19 de junho de 2012

Verão – a loucura

E eis que chegamos pelo tão ansiado Verão. Como que por magia, a depressão dos dias de chuva e frio desaparece, dando lugar ao sentimento contrário: Ode to joy. As pessoas saem à rua. A alegria transborda pelos passeios. O corpo destapa-se. Qual mudança de astros, a mudança de estação tem um efeito libertador. Ficamos mais livres, mais abertos, mais atentos, mais …disponíveis. 
 
E daqui aos amores de Verão é um pequeno passo, mas grande para o coração. Mas impera saber: é a melhor altura para começar um namoro? Sim e não. 
 
Não porque, tal como acima descrito, parece que homens e mulheres saem à rua, todos, ao mesmo tempo. Uma espécie de acordar de um longo sono, autêntica hibernação. O Verão é também sinónimo de vaidade, diria mesmo uma “montra humana”. O sol, o bronze, a praia, os corpos cuidados, toda uma panóplia do “vamos desfilar”. Os festivais, as idas à praia, os jantares, as esplanadas, tudo locais onde domina o “ver e ser visto”, tão nacional, tão provinciano. 
 
On the other hand, um raciocínio mais liberal diria: divirtam-se. No Verão dificilmente as pessoas querem algo de sério. São os chamados amores de Verão. O nome indica a duração. Mas é no fim que se fazem as contas. Ou seja, antes do fim da estação, escolhem (ou são escolhidos) os parceiros (as) ideais para passar o Inverno. 
 
O Verão é igualmente sinónimo de perigo nas relações. Corpos bonitos, bronzeados, destapados…são uma fonte de distracção e, pior, de tentação. É a melhor altura para “despachar” aquela relação que sabemos não ir a lado nenhum ou que já estamos em “fase de sacrifício”. O salto impera. O libertar das correntes. Ou então…a (quase) inevitável traição. 
 
Os amores de Verão não pretendem ser nada de sérios. Nem duradoiros. Nada mesmo. São de curta duração porque não nos conseguimos concentrar: estamos distraídos, inundados em tanta oferta. O que hoje achamos giro, amanhã descobrimos melhor. 
 
Por isso…divirtam-se. Esqueçam compromissos. Mas no final, antes da estação acabar, pensem bem na melhor escolha. Até porque arriscam-se a passar o Inverno sozinhos. E no Inverno, já dizia o velho ditado das relações, “há pouca caçada” (sem ofensa). 




Agent Barney



2 comentários:

  1. Desculpe o comentário... Mas não acha que tem uma visão demasiado superficial e esteriotipada do comportamento social dos homens e mulheres? A não ser que seja uma adolescente em fase de maturação relacional, e aí retiro já a frase anterior.

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  2. cara anonima

    O que não faltam por ai são homens e mulheres solteiros nos 30´s e muitos com este tipo de comportamento ou, pior, aqueles que não sabem o que querem (o cúmulo da imaturidade)

    Agent Barney

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