20 de julho de 2012

Saber desaparecer

Tenho de explicar uma coisa, não é nada contra ninguém, mas às vezes temos atitudes na vida que não sabemos explicar que deixam outros desconfortáveis, e que outras pessoas têm connosco que nos deixam desconfortáveis, mas que na verdade não há qualquer explicação lógica sobre isso.

Pegando nisto, vou filtrar até ao tema relacionamentos.

Há relacionamentos/casos/one-night-stand... que sabem bem numa determinada fase da nossa vida. Corre bem, foi bom, mas passou. Esse relacionamento teve apenas sentido naquela fase da nossa vida, por um indeterminado numero de acontecimentos que levaram aquela pessoa a passar por nós, a entrar na nossa vida. Quando passa, torna-se passado.

O passado é complicado para muitas pessoas, faz parte do que somos, do que nos tornamos, mas isso não implica que faça parte de um futuro, que tenha um seguimento, nem que fique para sempre a perseguir-nos pela vida.

Há alguns passados que nem entendemos como existiram, que temos vergonha (não é muito nobre, mas é a verdade), que por carência momentânea, devaneio emocional, aconteceram. Não os podemos apagar, nem fingir que nunca se passaram, porque existiram, porque fazem parte daquilo que vivemos. Mas são passado, e como todos os momentos passados, ficam arrumados em nós, deixados para trás.

É importante percebermos quando somos passado, quando já não somos uma estrela especial, ou um pensamento recorrente. É importante largarmos quando já não somos bem vindos. Já fomos, já não somos.

Pode ser triste sermos passado, mas o tempo cura e faz-nos entender. Mas é importante percebermos se já não somos especiais, e se já não temos a porta aberta na vida de outra pessoa.

Largar, desaparecer, também faz parte dos relacionamentos, quando estes não funcionam.

Special Agent Naughty


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