8 de agosto de 2012

Tudo pode mudar num minuto

Como a nossa vida pode mudar num minuto.

Achas que estás a viver uma história, só tua, porque tu te estás a dedicar a vive-la. Se já começou, se vai começar, ninguém sabe, mas não deixa de ser uma história, com um princípio.

Estás envolvida emocionalmente, finalmente começas a sentir. Aquela pessoa de tanto lutar, pensas tu, acabou por começar a conquistar esse coraçãozinho que não quer ser magoado e de tudo foge para que não lhe mexam.

Mas chegou lá, já o fez mexer.

Desistes de lutar contra, e começas a olhar de lado, a reparar devagar, até começar a limpar a névoa e a ficar mais claro. Limpou. Dás finalmente uma nova oportunidade, parece seguro. Deixas-te levar pelo coração que começa a palpitar de forma irregular – mais depressa, mais devagar.

Aqueceu.

Sentes que a outra parte reconheceu, e aproxima-se cada vez mais depressa da porta que está entreaberta. Segura-te com força entre os braços, o teu coração estremece e sentes as faces quentes.

Desconfortável?! Bom?! Medo?!

Dúvidas surgem, mas já não consegues controlar o fogo que te consome. Estás exposta com tudo aquilo que sentes. Já não disfarças, já nem queres disfarçar.

Começas a olhar mais de frente, devagar, a tentar entender, a procurar com o olhar, a estar atenta. Queres perceber porque estás a gostar, queres mostrar que gostas sem te esconderes mais atrás de muralhas e dúvidas.

E vês... vês o que não esperas ver. O que parecia seguro, não era apenas contigo. Percebias que a história se repetia mesmo diante de ti, mas com outra pessoa.

Não quiseste ver, escondeste-te, fingiste que não era contigo quando devias ter olhado. Agora é tarde para que o coração não se volte a esconder, magoado, humilhado.

Triste abandonas uma história que sentias estar a começar e que tinhas deitado por terra todas as tuas armas para que te atacassem à vontade, porque acreditaste.

Tudo muda num minuto, ou pode mudar, mas não vale a pena sofrer por antecipação.

Special Agent Naughty


6 de agosto de 2012

Podes conquistar qualquer pessoa – parte 2

No seguimento do post .... posso dizer-vos que vi isso acontecer.
Lá estava ele, sempre ali presente, irritantemente presente, a olhar para a "Maria", a fazer-se notar, a avisar por outros que lhe achava graça.

Estava ali, sempre perto, a fazer-se notar, a olhar.

A mim enervava-me, ela passava-se, criticava, bufava e jurava que nunca seria homem para ela... Eu acreditava. Olhava para ele e para o padrão que conhecia dos ex-namorados dela, e não encontrava qualquer semelhança.

A "Maria" um dia lá acabou por jantar com ele. Não teve grande escapatória, estávamos de conversa numa esplanada, ele estava lá, e quando a "Maria" se levantou a dizer que ia ao GoNatural comer qualquer coisa, ele levanta-se e acompanha-a. Ainda vi a "Maria" hesitar, mas acabou por seguir caminho com ele.

No dia seguinte quando falei com ela, contou-me que tinham ficado algumas horas a falar e que até tinha gostado de o ouvir.

Não dei grande importância, também não sei se ela lhe deu na altura, mas a porta ficou aberta e mais tarde surgiu um novo encontro e outro, até que um dia quando lhe perguntei, me disse que ele tinha desaparecido e nunca mais lhe tinha dito nada.

Achei que a história tinha ficado por ali. Achei que na cabeça dela também teria acabado por preferir assim. Mais tarde vim a saber que foi isso que deu uma reviravolta na cabeça dela. Sentiu a falta, esperou o telefonema que nunca chegou a vir. Isso fez com que a presença dele no pensamento dela passasse de alguém que tinha interesse nela, que a fazia sentir-se desejada, mesmo que ela não o quisesse, para alguém que ela já gostava de estar e falar e que tinha perdido o interesse.

A perspectiva mudou.

A duvida do "porquê" passou a estar presente. Porque teria ele desaparecido, que teria feito ela de mal?

Um dia mais tarde quando falámos sobre isto, acabou por me confessar, que talvez nunca tivesse olhado de forma diferente para ele, se ele nunca tivesse desaparecido sem dar explicações.

Passado uns meses de silêncio, de afastamento total, cruzaram-se ocasionalmente numa rua qualquer. A Maria nesse dia percebeu que isso a fez vibrar por dentro, ele deve ter sentido essa reacção dela. A partir daí, o que teria sido um "Não" redondo no passado, passou a ser um "SIM" no presente.

Special Agent Naughty






26 de julho de 2012

Podes conquistar qualquer pessoa

Talvez comece a acreditar, numa frase que uma vez me disseram, há muitos anos:
qualquer pessoa consegue conquistar uma outra qualquer pessoa (que queira/goste/esteja interessado/sonhe/deseje...) se esperar pelo timming certo.

Acontece que às vezes o habito, a presença, a ligeira insistência, faz com que determinada pessoa acabe por entrar na nossa vida sem darmos por isso.

Está ali, sabemos que olha para nós, que nos eleva a um estado mais elevado que todas as outras, vê-nos de forma especial, e sem querer, mesmo que estejamos convencidas que não é verdade, sentimo-nos bem com isso.

Às vezes essa pessoa liga, torna-se presença assídua na nossa vida; envia mensagens, sentimos aquele toque sempre presente, de alguém que se lembra de nós, mesmo que nos faça encolher os ombros com um ar irritado; aparece, sentimos que o seu olhar nos segue, que os nossos movimentos são estudados, que nos espreitam com interesse e nos ouvem com curiosidade.

A presença, seja ela de que forma for, impõe-se, cria uma habituação, como se fosse nosso, e sem querer, como tudo aquilo que já criou raízes, quando desaparece, deixa marca, e aos poucos, sentimos falta.

Começo a acreditar, faz todo o sentido, que toda a gente possa conquistar alguém se escolher o momento certo. Há todo um contexto associado que é preciso ter em conta: se há casamento, se há namorado, se há filhos, etc... se há talvez o momento certo já tenha passado, ou então só depois de viuva. Se não há nada, então é fazer notar a presença e depois desaparecer, fazendo sentir a sua falta.

Special Agent Naughty


25 de julho de 2012

As ex's

Uma das piores coisas é quando o homem, que é nosso marido/namorado/caso, acha uma mulher bonita, que nós, mulher/namoradas/casos, achamos feia.

Não compreender os critérios de beleza do nosso homem é demasiado complicado.

Das três, uma, ou nos sentimos feias também, ou começamos a ponderar se o grau de exigência dele não será demasiado fraco, ou ainda, se estamos realmente enquadradas, nos padrões dele de beleza...

Não é fácil lidar com aquilo que não compreendemos e que para nós é base para a nossa auto-estima. Não saber com que tipo de mulher nos devemos preocupar, deixa-nos perdidas num oceano, com o qual, não temos qualquer controle.

Pior que tudo isto é quando o portfolio de ex's é só de mulheres feias...

Aí sim, a nossa auto-estima vai por ali a baixo. Vermo-nos comparadas com um catálogo de qualidade duvidosa, em que não há qualquer critério mínimo, onde não nos revemos, ou não nos gostaríamos de rever, nem na melhor das características... faz-nos sentir, ou a rainha do bairro, ou um peixe fora de água.

Não vamos aqui falar de portfolio de casos, nada disso, que nisso os padrões podem ser variadissimos. Falo mesmo de ex-namoradas. Pessoas com quem houve relacionamentos sérios. De quem gostaram e quiseram partilhar parte da sua vida.

Senhores, por favor, deixem-nos sentir orgulhosas de pertencer a uma boa caderneta e sermos o cromo principal. Sejam mais selectivos, apesar da beleza não ser tudo, nós não vamos analisar as vossas ex's ao pormenor, por isso, à distancia de tudo o resto, apenas vemos o invólucro, e esse deve ser digno de nos terem como upgrade. Ou seja, tão bom, que nos faça sentir ainda melhor do que achamos que somos :)

Special Agent Naughty


24 de julho de 2012

As mulheres e os relacionamentos

As mulheres têm uma forma muito típica de entrarem, ou nem chegar a entrar, em relacionamentos: analisam a peça, fazem todos os testes, perguntam pontos chave (ou tentam descobrir, com uma investigação minuciosa pelo facebook, internet em geral ou perguntam a amigos que possam ter em comum), visualizam de forma breve o futuro – como se vão dar, as coisas que ele gosta mais, as que gosta menos, o que não vão suportar (ficam obcecadas com este ponto), o relacionamento com os amigos – dele e com os dela – com a família, como se vestem, como se comportam, como se vão dar se viverem juntos, se casarem, onde vão viver, como será com filhos...

Depois de toda esta analise, debruçam-se essencialmente pelos pontos negativos, e ficam lá a rebate-los, a ver se os conseguem suportar, a tentar encontrar falhas impossíveis de solucionar... mas continuam a estar, porque a vontade é maior.

A cabeça fala, fala, mas o coração não ouve.

Fazem o filme todo, sonham com toda uma vida que nunca vão viver daquela forma, imaginam todo um cenário que acreditam ser verdadeiro. Constroem, destroem, toda uma relação que pode nunca existir. Apenas porque acham que toda essa previsão de futuro lhes vai dar as respostas todas que precisam, para saberem se a relação vai ou não valer a pena.

No fundo as mulheres vivem muito mais relacionamentos do que aqueles que contam. Vivem os fictícios/imaginários e os reais.

Pensam demais, imaginam demais, desgastam-se com pensamentos que não acrescentam nada. Mas pensam e pensam, é mais forte que elas próprias.

Claro que também eu sou mulher, também eu às vezes caio nesta mesma tentação. Talvez não de forma tão exagerada (acho eu), mas às vezes ando lá perto. Se eu pudesse dar um conselho, a mim e a todas as mulheres diria: deixem de viver tantas vidas paralelas, experimentem apenas a real, se falhar é melhor, pelo menos tentaram e puderam perceber por vocês próprias que não funcionou, se funcionar, poderão constatar por vocês mesmas. Nunca vão conseguir prever uma relação sem a viver. Deixem-se de tretas e vão viver a vossa vida.

Special Agent Naughty



20 de julho de 2012

Saber desaparecer

Tenho de explicar uma coisa, não é nada contra ninguém, mas às vezes temos atitudes na vida que não sabemos explicar que deixam outros desconfortáveis, e que outras pessoas têm connosco que nos deixam desconfortáveis, mas que na verdade não há qualquer explicação lógica sobre isso.

Pegando nisto, vou filtrar até ao tema relacionamentos.

Há relacionamentos/casos/one-night-stand... que sabem bem numa determinada fase da nossa vida. Corre bem, foi bom, mas passou. Esse relacionamento teve apenas sentido naquela fase da nossa vida, por um indeterminado numero de acontecimentos que levaram aquela pessoa a passar por nós, a entrar na nossa vida. Quando passa, torna-se passado.

O passado é complicado para muitas pessoas, faz parte do que somos, do que nos tornamos, mas isso não implica que faça parte de um futuro, que tenha um seguimento, nem que fique para sempre a perseguir-nos pela vida.

Há alguns passados que nem entendemos como existiram, que temos vergonha (não é muito nobre, mas é a verdade), que por carência momentânea, devaneio emocional, aconteceram. Não os podemos apagar, nem fingir que nunca se passaram, porque existiram, porque fazem parte daquilo que vivemos. Mas são passado, e como todos os momentos passados, ficam arrumados em nós, deixados para trás.

É importante percebermos quando somos passado, quando já não somos uma estrela especial, ou um pensamento recorrente. É importante largarmos quando já não somos bem vindos. Já fomos, já não somos.

Pode ser triste sermos passado, mas o tempo cura e faz-nos entender. Mas é importante percebermos se já não somos especiais, e se já não temos a porta aberta na vida de outra pessoa.

Largar, desaparecer, também faz parte dos relacionamentos, quando estes não funcionam.

Special Agent Naughty


17 de julho de 2012

Os (Des)engates – parte 2

Já vos falei uma vez dos (des)engates* – um tipo de homem que em vez de engatar, consegue exactamente o efeito contrário: desengatar.

Este género existe aos "pontapés" espalhados por todo o lado, parece que nascem das paredes, saltam pelas janelas, brotam do chão como ervas daninhas. Este tipo de homem está espalhado como praga e pior é que não há spray para dar exterminar esta espécie.

Sempre que há um jantar de mulheres solteiras, lá surge o tema dos (des)engates:

– Nem imaginam no outro dia um engraçadinho, lá me perguntou se lhe podia dar boleia para casa. Eu estava de saída, por isso não me pareceu ver qualquer inconveniente. Assim que chegamos ao carro (atenção, estávamos em belém), eu começo a guiar, devagar, e quando lhe pergunto para onde me devo dirigir, ele sai-se com um "é para o motijo, sff". Mas isto é algum taxi?

– Queres saber o meu último jantar? ainda foi melhor! A caminho de me deixar em casa, em plena auto-estrada – furo no pneu – "talvez seja melhor chamarmos o ACP", qual ACP? está tudo doido? agarra lá no macaco e começa a dar à manivela, ou queres que faça isso por ti?

– Eu estava tão entusiasmada com o Miguel, assim que sai o beijo tão esperado, a pergunta seguinte que me faz, foi "vamos para minha casa?". Isto é que é não querer perder tempo... Já está o beijo, siga já para o quarto! Mai nada!

– O meu último date também foi meio estranho, ele diz que me vem buscar e aparece-me de Porsche, estaria tudo bem (apesar de eu não adorar o género, mas isso já é a minha opinião) até ele me dizer que o carro não era dele, mas sim de um amigo. O dele era um Renault Clio. Então para quê aparecer no primeiro date com um carro daqueles? para se exibir? Não voltámos a jantar.

– Pois eu tive a sorte de nos meus anos, o rapaz com quem eu andava de caso, me aparecer com um peluche. Mas pior que ser um peluche, era ser um ursinho, daqueles bastante foleiros e com uma t-shirt com uma fotografia nossa estampada. Ou parou nos 12 anos, ou temos aqui um grave caso de entender que nenhuma mulher, com mais de 30, vai gostar daquilo. Quanto mais numa relação que dura há uma semana...


Fico sempre com duvidas sobre se este tipo de homens pensa realmente no que uma mulher gosta, ou se está tão empenhado em achar que o que pensa ninguém vai questionar, que não consegue entender que os seus actos possam ser alvo de gozação para o resto da vida!

Special Agent Naughty


* Sigam este link para verem a parte 1 – http://missaodescomplicar.blogspot.pt/2011/12/os-desengates.html



16 de julho de 2012

Formas de atender o telefone:

Tô? - atendimento normal (?), utilizado por pessoas com idades compreendidas entre os 8 e os 45

Tô sim, boa tarde - normalmente atende assim quem não é o proprietário do telefone e já espera passar a chamada ou receber um recado.

Estôoo siiimmmm? - senhora ou senhor de idade que prolonga o seu próprio som, para ver se incentiva do outro lado a fazerem o mesmo uma vez que já ouve mal.

Diga por favor - mais um caso de quem atende um telefone que não é seu, ou é alguém impaciente que se sente irritada de lhe estarem a tirar um tempo precioso com um telefonema.

Estou!? - afirmação que questiona. Diz que está mas pede resposta. Utilização indiferenciada.

Tô-tô? - senhora que gosta de falar com tom agudo querido e simpático, que normalmente usa cores alegres e floridas e é muito atenciosa e amorosa.

Hello! - intenção de acolhimento e simpatia. Utilizado por quem gosta de utilizar estrangeirismos.

Allô - amigo de franceses ou emigrante. Não me venham com coisas, que ninguém atende assim o telefone a n ser que seja um destes casos, ou.... Gay!

Oi? - por norma é brasileiro, ou é alguém que tem muitos amigos brasileiros, ou esteve uma semana no Brasil e já vem com sotaque...

Sim? - pessoa de características positivas, porque ao contrario da maioria começa uma frase com uma afirmação.

Estou sim!? - alguém que gosta de falar correctamente sem comer palavras

Olá! - claramente tem um telefone moderno que lhe diz o nome da pessoa que está do outro lado.

Tá? - a resposta não é para ser - sim, estou. Normalmente mulher, que acha que os homens atendem "tô" e as mulheres "tá", por ser sexo feminino.

Tá lá? - pergunta mais razoável, porque vai directa ao assunto, perguntando quem fala do lado de lá. 

Boa tarde - o formal. Normalmente é uma pessoa mais velha que ainda tem em casa um telefone preto agarrado à parede e de roda, ou está a atender o telefone numa empresa.

Faxavôr? - alguém com nível alto de instrução que pretende ser educada no atendimento telefónico, utilizando o seu vocabulário mais refinado para pedir que lhe digam o que pretendem.


Special Agent Naughty



10 de julho de 2012

Larga as pantufas e o pijama de flanela

Se vais casar ou viver junto, há coisas que têm de mudar radicalmente na tua vida.

Quando começares a fazer a mudança tens de saber que há coisas que ficam na casa dos pais, na casa que dividias com as tuas amigas, ou na casa onde vivias sozinha. Uma coisa é partilhar casa com a família, ou dividir casa com amigas, ou mesmo amigos, outra totalmente diferente é dividir espaço com alguém com quem se pretende ficar para o resto da vida e a quem devemos manter algum nível de atracção e interesse activo.

Não é porque tu és assim e sentes-te bem assim e se ele gosta deve saber como és, nada disso! Como tu és ele sabe e gosta, mas um homem gosta de ser seduzido mesmo que não estejas a tentar faze-lo. Gosta de olhar para ti e ver-te como uma mulher deslumbrante, teres a capacidade de o fazer sentir-se provocado mesmo em casa no conforto do dia-a-dia, poder sentir uma sensação de desejo quando passeias com aqueles calções curtinhos logo de manhã ainda com o cabelo desgrenhado e a cara inchada da almofada, é melhor do que por cima dessa cara pores uns rolos na cabeça e uma protecção de papel celofane... Tira logo qualquer ar sedutor que possas ter.

Sim, nós já sabemos que o teu cabelo precisa de volume, mas fala lá com o teu cabeleireiro que te faça um levantamento de raízes, esses rolos não vão andar a passear pela casa enquanto cozinhas o pequeno almoço.

Acredita que mesmo que te deixassem externamente confortável, as pantufas com cara de leitões, que adoras calçar sempre que chegas a casa, essas não vão entrar na porta da casa nova! Até podes andar descalça, de havaianas ou de chinelos simples e lisos, tudo será melhor que umas pantufas que sejam 3 vezes os teus pés e que façam barulho a arrastar, ou a desencher, cada vez que dás um passo.

Mantém as cuecas da avó como mito, sim, porque tu nunca usarias! Desta vez quando te despires não vais estar sozinha, por isso o risco, de te verem com essas cuecas gigantes, é certo!

Por ultimo, o sutiã cor-de-carne... Os homens não gostam de lingerie cor-de-carne! Quantas vezes é preciso saberem isso. Não decidiram casar com eles? Então porque fazem tanta questão de lhes impor o que é tão contra-sensual? Ainda por cima o sutiã? Se querem usar uma peça de roupa que eles não gostem, é uma coisa, usem se vos apetece. Mas uma peça de roupa como a lingerie, que para além de vocês, só eles é que vêem (e o medico, quando calha)... Não vale a pena. Vai haver outro tão confortável como esse, mas noutra cor.



O homem desde cedo é confrontado por imagens, por revistas, filmes, o que o leva a produzir imagens do que o seduz no cérebro. Todas aquelas imagens que sao usadas como clichés do que não é bonito estão lá: rolos, pantufas, cuecas gigantes e sutiãs cor de carne, também estão lá. E ao fim de um tempo de ver esse teu corpo fabuloso e esses teus olhos brilhantes, o habito toma conta de tornar a beleza banal, por isso pensa que a sedução vai muito para além disso.

Podes começar por fazer uma mala das coisas que nao deves levar, e entregas para caridade. Depois faz a tua para entrares na tua nova vida, de mulher.

Special Agent Naughty



5 de julho de 2012

A todas as mães

... de 1 filho, de 2, de 3 ou de mais... a todas elas eu deixo aqui expressa a minha vassalagem!

São heroínas, são super-mulheres, são qualquer coisa que nenhum de nós (sem filhos) imagina o que é até os ter. 

Hoje, tenho-vos respeito como nunca tive antes. Achei que era fácil, que o amor tudo tolera e ultrapassa, até o cansaço, até as dores de pegar aquele peso de amor ao colo, a agitação dos primeiros passos, do muda 500xs as fraldas, muda outras 500 de roupa, as horas do banho, das refeições (muitas), os quereres e os estou farto/a, os brinquedos e as desarrumações dos brinquedos, a chucha (para não falar da maminha, quando esta tem de ser "sacada" a toda a hora), o chapéu para não apanhar sol, o cabelo que tem de ser cortado e eles não param, e as unhas, muda mais 500 xs as fraldas e põe creme, creme para tudo, e as doenças... sem falar nestas... 

São umas heroínas! Não sei como conseguem?! Serei um dia capaz... Já sabiam antes que era assim, e sentiam-se com forças para um nunca-mais-acaba-de-tarefas-a-todas-as-horas, horas não, minutos?!

E quem em cima disto põe trabalho, ir ao supermercado, fazer as tarefas da casa, tratar de ter pronto o jantar/almoço e sei lá quantas mais refeições, para uma família... Não sei como conseguem. Habituam-se? Como acordam todos os dias com coragem para enfrentar mais um dia de tarefas múltiplas?

Uma salva de palmas às mães (ou pais, mais raro) solteiras! Sozinhas, sem ajuda, às vezes cuidam de 2, ou até mais... Estão lá, para o que der e vier. Os filhos são o grande amor das vidas delas, e esforçam-se para fazerem o melhor todos os dias... sozinhas. Tudo depende delas. Não há cá o pedir ajuda – podes trazer-me a fralda e o pijama enquanto eu o tiro do banho, para que não apanhe frio? – nada, não há mais ninguém com quem partilhar.

Mais uma salva de palmas a quem se aventura em mais que 2. Eu gostava de ter mais que dois, mas a grande maioria que pensa o que quer antes de ter 1, deve desistir depois de perceber o trabalho que dão dois. É que dois dá para dividir entre os pais, que estão em igualdade numérica. Fica cada um com um... mais ou menos isto. Agora mais???!!! Onde vai parar o terceiro?

E gémeos? 1 deles teve uma óptima noite, mas só para chatear o outro nem dormiu. Pior é que um deles adoeceu, quando este fica curado, lá vai o outro ficar doente por contágio... o vírus estava naquilo que chama de "período de incubação", por isso é só depois de passar no outro... top! Parabéns também a estas mães que conseguem multiplicar-se em 3, para as tarefas delas próprias e para cada um dos outros filhos.

Hoje é só para as mães, que me desculpem os pais, mas acho que a maioria concorda comigo: não há como mãe!

Mãe é tudo e estão lá sempre para o resto da vida!

Obrigada mãe!

Special Agent Naughty


2 de julho de 2012

Dez mandamentos básicos sobre o inicio de uma relação


- "Estou cheia de saudades" (Homens/Mulheres)

Cheia de saudades?! Mas começaste agora mesmo, e já estás cheio? Imagina daqui a uns tempos: “já não posso viver sem ti?”. Assustador, no mínimo.

- "Não sei onde te vou levar a jantar, vamos à aventura" (Homens)

Um homem tem que programar tudo até ao mais ínfimo detalhe, porque o pensamento da mulher passa logo fazer o filme todo a viver ao lado dessa pessoa. E imagina logo “este a comprar fraldas, se não pensou sequer onde me vai levar a jantar”.


- “És muito querido” (Mulheres)

Querido é o cão. Literalmente. Querido significa totó. Se ouvirem isto por parte de uma mulher significa que não a conquistaram. Um homem não é querido. É homem.


- Não memorizar tudo o que elas dizem relativos à sua vida íntima (Homens)

Um homem tem de estar atento a tudo e não esquecer. Nunca. Não me refiro naturalmente ao que ela comeu ao almoço, mas quase.

-Mãos dadas / beijos em público (Homens/Mulheres)

Não arrisquem. Podem dar as mãoes por breves momentose se partir dela, mas só isso. Nada de manifestações públicas, mesmo numa fase adiantada da relação.

- Pagamentos (Homens/Mulheres)

Pois. Aqui “a coisa aquece”. Um, dois jantares vá. Um cinema ou uma outra coisa simbólica. Não sejamos forretas, mas também não sejamos totós. A emancipação da mulher implica pelo menos a divisão das contas. Reclamações? Não tivessem queimado os sutiãs.

  
- Estar sempre disponível (Homens/Mulheres)


Quantas vezes ouvimos “já não tenho paciência para jogos”. Pois. Mas o facto é que elas precisam de sentirem de estar com alguém “requisitado”, que conquistaram alguém cuja “procura é grande”, seja a ex, saídas com os amigos, viagens, jantares, etc. Mostrem-se ocupados, por favor.

- Enviar sms, e-mails a toda a hora e responder logo (Homens/Mulheres)

Controlem essas hormonas. Dêem para trás. Nem logo nem depois. Tudo na vida tem o seu timming, mesmo se a vontade seja responder logo.

- Roupa, perfumes (Homens)

É arriscado porque é algo muito pessoal, e a relação ainda está no início. Esperem um tempo para conhecer melhor e ficar com mais certezas. Até porque é demais. Erro critico. O ideal será dar qualquer coisa simbólica, que tenha haver com ela, ou um brincadeira entre os dois. Como quem diz “estou atento”.

Mas se decidirem avançar, nunca é fácil, e há sempre a hipótese de “mas o teu número é o X, eu expliquei detalhadamente e deram-me este número”. Se ficar pequeno, menos mal. Até pode ser bom. Mas se for grande…é melhor começar a fugir…no mínimo vão ficar sem sexo uns tempos.


-  "Amo-te"

….. (internamento em hospital psiquiátrico).


Agent Barney




28 de junho de 2012

Beijo na pista de dança

Já beijaram alguém numa discoteca?

E no meio de uma pista de dança de uma discoteca?

Se eu fosse tentar saber estatísticas, de certeza que se houvesse uma sobre onde é que as pessoas dão o primeiro beijo, a percentagem maior recairia certamente sobre as pistas de dança das discotecas.

O ambiente é propício, é mais fácil de perceber os sinais, de aproximar sem ser explicito, de agarrar sem ser mal interpretado e se ela deixa ir, o beijo é garantido. No meio da confusão, adicionando, muitas vezes, álcool para dar coragem ou como escape no caso de correr mal, enquanto os corpos se abanam de forma sensual, lá acaba por sem querer surgir o primeiro beijo que leva a um pack completo logo de seguida.

Agora experimentem, numa próxima vez que vos acontecer estarem aos beijos no meio de uma pista de dança atafulhada de gente, abrir os olhos. Não é muito romântico, eu sei, mas também não me parece que todo o ambiente envolvente tenha algum lado romântico. Abram os olhos e reparem, que a muitos poucos centímetros dos vossos olhos vão estar outras caras que não vos vêem, cabelos que passam quase a tocar-vos o nariz e vão encontrar pelo menos uns olhos a uma distancia demasiado curta, que estão a olhar para vocês. Aí vão ficar confusos, mas eu estou a beijar este mas a aquela é que está a olhar para mim... Deixam de saber exactamente o que estão a fazer, mas o mais estranho é tentar perceber o que é que aquela pessoa está ali a fazer a olhar para vocês quando supostamente o momento é tão intimo e pessoal, parece que estão a invadir o vosso espaço.

Agora voltem para uma pista de dança, mas vocês não estão com ninguém, estão apenas a dançar com amigos descontraidamente enquanto ouvem uma música que gostam. Entretanto um casal estaciona mesmo no meio do teu grupo de amigos, a um palmo da tua cara começam a beijar-se como se estivessem sozinhos dentro de quatro paredes. Quase que consegues ouvir o som dos beijos sobreposto ao da música tal é o próximo que estão. Sentes que se metessem um dedo no meio daquelas duas bocas, não faria qualquer diferença e nem reparariam, continuando alegremente, ali mesmo dentro do teu espaço de conforto pessoal, a beijarem-se. Ficas parado a olhar ainda a pensar se és tu que tens de mudar de sítio ou se eles acabam por sair, até que uns dos olhos dos dois "embocados" te fixam. Tenta não entrar em pânico, não é um convite a meteres também a boca lá no meio, não, nada disso! É a curiosidade de saber se alguém conhecido está a olhar e de perceber se o momento é dos dois ou de mais alguém.

A solução devia ser simples: se se querem beijar numa discoteca, experimentem num dos cantos mais refundidos. Mas como é o momento que manda e nem tudo pode ser tão racional... O beijo no meio da pista de dança acaba por ser quase sempre inevitável.

Special Agent Naughty


26 de junho de 2012

Toy Boy

Está com a auto-estima em baixo, o ego desfocado, carente de beijos, abraços e uns apertos mais? 
A solução é: Toy Boy!

Toy Boy é para si e para ele, uma solução fácil, eficaz, que não confunde, não atrapalha e está sempre pronto a actuar em qualquer momento de aperto, carência ou solidão.

O Toy Boy não chateia no dia seguinte, não pede satisfações e só traz coisas boas. Está lá para o que der e vier... e vai, se ambos quiserem... volta, se ambos quiserem, não volta. É pratico para qualquer mulher solteira, que não se quer atirar para o primeiro homem que apareça de cabeça, ou que precisa de estar sozinha, mas não quer ficar carente.

A escolha está no Boy, não no Toy. O Toy é fácil, os homens não têm problemas com essa solução. Já com o Boy... Não podem correr o risco de se apaixonar, e não convém que ele se apaixone por vocês. Cuidado com as contra-indicações. Idealmente deve ser alguém que conheçam bem, que possam ter um bom grau de intimidade e que esteja bem esclarecido o que é. Nada de sentimentos!

Adira já a esta solução, adquira um Toy Boy só para si. 

Não espere por telefonemas de dia seguinte, não se preocupe com os outros saberem, esqueça as mensagens, o terem de falar, as histórias mal resolvidas, ou os arrependimentos. 

Com Toy Boy, tudo passará a ser mais simples. Vai deixar de olhar para aquele que nunca olharia e que acabou por cometer o erro, naquela noite de vulnerabilidade. Esqueça tudo isto, a sua vida vai ser mais fácil e poderá esperar na mesma pelo homem da sua vida sem se deixar levar por momentos de fragilidade.


Trouxemos aqui a nossa grande amiga e já conhecida do público "Amiga Olga":

– Como está Amiga Olga? O que me diz da sua experiência com este produto?

– Adorei, foi optimo! Perguntei-lhe logo de inicio "A chave ou o dinheiro?". Quando escolheu a chave, levei-o logo para casa, depois disso foi espectacular, senti-me outra e desde aí não quero outra coisa.


Como pode comprovar, até a nossa Amiga Olga, já comprou esta solução. Adquire rápido um para si, não deixe esgotar.

Toy Boy é a sua solução! Reserve já!

SA Mad


25 de junho de 2012

Mulheres divorciadas com filhos


A minha experiencia com mulheres divorciadas com filhos. Antes de mais, gostaria de explicar que nada tenho contra estas últimas: se não fosse, não me teria interessado (e vice-versa, naturalmente). Comentários que tantas vezes ouço como “lá estão os estigmas dos homens contra mulheres com filhos” ou “vem com “brinde”, foge”, não tem lugar aqui. Mas terão estas observações, chamemos-lhes assim, alguma razão de existir?

Comecemos pela última, tão comum. No caso de um homem solteiro, é evidente que nada ajuda em certos pontos da relação (com intenções sinceras). Duas pessoas, quando se conhecem, precisam de tempo para se conhecer, de passarem tempo juntos, de passear, viajar, ir as compra, ao cinema, estarem deitados no sofá a verem um qualquer filme. Simples banalidades, que obviamente podem ser feitas em conjunto, mas limitadas pela presença de alguém que para o elemento feminino é primordial – o(s) filho(s).

Uma relação precisa de tempo para adquirir maturidade. Momentos, loucuras, romance…Depois, noutra fase da vida viriam os filhos, numa evolução natural da relação do casal. O passo seguinte, vá.  

Mas não. Há um filho. Ou mais. E com isso, horários, dias em que “vai para o pai”, escola, idas ao colégio, ida ao médico, etc.

Um obstáculo a superar? Sem dúvida. Mas a dois. Eis a questão: Será que estão os dois dispostos a isso?

Escrevo agora sobre a minha curta experiência. Foram, no total, quatro, entre os 27 e os 41 anos, com filhos entre os 6 anos e os 12. Incomodou-me? Óbvio que seria sempre limitador, pelas razões acima descritas. Mas “avancei”. Gostei, quis tentar uma relação.

E aqui começa o pesadelo.

Não pelos miúdos – sempre gostei de miúdos, tenho uma família enorme, sempre me habituei à presença dos pequenos rebeldes.

A questão central, que me despertou reflexão foi – e continua a ser - os motivos do “falhanço”, todos semelhantes. E num intervalo de idades representativo: 27 aos 41, já referido. Em comum? Um enorme medo de saírem do seu mundo, da zona de conforto que criaram após o divórcio. Não se conseguem “dar”, por mais que tentemos. Afundam-se nos seus medos, na possibilidade da relação falhar e vir a sofrer outra vez. Revelam, passado pouco tempo, as consequências não ultrapassadas de um casamento falhado. E fecham-se. Concentram-se nos filhos, na sua educação. O que está correcto: os filhos são o que de mais importantes temos na vida. Não sou pai, mas não tenho dúvidas do sentimento único da paternidade.

O que não está correcto é desligarem-se a sua vida amorosa e mesmo social. Ou porem um escudo à sua volta. Esquecerem-se que também são pessoas, que também precisam de uma atenção e carinho que só um companheiro lhes pode dar. Erguem uma enorme muralha à sua vota, com um fosso no meio. Um fosso pequeno que rapidamente se ultrapassa. Ou seja, os primeiros tempos. Mas quando chega a altura da relação se tornar, naturalmente, mais séria, eis que chegamos a uma qualquer muralha medieval, intransponível. Todo o passado vem ao de cima, e do céu, caímos para a terra.

Ou seja, se alguém se aproxima de vocês, interessados, se mostrarem interesse em conhecer a vossa filha, de agirem (ou parecer agir) de uma maneira consciente e responsável, eis que as portas se fecham com toda a violência. Mas então, que seja o mais rapidamente possível, porque de pessoas indecisas e que não estejam capazes de dar uma hipótese a uma relação, é algo que verdadeiramente nos inquieta só de pensar apenas sequer nesta possibilidade.

Senhoras, as pessoas não foram feitas para ficarem sozinhas. A teoria do individualismo não tem qualquer fundamento. Não podemos negar a existência da convivência amorosa entre homens e mulheres. Eis a radicalização do individualismo, apresentada pela Filosofia como a característica principal da pós-modernidade: a afirmação do indivíduo como único princípio sustentável. Ou seja, a fragmentação dos valores é assumida, teoricamente, como um traço importante dos processos de diferenciação e individualização. A ideia do indivíduo como horizonte último de referência ética e sociopolítica levanta inevitavelmente questões como a da relação do indivíduo com a sociedade, da existência de valores éticos universais ou dos limites do tolerável (colocados pela referência à tolerância como respeito inquestionável pela diferença). A negação de toda a historia da Humanidade. Uma perfeita idiotice.

Confuso? Simples: as pessoas não nasceram para ficar sozinhas. E não vou cair na tontice do “mais vale só que mal acompanhada”, “não vou estar com alguém só porque sim”, “só se me apaixonar outra vez”. As pessoas têm de estar verdadeiramente bem sozinhas, sem estigmas e feridas mal curadas. E não afastarem-se de tudo e de todos, limitarem-se a um meio fechado e limitado, em todos os sentidos da palavra. Se de facto não conseguem ultrapassar os vossos-mais-do-que-legítimos-problemas, procurem ajuda. Ou, se conhecerem alguém que, pelo menos no contacto inicial, vos preencha, dêem uma oportunidade.

Até porque os vossos adorados filhos irão um dia crescer e amadurecer, e a vossa ligação física será naturalmente menor. São filhos e companheiros, mas não são pais. Mais ano, menos ano, dirão “mãe, vou sair a noite” ou “vou passear com uns amigos”. E ai, nesse corte umbilical, irão pensar no que irão fazer no resto das vossas vidas. E quanto mais tarde, mais difícil. Falo agora como alguém cujos pais se separaram passadas décadas de casamento. Uma das partes, apesar das insistências, não deseja conhecer mais ninguém. Naturalmente fruto de uma geração ultra conservadora, é uma decisão que se respeitar, mas que revela egoísmo. Porque não se deve envelhecer sozinho. Não estou certo se ao fim de algumas décadas de anos de casamento ainda olharei para a respectiva com a mesma paixão. Mas não me preocupo. Porque, como tudo na vida, a relação muda, e provavelmente nessa altura procuraremos diferentes qualidades, como uma companheira para envelhecer juntos.

Porque esta negação corta-nos algo que nos será essencial ao longo da vida – alguém que nos acompanhe. Que, em falta, “sobrará” para os filhos. Claro que estes, se forem bem formados, estarão sempre lá. Mas não devem servir de “muleta”. Porque é injusto. Para todos.

Ps. Não generalizo. Nada é generalizável. Conheço mães solteiras fantásticas, com uma atitude perante a vida que até me faz corar. Escrevi este post porque notei que os motivos do “falhanço” foram todos idênticos. Coincidência ou será da minha pessoa? Não sei. Fica o testemunho e a crítica. Que vale o que vale.

Agent Barney


21 de junho de 2012

Não teria nada contigo!

Estava a falar com um amigo, e vem à baila o assunto de sempre "estar solteira"...

Diz-me ele: - Sabes que eu nunca teria nada contigo?!

A primeira coisa que me veio imediatamente à cabeça, foi - "Que bom! Pelo menos nisto estamos de acordo. Eu também nunca teria nada contigo." -, mas fiquei curiosa com a afirmação totalmente descontextualizada.

Apesar da beleza não ter grande importância (ou não deveria ter), o, chamemos-lhe, Zé, não se pode dizer que seja muito bonito, nem sequer engraçado,... Ok, é bastante feio. Se eu tivesse de o descrever, descreveria como um género de Screech na série "Já Tocou!" (para quem se lembra), ou seja, a figura típica do totó das séries televisivas dos anos 90. Meio nerd, desastrado, simpático, ingénuo, desengonçado, daquelas pessoas a quem tudo acontece.

Antes de eu lhe perguntar, já me estava a responder - "Sabes porque digo isto? Porque tu és too much! És a mulher dos mil amigos, dos mil programas, dos mil ofícios. Bem disposta, decidida, interessada, gostas do que fazes e sabes o que queres... Resumindo: Que falta faz um homem na tua vida? Logo que falta poderia eu fazer?".

Nunca tinha visto as coisas nesta perspectiva, não me vejo assim, e vejo as mesmas características e muitas mais, espalhadas por tantas mulheres solteiras e casadas, à minha volta.

Mas depois de pensar e rever estes itens decidi que deveria passar a ter uma lista dos defeitos e um slogan a dizer "nem tudo o que vê na embalagem, é necessariamente o que tem no conteúdo – Por favor, leia a bula!".

Assim já não voltam a dar esse motivo como razão para eu estar solteira e até um Screech se vai sentir um afortunado depois de ler a minha bula de defeitos.


Special Agent Naughty


20 de junho de 2012

Precisa-se de namorado emprestado!

Urgente!!!

Acabo de ser convidada para um jantar já para este fim-de-semana, em que são só casais, a maioria já tem filhos, o resto está para ter ou são recém-casados.

O pior é que quem me convida é a minha vizinha do lado e não só saberia se eu tivesse ou não um jantar (podia sempre inventar um) porque vive ao lado, como me lixou logo na forma como me convidou –"Somos vizinhas e nunca combinamos nada, este sábado o que fazes?"– ingenuamente respondi – "Não tenho nada combinado!" – ao que me entala logo com esta – "Então desta vez não escapas, jantas lá em casa!! Faço anos no sábado e estou a combinar um jantar" (que sorte...).

Pior de tudo, é que não conheço bem ninguém, se é que conheço mais de 4 pessoas, que vão em casal e na volta até levam filhos. Para melhorar o cenário, vai o meu ex com a mulher (ok, afinal conheço mal pelo menos 6 pessoas).

A unica coisa que me ocorreu, quando dei por mim sem saída, foi que tinha de arranjar um namorado emprestado com muita urgência.

Comecei por pensar nos amigos giros, vistosos que pudessem fazer-me esse favor. Mas depois surgiu o primeiro problema, não podem ter namorada, ou elas chateiam-se. Ficaram logo quase todos de parte, os que não ficavam, o meu ex sabe que não seriam namorados. Depois tive de varrer a minha lista de contactos do telefone, do facebook e os que estavam solteiros, não me apetecia nenhum, uns por já se terem metido, outros porque não iam causar o impacto pretendido, outros porque conhecia mal para pedir uma coisa dessas e ainda podiam achar que me estava a meter, e outros porque... nem pensar!

Agora sobram-me 3 soluções:

1- desafio alguém que conheça mal, que não me interprete mal, e que alinhe como se entrássemos juntos numa série de humor e fossemos os protagonistas principais, e vamos gozar o prato;

2- arranjo um programa importantíssimo de última hora e falto a um evento que poderia ter um potencial enorme de divertimento se fosse com os ingredientes certos.

3- ou tenho a sorte de um homem educado, com corpo definido, bonito, com mais de 1,80m, inteligente e com sentido de humor, esteja a ler isto, e se entusiasme com o programa de se fingir de meu namorado por um jantar, e que me envia um email com fotografia e gravação de voz, para este email, a sugerir ser meu acompanhante.

Vamos ver se tenho sorte ou se tenho de me ficar por uma das duas primeiras hipóteses.


Special Agent Naughty


19 de junho de 2012

Verão – a loucura

E eis que chegamos pelo tão ansiado Verão. Como que por magia, a depressão dos dias de chuva e frio desaparece, dando lugar ao sentimento contrário: Ode to joy. As pessoas saem à rua. A alegria transborda pelos passeios. O corpo destapa-se. Qual mudança de astros, a mudança de estação tem um efeito libertador. Ficamos mais livres, mais abertos, mais atentos, mais …disponíveis. 
 
E daqui aos amores de Verão é um pequeno passo, mas grande para o coração. Mas impera saber: é a melhor altura para começar um namoro? Sim e não. 
 
Não porque, tal como acima descrito, parece que homens e mulheres saem à rua, todos, ao mesmo tempo. Uma espécie de acordar de um longo sono, autêntica hibernação. O Verão é também sinónimo de vaidade, diria mesmo uma “montra humana”. O sol, o bronze, a praia, os corpos cuidados, toda uma panóplia do “vamos desfilar”. Os festivais, as idas à praia, os jantares, as esplanadas, tudo locais onde domina o “ver e ser visto”, tão nacional, tão provinciano. 
 
On the other hand, um raciocínio mais liberal diria: divirtam-se. No Verão dificilmente as pessoas querem algo de sério. São os chamados amores de Verão. O nome indica a duração. Mas é no fim que se fazem as contas. Ou seja, antes do fim da estação, escolhem (ou são escolhidos) os parceiros (as) ideais para passar o Inverno. 
 
O Verão é igualmente sinónimo de perigo nas relações. Corpos bonitos, bronzeados, destapados…são uma fonte de distracção e, pior, de tentação. É a melhor altura para “despachar” aquela relação que sabemos não ir a lado nenhum ou que já estamos em “fase de sacrifício”. O salto impera. O libertar das correntes. Ou então…a (quase) inevitável traição. 
 
Os amores de Verão não pretendem ser nada de sérios. Nem duradoiros. Nada mesmo. São de curta duração porque não nos conseguimos concentrar: estamos distraídos, inundados em tanta oferta. O que hoje achamos giro, amanhã descobrimos melhor. 
 
Por isso…divirtam-se. Esqueçam compromissos. Mas no final, antes da estação acabar, pensem bem na melhor escolha. Até porque arriscam-se a passar o Inverno sozinhos. E no Inverno, já dizia o velho ditado das relações, “há pouca caçada” (sem ofensa). 




Agent Barney



18 de junho de 2012

Força Portugal!

Grande jogo, grande emoção, muitos nervos!!

Não, não me vou pôr a fingir que sei falar de futebol, porque não sei mesmo! Nem sequer entendo bem quando é fora de jogo, e fico sempre irritada quando me entusiasmo com um golo, que afinal não era, porque estava fora de jogo... Um dia destes vou sentar-me e pedir uma explicação técnica sobre todos os pormenores e técnicas futebolísticas, para ver se deixo de gritar golo, sozinha, numa plateia de 40 pessoas que estão a olhar para o mesmo ecrã e perceber, que houve alguma coisa que eu não percebi...

Como a maioria das mulheres, só gosto de ver futebol em jogos importantes. É como um evento nacional, em que um país está todo do mesmo lado e com os olhos postos em 11 jogadores, torcendo, gritando tácticas de jogo, incentivos, e palavrões, a 11 jogadores que não nos estão a ouvir, mas que todos insistimos em falar para um ecrã.

Ainda bem que não gosto de futebol, porque o que sofro a ver estes jogos já é suficiente para 2 anos, até vir o próximo mundial, ou europeu.

Fartei-me de pensar na pressão que estes jogadores sofrem durante um jogo destes, em que têm o mundo com os olhos postos neles, em que qualquer erro é detectado e criticado até ao próximo jogo, se conseguirem fazer uma grande jogada, que faça os adeptos esquecerem o que já passou. Basicamente, eles representam uma nação, a felicidade daquele momento de muita gente, está nos pés daqueles jogadores e por consequência, daquele jogo. 

Pensei muito sobre isto, porque no outro dia tive um jogo, em que eu era uma das jogadoras. Ninguém estava a ver, ninguém dependia de mim para ficar feliz a não ser eu mesma. Mesmo assim, a pressão e os nervos que sentia, eram de tal ordem, que por muito que pensasse que deveria fazer um sorriso, desanuviar, dizer uma piada, nada conseguiu sair de mim. Estava em absoluto tranze. Cheguei à conclusão que nunca poderia ser jogadora da selecção, nunca poderia estar perante vários adeptos a apoiar-me a depender de mim para ganharem o dia... nada! não tenho jeito para isso.

Por isso fica aqui o meu apoio à selecção. Os parabéns pelo bom jogo mesmo depois de tanta critica e pressão que os media têm causado.

Força Portugal!


Special Agent Naughty


12 de junho de 2012

Noivas de Santo António

Sempre tive um fascínio por este programa... não sei, não me perguntem. Adorava casar nas noivas de Santo António.

Primeiro isto tem todo um programa muito completo envolvido, porque as noivas de Santo António não é só um dia na TV, sim, há todo esse momento especial e de enormíssima importância, mas há todo um ritual a cumprir que antecede.

1- Tudo começa com os votos, em que os noivos se declaram um ao outro para uma câmara, num jardim, numa praia, em conjunto ou em individual, onde lhes fazem perguntas onde tentam acertar no que o parceiro poderá ter respondido e se falharem, é vergonha nacional;

2-Depois há uma apresentação oficial, 1 mês antes, em que o presidente da câmara deseja as felicidades a todos, isto compromete logo todos os casais a sentirem o peso do – "nada de fugirem do altar, agora doa a quem doer, cumpres até ao fim!";

3- Segue-se um passeio de barco, no "principe perfeito"(???), com cocktail, onde há presentes para os noivos, e mais presentes, até porque quem patrocina quer ter a certeza que há a devida publicidade;

4- Como não há casamento sem despedida de solteiros, toca de fazer uma em conjunto, com eles e com elas, sem amigos, porque na verdade esses não se estão a despedir de solteiros. A verdadeira despedida de solteiros é só para quem realmente vai casar muito em breve, os outros: fora! E lá são recebidos num jantar no casino de Lisboa, com festa e... presentes!

5- Nos dias que se seguem, começam os ensaios para a valsa. É preciso estar tudo bem ensaiado, não vá fugir um pé e acabar tudo a valsar em dominó para o meio do chão;

6- Se não sabiam, ficam com esta informação valiosíssima – existe um Clube Artístico dos Cabeleireiros de Portugal – e é aqui, neste mundo oculto, até agora por todos, que se faz um sorteio dos cabeleireiros que irão ter o privilégio de pentear os noivos para o grande dia. And... guess? mais presentes outra vez;

7- Depois disto tudo, faltam uns 10 dias para o grande evento, mas até lá, há passeios, visitas de estudo, danças, ensaios de dança, de cabelos, provas de vestidos, preparativos para o casamento, e tudo acompanhado de muitos presentes, jantares, almoços, lanches e cocktails;

8- Chegando ao dia é que os noivos se tramam. A festa começa ao meio-dia com o casamento civil, seguido de casamento de igreja às 14h30, depois desfile na cidade às 17h... temos por fim o jantar e a celebração, se ainda não estavam cansados, vamos lá a levantar o rabiosque da cadeira e vão lá desfilar nas marchas populares, que ainda têm de mostrar esses vestidos e dizer adeus a muita gente.


E assim se faz uma festa, ou um mês de festa, sem gastar um tostão, a receber presentes até mais não, a rir dos preparativos, a comer à grande e ainda se aprende uma dançazinha pelo caminho.
Sacrifício no dia? sim, mas já o é para quem o paga e ainda se acrescenta a isso uns meses de stress que antecedem o grande dia, para que tudo corra impecavelmente.


Estão convencidos?

Eu continuo uma fã incondicional, só não consegui averiguar se se pode levar convidados, se sim, era uma maravilha porque iam todos de Homem Aranha e Abelha Maia, só para se distinguirem dos restantes.


Os conselhos que dou, no caso de alguém ficar convencido, são:

Não estar constipada/o no dia – Se pensarem bem, casam-se com uma pessoa, mas fazem tudo o resto com mais 15 casais sempre ao lado, por isso, se por acaso no momento em que o casal do lado estiver a perguntar "Vanda aceitas casar comigo?" e tiveres um ataque de espirros, ao mesmo tempo, corres o risco de desviar a cara do teu parceiro (porque este está mais próximo) e acabas a mandar um grande espirro que soa a SIM na direcção do casal que acabou de falar... pode dar confusão.

Beber um red bull – já viram o programa, o que vão ter de bombar nesse dia? então preparem-se para ter asas!

Saltos rasos, ou mesmo ténis – vai ser obra as horas que vão estar de pé e a passear.


de resto, aproveitem!!!

Bom Santo António!!!


Special Agent Naughty



11 de junho de 2012

Viva o Santo António!


Andei desaparecida estes dias... sou fã dos Santos Populares, não há nada a fazer!

Para mim é sem dúvida nenhuma a fase mais bonita de Lisboa.

Começa o calor, a roupa curta, os pés descalços enfiados em sandálias de dedo, a roupa confortável e descartável (porque corremos sempre o risco de nos cair uma sangria em cima, é bom não termos muito amor às peças que usamos nestes dias), o passear por Lisboa antiga, pelas ruas estreitas e decoradas, animadas cheias de pessoas de todas as idades, no meio do cheiro a sardinha, de bifana no pão, de cerveja na mão, a caminho de um bailarico, para dançar a música popular que já se confunde entre muita música brasileira.

Andamos de postal em postal, sorrimos para toda a gente, partilhamos o espírito da cidade com todos os que se cruzam connosco. Se o português não é alegre, experimentem andar nestes dias no meio dos bairros populares. É ver toda a gente a dançar, novos com velhos, ricos com pobres, mulheres com mulheres, homens com homens, crianças aos saltos na garupa dos pais, tudo animado ao som de qualquer música que passe, que seja mais ou menos conhecida, mas sempre com o histerismo de ouvir um “pai da criança” ou um “apita o comboio”.

Ainda vamos a meio e já começo a sentir a saudade destes dias. Não há nada como Lisboa durante o mês de Junho. A cidade ganha uma nova vida, uma nova alegria, e com ela desaparecem todos os problemas. É uma grande festa da cidade, que pode ser vivida mesmo em tempos de crise.

Viva o Santo António, Viva o São João, Viva o São Pedro e a sardinha no pão.

 Special Agent Naughty


5 de junho de 2012

Amor

O que é esta palavra nos dias de hoje, em que homens e mulheres se atropelam uns aos outros numa busca incessante de o encontrarem. Procuram-no em esquinas, olhares, atitudes e toques, procuram-no sem saber o que é, onde o podem ver e como o podem sentir.

Tentam controlar, procurando mesmo onde não o conseguem ver, esperando que este os possa tocar se insistirem em encontra-lo, esperando pacientemente, que o que hoje ainda não vêem, possam ver amanhã.

O que é o amor que se quer sentir, que se força em viver, que se sente sem sentir? Onde está o amor que se deixa surpreender, que não escolhe por antecipação, que acontece por acaso, sem ser forçado?

Será que ainda existe?

O que é isto de o tempo nos moldar, nos afastar do que já sabemos que não queremos (sabemos?), do que não nos faz bem e do que à partida não vai correr bem? O que é um amor controlado, um amor que não se deixa magoar porque já foi magoado? Como pode o amor ser escolhido, programado ou premeditado? Como é este amor que hoje aprendemos a viver, tão mais racional que emocional?

Isto é amor?

Acho que deixámos de saber amar, temos medo que o sentimento nos controle, de nos magoarmos, afastámo-nos do amor por o achar piroso, fraco, por nos deixar vulneráveis, sensíveis, à mercê de alguém que nos pode magoar. Decidimos que o amor é uma doença mental em estado avançado e por medo que ela tome conta de nós decidimos afasta-lo de vez.

As relações já nao são garantidas, podem terminar de um dia para o outro de forma simples, que nenhum dos dois controla. Por isso o amor é individual, tem de ser gerido com cautela, não é seguro e nunca aconselhável entregarmo-nos totalmente, por isso juntamo-nos, sim; gostamos, sim; mas o amor que nos deixa expostos ao outro, que nos deixa ser levado por um sentimento primário, que nos faz sentir novamente adolescentes, sem barreiras, medos e de entrega total, esse amor, já não existe.

Special Agent Naughty