macacão completo de branco pálido, que mesmo depois de tirar a roupa, continua lá gravado!

Celulite?
Não adianta, já quase todas temos nem que seja um bocadinho e não vale a pena tentar esquecer, mas a verdade, é que no primeiro dia de praia, parece que ela volta a reaparecer, mesmo aquela que nunca suspeitámos que existisse, está lá.
O ideal é passarmos o tempo todo a apontar para os rabos dos bebés enquanto dizemos “já viste, ele tem mais celulite que eu”, ou qualquer coisa como “a celulite é mesmo natural, nasce connosco e morre connosco, devia ser considerado puro e bonito”.
Como nada disto resulta, a única solução é mesmo comprar uma garrafa de litro e meio todos os dias e esperar que faça efeito.


Depois de vivido o primeiro choque, os outros começam a ser mais fáceis. E quando nos convencemos que os nossos defeitos são apenas vistos pelos nossos olhos, os dias de praia em biquíni ficam mais fáceis.

Ainda assim, estou decidida que nos próximos dias de praia, vou tentar refundir-me numa mais isolada, até que estes complexos de inicio de temporada, fiquem mais esbatidos na minha cabeça e não esteja sempre a tentar encolher a barriga ou a tapar-me com a canga...

Special Agent Naughty