31 de maio de 2012

Pare, escute e olhe

Em resposta ao post anterior -A Primeira vez-, postado pelo meu "colega de profissão" Agent Barney, deixo aqui algumas sugestões para a primeira, segunda e terceira vez... Independentemente de ser a primeira de muitas, a primeira e única, ou uma no meio de outras esporádicas. 


Seja ela qual for, homens, rapazes ou senhores, vamos por partes: 


Se querem agradar uma mulher sejam sedutores, galanteadores, falem, perguntem, tomem a iniciativa de nos deixar à vontade. Mostrem confiança, mas não se gabem de todas as vezes que já fizeram. Façam-nos sentir especiais e obriguem-nos a dar-vos respostas. Só assim vão ter o nosso melhor, quando estivermos confiantes, seguras e rendidas. 


Querem ser guiados? Duvido! Desde quando é que os homens deixam ser guiados? Vocês gostam é de guiar. Mas fiquem lá com a bicicleta e guiem, mas guiem bem, não nos façam fazer uma serie completa de acrobacias, e mais uma gincana em tempo cronometrado, a terminar numa hora de equitação. Lá que é muito bonito guiar, é, mas que tal guiarem para vocês também fazerem algum exercício? Está quieto! 


Preservativos, é a conversa do bandido. À e tal, não trouxe porque como deves imaginar não ando preparado. Mas devias andar. Não vale a pena fingirem-se bem comportados, porque nao há homem que não tente escapar ao embalamento plástico do celofane! 


Agora vamos ao que interessa, e não há cá grandes conversas de procurar pontos A, B, C ou G, vocês até procuram dar-nos prazer não quero ser injusta, mas o que é verdade é que procuram ter prazer. Se chegam lá com mais curvas e contra-curvas, demorando-se mais connosco, ou se chegam lá cedo demais, o que é certo e sabido, é que quando chegam não há cá mais conversas. Chegaram, chegaram, agora os outros, neste caso a outra, que se oriente. Isto sim meninos, isto é que é feio! 


Resumindo: Querem agradar? Então comecem pelo que escrevi 4 parágrafos acima, depois disso, sejam apenas sinceros. Se já nos fizeram falar, nós vamos dizer-vos o que gostamos e não gostamos, depois na volta até deixa de ser preciso grandes preliminares, a sedução já conquistou o corpo. 


SA Mad



29 de maio de 2012

Portfólio de relações

Disseram-me uma vez que uma mulher ou um homem tornam-se mais atractivos se tiverem tido uma, ou um, ex que seja bastante cobiçado na praça. O mesmo se passa com o inverso, se tiverem um namorado totó, deixam de ser tão, digamos, interessante aos olhos alheios.

A minha perspectiva da vida mudou nesse exacto dia.

Até aqui achava que as pessoas olhavam umas para as outras por aquilo que eram e não pelo portfólio que tinham. Uns podiam dar mais importância à beleza, outros à inteligência, outros até ao dinheiro, mas nunca me teria passado pela cabeça que as pessoas com quem eu tinha estado teriam alguma relevância para futuras possíveis relações.

Nessa altura eu tinha namorado, a minha lista estava completa e pelos vistos o meu namorado do momento, ou não ligava a essa questão, ou então, já tinha tirado as notas dele e achou que estava aceitável.

Quem me contou isso deu o exemplo de uma pessoa, não muito gira, que teria tido uma relação com um actor bastante engraçado, e que por esse motivo, o novo namorado dela, era também muito giro (mesmo já não sendo actor). Ou seja, retirou-se todas e quaisquer qualidades que essa rapariga poderia ter, para ficar apenas resumida a uma, supostamente, feliz ex-escolha de namorado.

É mais ou menos como aquelas pessoas que são conhecidas como "a irmã do Ronaldo", ou a ex do Simão Sabrosa, não têm qualquer hipótese na vida de serem conhecidas pelo nome próprio, até se pode dizer "a Filipa Valente", seguido de "a ex daquele jogador de futebol, o Simão Sabrosa".

Por isso já sabem, se nunca tomaram atenção ao vosso portfólio, é melhor fazerem uma revisão, se não tiverem vários Valetes ou alguns Reis, o melhor é encontrarem um Às, porque com o Às já ninguém quer saber se tens outros trunfos.

Special Agent Naughty


28 de maio de 2012

Bons ou maus na cama


Fala-se de muita coisa, mas o que realmente nos deixa curiosos, tem a tendência de ficar dentro do armário até que alguém mais descomplexado o retire de lá.

Por isso arrisquei em vir aqui a este blog falar de sexo.

Perguntei se o podia fazer e recebi como resposta um «Claro, não é política do blog criar tabus. Apenas peço que não seja escrito em tom ordinário.»

Falar de sexo sem ser ordinário, é como fazê-lo sem se ser prostituta. Ou seja, tudo depende de quem o faz. E no meu caso, é com muito amor.



Bons ou maus na cama, é o tema que escolhi para iniciar esta minha odisseia na blogoesfera:

Diz-se de bom na cama todo aquele individuo que acertou em cheio como mexer connosco e que sai do dito normal método tradicional.

Nada passa por se ser bom ou mau, passa apenas pelo encaixe e pelo dia em que se apanham na cama.

Ajuda que a pessoa seja desinibida, esteja relaxada, sem tabus, que se sinta bem consigo própria, para que não esteja tensa durante o acto. De resto é mesmo do dia e da pica que a outra pessoa nos dá.

Quando temos uma relação acontece termos umas vezes melhores que outras. Lá por serem as mesmas duas pessoas, não quer dizer que resulte sempre da mesma maneira. Há dias em que apetece, em que estamos com um apetite sexual voraz, e há aqueles dias em que apenas apetece que seja ele/ela a fazer o trabalho todo, porque o cansaço prende-nos à cama.

Sacos de batatas? Hoje em dia, é mesmo só quando apetece que seja ele (homem) a mexer (andam muito comodistas e nós vingamo-nos), ou então estão a pensar “despacha lá isso que eu quero descansar e já não estou para me mexer”.

Bombas sexuais? Estava claramente num dia sim, num dia em que a libido estava em alta e por acaso ele até lhe dava bastante pica, ou então nem dava, mas ela decidiu mostrar-lhe como se faz e deixa-lo a pensar nela como a melhor de sempre.

Tímida? E então? Há pessoas que nos deixam tímidas, mas se quiserem também nos podem deixar à vontade, é só quererem.

Luz acesa? Nem sempre... às vezes preferimos que a imaginação funcione, e para nos pormos em todas as posições sem complexos, é preciso não olhar a pormenores.

Por cima ou por baixo, muitas ou poucas posições? Depende do dueto. Ambos têm de perceberem o que o outro mais gosta. Estar sempre a mudar, também não. Mas umas mudançazinhas até que os dois percebam as posições que um e outro gostam mais, é o ideal.

Aqui fica a opinião de uma nova Agente. Sintam-se no direito de contrariar e acrescentar outros tópicos.

Até breve

SA Mad


25 de maio de 2012

A primeira vez


A primeira vez. Esse momento tão esperado, em que podemos passar dos 8 aos 80 tão rapidamente como dos  80 para…zero. As primeiras vezes não são fáceis. Por mais experiência que tenhamos, quando se trata de alguém que gostamos e fazemos tenção de ter uma relação, todo o cuidado é pouco.

A impulsividade sobe-nos ao coração. As roupas desaparecem como que por milagres. Algumas delas ficam mesmo em estado irreparável. Chegou o momento tão esperado. E aqui começa a epopeia. Queremos fazer tudo bem, queremos agradar, queremos que corresponda, queremos….queremos demais. Focar primeiro. Dominar o instinto primário do homem, eis uma tarefa de Hércules. Interessados ou não, há sempre a tendência para nos exaltar e perder as rédeas do pensamento. E esquecemo-nos muitas vezes – ou reduzimos ao mínimo – algo que no Século XXI já deveria estar na cabeça de qualquer homem: os preliminares. Algo que para o sexo feminino é, muitas vezes, mais importante do que o acto em si. Não o fazemos de propósito – a não ser que as intenções não passem mesmo por ai. É como olhar para uma mulher bonita, bem vestida, com charme. É intrínseco. Para um Homem, não para um ser das cavernas, claro.

Quando um homem deseja, ou, pior, quando o homem ama, o primeiro momento pode tornar-se num pesadelo. Afinal, cada cabeça sua sentença – todos somos diferentes. Mas a vontade está lá. Eis uma lista de problemas práticos para o homem:

- Preservativo. Sim, não gostamos. Ninguém gosta de ter relações com um saco plástico. Mas é uma conversa a ter, mesmo se em segundos. Porque em segundos podemos ter outras surpresas…inesperadas. Perguntar sempre. E a primeira vez deveria ser sempre com o malfadado. Porque todos somos – ou deveríamos ser – conscientes.

- Preliminares. Já referidos, sempre e mais do que nunca. Se não, estamos, mesmo que inconscientemente, a ser totalmente egoístas.

- Posições. Pois. Com o nível hormonal a ultrapassar qualquer escala conhecida, a vontade de imitar os filmes que antes passavam no canal 18 é enorme. Frieza, precisa-se. Nada de abusos.

- Os pontos. Os famosos. Com calma, ir descobrindo o corpo dela. Perceber a reacção aos estímulos.

- O ritmo. Devemos ter pulso, mas também deixa-la conduzir. As mulheres não falam directamente, dão pistas. Tentar perceber a sua linguagem é um desígnio.

- O final. Levantar, vestir e ir embora dá direito a cadeia. No final de uma relação, uma mulher gosta de nos sentir juntos dela. Virar a cara para o lado e adormecer…não dá saúde nem faz crescer.

Resumindo. Descubram o corpo um do outro. Sigam o vosso instinto. Mas na primeira vez, sem pressas. Até porque se for “muito ao lado”, dificilmente haverão mais vezes. Get a grip. Somos adultos, não há bonecas ou objectos descartáveis. Somos humanos e, quanto mais ansiedade, maior a tendência para a impulsividade. E daí à asneira e um passo. Não pensem que, por já termos tido “n” vezes relações, sabemos bem que a primeira vez é “the one”, nos poderá pôr na mente dos jogadores da Académica ou dos adeptos do Sporting depois da final da Taça.

Agent Barney


24 de maio de 2012

Correio do amor parte II

Liga-me uma amiga:

«Juro que não entendo estes gajos! Não entendo mesmo! Já nem tento compreender o que lhes passa pela cabeça. Têm medo?! São infantis?! São o quê?!

Estive com João há 1 mês atrás, demorei 30 dias para voltar a assumir estar novamente com ele. Somos amigos, ou pelo menos temos algum tipo de relação. Falamos diariamente, não posso dizer que não existe alguma coisa, seja ela qual for, que nem eu sei, entre nós.

Damo-nos, vá, vamos pôr as coisas desta maneira. Fomo-nos habituando a darmo-nos. Estamos semanalmente juntos no curso de informática, acabámos por nos sentar lado a lado e o normal, sabes como é?! Aquele dia-a-dia, vai juntando as pessoas.

Mensagens, telefonemas, trabalhos de grupo... E um dia há um primeiro beijo. Não fazia sentido, por isso, acabei por fugir. Tinha de pesar o lado certo e o errado.

Como iria continuar a estar com ele, se acabássemos por nos envolver? E se não desse certo, se fosse um erro? Achei melhor afastar-me disso. Não sei se ele percebeu ou não, não voltámos a tocar no assunto e ele não voltou a tentar.

Estivemos todas as semanas desde então, falámos todos os dias. E é como se diz - água mole em pedra dura, tanto bate até que fura -, e furou! Acabei por ceder, 30 dias depois, e deixei-me levar pelo olhar dele a última vez que prendeu no meu. Fechei os olhos e segui-o.

E agora estamos assim, esquisitos. Ele não toma a iniciativa de falar comigo.

Será que ele não percebe que temos de continuar a lidar um com o outro? Não deveríamos falar sobre o que se passou? Como vou continuar a sentar-me ao lado dele no curso? Como vou ligar-lhe para combinarmos o trabalho de grupo que estamos a fazer?

Não sei se a ideia é deixar as coisas andarem assim normalmente, até surgir a oportunidade. Não sei se irei conseguir lidar com este silêncio.

Special Agent, já li muitas coisas no blog, já me revi em tantas outras, mas parece sempre que para a nossa pergunta não há respostas. Saberão os vossos leitores responder a estas minhas »

E assim decidi partilhar a historia. Com a sua autorização, é claro!

Pode até alguém ter uma resposta a dar, mas não há respostas certas a quem sente. Acredito que se deva fazer aquilo que nos faz sentir bem. E se neste caso é falar, se ele não fala, alguém tem de tomar a iniciativa. Por muito que custe estão os dois juntos nisto, se um não se chega à frente é bom que alguém o faça.

Special Agent Naughty


23 de maio de 2012

Como dar uma má notícia?

Sempre tive dificuldade em dar más notícias, em chegar perto de uma pessoa e estragar-lhe o dia, a semana, o mês, ou uma esperança.

Um psicólogo dir-me-ia logo que é um reflexo daquilo que eu não gosto que me façam. Óbvio! Mas esta seria fácil de acertar, quem gosta de receber uma má noticia, de lidar com um mau momento, ou sentir que aquilo em que acreditávamos deixa de existir? Poderia arriscar em dizer, ninguém.

É verdade que sou apologista de dizer logo aquilo que nos custa, de agir o quanto antes para ficar ultrapassado, mas nem tudo aquilo que sabemos ser o mais certo, temos facilidade em fazer.

A teoria é sempre mais fácil, disto estamos cansados de saber e eu sou um óptimo exemplo disso. Acho que sei sempre a solução certa, vista de fora, mas nem sempre tenho a mesma facilidade em usá-lá. 

Sempre que tenho de dar uma má noticia a alguém, acabo por arrastar, tento escolher o melhor dia para o fazer, um dia em que a pessoa não esteja tão triste, em que não seja véspera de um fim-de-semana para não o estragar; que não seja inicio da semana, para que esta não comece logo mal; tento sempre evitar colar uma má notícia a outra má que tenham recebido... ao mesmo tempo que tento, eu mesma, ganhar coragem, para o fazer. Mas parece sempre que entramos na lei de murphy, e qua as más notícias se juntam todas de seguida umas às outras, não deixando espaço para darmos a nossa...

Tive dificuldade em acabar relacionamentos, tentei tudo, dar razão à outra pessoa para que me detestasse, tentei arranjar desculpas de incompatibilidade, preferia simplesmente que acabassem comigo, em vez de ter de ser eu.

E agora ca estou eu em mais um dilema de dar uma má noticia, e quanto mais arrasto, menos tempo tenho para o fazer.

Hoje é o dia em que vou estragar o dia, a semana, o mês ou meses, de alguém. Em que vou ter de fazer a vida dessa pessoa dar uma volta de 180º. Odeio ter este poder sobre a vida de alguém, saber que posso estragar assim a felicidade de uma pessoa. Mas chegou o dia em que vou ter de dizer à minha empregada de há 5 anos que já não preciso mais dos serviços dela...


Special Agent Naughty


22 de maio de 2012

Poliamorosos

O que é o poliamor?

É manter mais do que uma relação ao mesmo tempo com o consentimento e aprovação dos parceiros envolvidos. É aceitar que o amor não é monogamico e por consequência, sem ciúmes nem atritos, aceitar que se possa viver mais do que uma relação ao mesmo tempo.

Desta forma, uma pessoa pode ter 2 ou mais namoradas/dos e estar envolvido com elas de forma intima, estável e duradoura, não é necessário que todos os envolvidos estejam envolvidos uns com os outros.

Vi a reportagem da TVI que falava sobre este tema, depois disso parece que proliferou, e já começo a ouvir por todos os lados falar desta nova forma de "amor". Sempre existiram muitos adeptos de relações abertas, mas que tivessem funcionado, nunca conheci nenhuma. Agora, que já se discute há muito tempo se o ser humano é ou não monogamico... Também não sou eu que vou responder a isto.

Agora, quanto a mim, não há nada a fazer, escusam de me tentar convencer de que fico uma poliamorosa, que isso não pega. Sou ciumenta como tudo, já tenho de me controlar de fazer cenas, quando não se passa nada, imaginem se realmente se passasse... Aí em vez de reclamar por nunca estar comigo porque esta 24h a trabalhar (que ainda é uma desculpa aceitável que temos de comer e calar), e passaria a ter de me "carcomer", porque ele gosta mais dela do que de mim, ou ela faz melhor isto que eu, ou cada vez que me chateava com ele, ele ia a correr para os braços dela (na volta andava na linha que era obra, nem discutia ;) ). Nem pensar!

Ser eu a ter vários relacionamentos? Fora de questão! Já me vejo grega para ter 1, como faria para ter mais 2 ou 3... Estava tramada! Isto sem falar de gerir feitios, de ter de gerir agendas ora com um, ora com outro (quando só a minha já é um filme de terror e já não me consigo gerir a mim própria, que acho que nunca tenho tempo para nada), isto sem falar de uma visão assustadora de um futuro com 2 sogras a opinar sobre a minha forma de estar, o que eu fiz que não devia ter feito, como eu não trato ou cuido dos filhos dela, como elas tinham sonhado.... I'm out!

Pelo meu lado estou totalmente decidida: não sou uma poliamorosa! Mas dou um prémio a quem tiver um relacionamento destes de sucesso! Devem ser uns heróis!

Special Agent Naughty


17 de maio de 2012

Telefonema às 3h da manhã...

O que pensa uma mulher quando recebe um telefonema ou uma mensagem fora de horas? - perguntava-me o Diogo.

Farto-me de tentar explicar de mil formas e feitios para que os homens deixem de o fazer, mas ao que parece algumas mulheres gostam de receber essas mensagens tardias, não percebem a razão que levou aquele homem a escolher aquela hora, e não outra, e por acaso a uma sexta ou a um sábado à noite, o número dela para enviar aquela mensagem.

Tal como há mulheres que gostam, há outras que detestam e sentem-se ofendidas, assim achei melhor responder por partes:

Tens vários tipos de mulheres, comecemos por aí, é importante identificar com quem se está a lidar:

 - Tens a "mulher para casar", a essa nunca penses em enviar uma mensagem depois das 23h, quando não é teu habito ligar-lhe, ou quando não falaram antes e pré-combinaram esse telefonema, e se por acaso o assunto é "onde estás?", "onde vais?", ou "o que vais fazer?", podes esquecer logo esse tipo de abordagem;

- Tens a mulher que achas alguma graça e ela até te deu alguma conversa. Deu-te conversa, sim, e talvez até te ache mesmo graça, mas daí a achar graça receber um telefonema teu às 4/5h da manhã, como quem diz -"já dei voltas a mais na noite à procura, deixa-me lá ir ter contigo, que pelo menos tu és um recurso certo", esquece! É um tiro no pé, para que esse engate fique mesmo por aí;

- Há aquela engraçada, que te parece uma desesperada apenas porque está sempre na noite. Cuidado com esses clichés, parecer para ti, não é ser. Não arrisques no telefonema, é preferível a aproximação;

- Não, a tua ex namorada não é má hipótese, na volta até caiu uma vez no erro, mas depressa aprendeu;

- Se tiveres sorte, apanhas aquelas que pensam da mesma maneira que tu, logo sabe que talvez de vez em quando faça o mesmo, por isso não se importa nada e até responde;

- Se for o teu caso recorrente, Go for it, mas tenta que ela ache que tu só fazes isso com ela.


Mas a pergunta que eu te deixo é outra: o que pensa um homem quando recebe uma mensagem de uma mulher depois da meia-noite? Mensagem inesperada, como é obvio, e com a pergunta chave "onde andas?"...

O cenário deve ser bem oposto...


Special Agent Naughty



16 de maio de 2012

Existem apenas 2 tipos de mulheres

Em extremo existem dois tipos de mulheres: 

- as mulheres-para-casar;
- as mulheres-independentes-demais.

O primeiro tipo, são as mais tradicionais, que vivem para casar, ter filhos, cuidar da casa e do marido, algumas também conseguem ainda acrescentar uma carreira, mas sem nunca descurar no objectivo de vida fundamental: a família.
As mulheres para casar têm sempre namorado, os relacionamentos são de vários anos, nunca estão solteiras e apenas trocam de namorado quando já existe outro em vista. Quando são deixadas, agarram-se logo ao primeiro que lhes aparece ou tentam ir buscar o ultimo que ainda está solteiro e já conhecem, logo é mais fácil e confortável. Este tipo de mulheres não sabe estar sozinha, tomar decisões sozinhas. São demasiado dependentes de alguém, daí a necessidade de terem sempre alguém. São muito prestáveis, cuidam tanto do marido de forma a criar nele uma necessidade de dependência nelas, como elas têm neles. Controlam a vida do namorado/marido em tudo, trocam senhas de emails, passwords de telemóveis, do bando, tudo. Não há segredos nos relacionamentos das mulheres-para-casar. 

Já as mulheres-independentes-demais, são exactamente isso, demasiado senhoras de si próprias. Têm uma carreira a que se dedicam para serem as melhores, tiram vários cursos, são insatisfeitas por natureza e querem sempre alcançar novos objectivos, fazem desporto, cozinham, fazem bricolage, são óptimas amigas, organizadas, tentam ser perfeitas em tudo e têm o tempo quase todo ocupado. Quase nunca têm relacionamentos e quando têm é sempre com homens que elas possam dominar. Elas escolhem os seus homens, o restaurante, as ferias, a decoração da casa, a roupa dele, tudo! Elas já sabem o que querem e como querem, o resto à volta delas ou se enquadra, ou não dura.
Um homem sente-se sempre a mais na vida delas ou inferior, porque elas sabem demais ou acham que sabem. Tratam da vida delas, das deles e ainda tratam de todas as vidas à volta. Normalmente este tipo de mulheres, ou arranja um homem submisso o suficiente que possa decorar a vida delas, ou então, ficam para tias.

Claro que há ainda as mulheres-para-casar com um pouco de mulheres-independentes-demais e vice-versa, mas há apenas um dos tipos que prevalece em cada mulher. Todas têm mais um que outro.

Agora tudo depende da personalidade do homem o tipo de mulher que quer para si. Se é tímido, com dificuldade de decisão, o típico menino da mamã, o ideal é arranjar uma mulher-independente-demais, se é dominador, autoritário, típico macho-latino, então é melhor escolher uma mulher-para-casar.

Special Agent Naughty


15 de maio de 2012

Formas originais de engate

Vamos lá tentar apurar alguma criatividade, puxar pela imaginação e dar algumas dicas para largarem de vez a fórmula básica de engate numa discoteca ou bar depois de uns copos:


- Descubram o nome dela e vão esperá-la no aeroporto com um cartaz com o nome dela escrito. Quando ela se aproximar, digam que foram buscá-la para a poderem conhecer melhor;

- Se querem enviar uma mensagem com o telemóvel, sejam originais, agarrem no nosso amigo Talking Tom (o gato), no Talking Larry (pássaro), ou noutro qualquer bonequinho do iphone e gravem uma mensagem onde ele fale por vocês, a dizer que como preferiram utilizar um avatar fofinho, para que ela tenha mais pena e vontade de cuidar de vocês;

- Se acharem graça à rapariga que está ao vosso lado a jantar/almoçar, peçam ao vosso amigo para sair por um instante, mostrem-se atrapalhados, procurem qualquer coisa com um ar aflito e depois de algumas voltas, dirijam-se a ela e peçam desculpa por interromper, mas que não encontram o telemóvel. Perguntem-lhe se ela se incomodaria de vos dar um toque para o telefone, para ver se está ali por perto. O que ganham com este aparato? o número dela;

- Deixem uma mensagem no pára-brisas a dizer "esta viatura encontra-se mal estacionada, devia estar antes a caminho de um almoço comigo" depois deixem o telefone e o nome;

- No autocarro, perguntem qual é a saída dela, depois saiam com ela e digam que não podem deixar uma rapariga tão bonita ir sozinha para casa;

- No supermercado, ofereçam-se para levar o carrinho enquanto ela faz as compras do supermercado. Se não funcionar, levem pelo menos as compras até ao carro, e como é obvio, deixem cair um cartão com o vosso telefone num dos sacos;

- Numa loja de roupa, que achem graça a uma das raparigas que lá trabalhe, perguntem se têm cartão da loja, depois perguntem o nome dela, para saberem com quem devem falar para saber quando chega a nova colecção;

- Num restaurante, peçam o livro de reclamações e escrevam que reclamam por se terem enganado na pessoa com quem estão a jantar, preferiam claramente a senhora que vos está a atender;

- No dia dos namorados, dirijam-se a uma rapariga e dêem-lhe um ramo de flores, acrescentem "não queria que chegasses a casa sem umas destas";

- No ginásio, digam que são personal trainers e que se oferecem para lhe dar uma aula de graça para ela experimentar;

- E um flash mod em homenagem à pessoa que gostavam de conhecer, acham mesmo que ela iria resistir a assistir a 100/200 pessoas todas em plena rua a dançarem à volta dela numa coreografia sincronizada, que apenas vos deixariam aos 2, no fim, em pé, juntos, como se tivesse sido obra do acaso a escolha dos 2...

- Também podem pedir ajuda aqueles actores de rua, que chame um, depois outro e vos peçam para encenar um momento romântico improvisado;

- E a tradicional e menos esquecida serenata? Já imaginaram como se sentiria uma mulher, no seu dia-a-dia de trabalho, em pleno escritório openspace, no meio da sua habitual pilha de trabalhos e no frenesim de andar de um lado para o outro, fosse surpreendida com um grupo de mexicanos que lhe entrava pelo escritório a dentro cantando e tocando para ela? Fariam-na corar, depois disso, mesmo que não gostasse assim tanto de surpresas ou chamadas de atenção para ela (que também acontece), iam fazer do dia dela, um dia diferente;

- Gosto sempre de sugerir os pedipapers. Onde vários post-its são deixados em locais específicos que levam a curiosidade a segui-los, até que no fim... Vos encontre.


A lista já é bastante grande, já vos deixa muitas ideias de forma a quebrar a regra, a mostrar mais vontade. Não nos deixem a pensar que somos mais uma, e que se não quisermos há mais quem queira. Experimentem mostrar que somos mesmo nós quem vocês querem conhecer e que para isso se esforçaram para chamar realmente a nossa atenção.


Special Agent Naughty


14 de maio de 2012

One night stand (the reply)

Sou fã de One Night Stands!!  Ou melhor Seria… se fossem em número suficiente para serem contados (os bons e os maus) pelos dedos de… mais de uma mão!!
Passaram aqui quatro pormenores que, por o não serem, eu aqui gostava de os realçar. 

O primeiro é que grau de alheamento descrito como sendo necessário para um one night stand é o típico de uma bebedeira! Um coma, quase… Ir “até ao fim, apenas porque não há o amanha, porque não vão querer repetir noutro dia, pensar no que aconteceu, se está certo, se está errado, se há expectativa... Nada!” - Só se consegue ser e estar assim estando bêbado!!

Aliás a “ressaca” do dia seguinte quando se “conta às amigas” é a prova provada… senão não seria de ressaca, né? (e para se ir logo contar às amigas acho que nem ressaca é… ainda é bebedeira… mas depois explico).

Porque é que as mulheres só se dispõem a um stand se tiverem bebido? E digo bebido o suficiente para ter ressaca? Não têm tanto direito a explorar a sua sexualidade e os seus desejos sóbrias como alcoolizadas?? Serão todas assim tão maniêntas?? Tão complicadas? Tão…inseguras?

Não será possível cruzarmo-nos com uma mulher que se conhece de vista (sim… one night stands com totais desconhecidos só acontecem em holywood) num jantar ou combinar um café com uma pessoa que se conhece mal, trocar uns olhares, umas gargalhadas, uns piropos discretos e já de caminho de casa ouvir-se um simples e sorridente-encavacado: - Queres subir?

Não será mais fácil assim… sem o alheamento do álcool saber distinguir e entender que aquilo é/vai ser um one night stand??

Eu acho que sim… mas acho que a situação pode ser tão recriminadora para algumas mulheres que não se permitem ter este tipo de aventuras…  que… quando correm bem são fantásticas!

E recriminadora porquê? Quem é que contribui para essa recriminação?? Isto leva-nos à segunda questão!!  

“Contar às amigas”???  Isto aqui então dá pano para mangas!! Contar às amigas?!!? Mas isso não estraga mais de metade do gozo do secretismo do one night stand?? Não há sempre uma mais ajuizada que estraga tudo e pergunta se acham que fizeram bem??  Não estraga logo o gozo de nos cruzarmos anos depois num casamento e cumprimentarmo-nos com um sorriso cúmplice como quem diz… Só nós dois é que sabemos! E se o sorriso for maroto o suficiente… haver a hipótese de se levar uma história picante para recordar dessa festa de casamento? 

Acham mesmo que nós somos “distraídos” o suficiente para não entender quando as vossas amigas sabem?? Elas tentam… mas… não conseguem disfarçar! Há um brilho no olhar, uma simpatia despropositada, um constrangimento que nós topamos à Légua!!  E quando se topa isso, se o one night stand tinha sido bom, se as regras pós até tinham sido cumpridas, se a recordação era boa… e podia até ter tido uma (just one night again) sequela… Tudo isso morre ali!!

Aprendam a guardar segredos! E desfrutem mais…

O terceiro pormenor é o facto de não quererem que nós as procuremos no day-after. Ora se o one night stand foi impulsionado pelos copos o mais provável é que não queiram mais contactos pelo facto de “com esses mesmos copos” o one night stand tenha sido uma cagada!! Tenha sido com uma pessoa com a qual se convive por interpostos amigos muito amiúde…  não é?? E isso… é uma asneirada!! Não querem que as contactem… não querem sequer recordar que aconteceu!!

Porque se correu bem… se são ambos livres e desimpedidos… o natural é voltar a haver um contacto. Nem que seja para comentar (e só comentam os intervenientes!!!!) que foi de facto bom… e encerra-se o assunto sem ser com um vazio total, com a promessa de irmos manter o contacto sabendo que isso não irá acontecer nunca! Pelo menos teoricamente… É que sem esse encerramento pacifico nunca se poderá saber se o one night stand… o era ou não! Ficará sempre a dúvida. Eu não ligo… ela não liga… e ambos podem estar com vontade de o fazer! Há que encerrar capítulos senão… fica a dúvida!

O último detalhe… é que os homens, precisamente porque só encontram disponibilidade para one night stands junto de mulheres… digamos já alcoolizadas… começamos a não ter pachorra para esse género! Até porque nessa circunstância podemos estar a cair numa armadilha! Íamos para um one night stand e acabamos com 12 sms ao dia!! E assim, inevitavelmente, chegará o momento em que seremos “carinhosamente” rotulados de “os cabrões”.

E se nós não temos pachorra (pronto muita… temos sempre alguma) para as alcoolizadas e não sobram muitas com a cabeça suficientemente arrumada para a prática da modalidade… como é que nós Homens nos tornámos “batidos nessas situações”?? Como é que isso aconteceu??

Takes Two To Tango, remember??!  ;)


SA COXINHAS



11 de maio de 2012

Melga ou interessado - a linha que separa



Todos já tivemos “melgas” atrás de nós. Da escola até à vida adulta, é algo intrínseco no nosso crescimento e, infelizmente, no nosso quotidiano. Há sempre alguém que não percebe o conceito de não reciprocidade. Ou que finge não perceber. Ou não quer levar a “tampa”. Ou simplesmente adopta uma táctica até à exaustão.


Acontece. Mas quais os sinais que não está interessado? É o que vou tentar abordar neste post. Não um “manual” – estou bem longe de ser um guru do amor, mas porque sinto que, se a idade traz sabedoria, neste capítulo a situação parece não evoluir como seria suposto. Para homens e mulheres, mas especialmente destinado a estas últimas.  Até por que o cariz feminino do blog assim o pede. E o papel da voz masculina que tento aqui ter também.


Comecemos.


Conheces alguém. Achas-te interessante, e pediste o telefone. Fazes uma, duas, três chamadas mas há sempre uma desmarcação. É preciso por os óculos. Quando nos dizem “tenho um jantar de amigas” ou, pior, “o meu avô faz anos”, não tenham dúvidas. Esqueçam. Não está interessado/a. Se houver algum interesse, voltará a contactar. Mas ainda assim, dependendo da abordagem, tenham cuidado. Um telefonema de volta não significa interesse, até mesmo que queiram combinar qualquer coisa. Às vezes pode ser só mesmo para conversar, para conhecer um pouco. Ou algo tão simples como “não estou interessado, mas não sou mal-educado e estou-te a tentar passar essa mensagem para ver se percebes, de modo a desmelgares”.


Conheces-te alguém e adicionaste-o no Facebook. E fala, insiste, envia links de músicas, concertos, exposições, ou até ao mais óbvio cinema. Tentem perceber se a conversa é recíproca. Se não somos sempre nós a meter conversa. Se formos….O remédio é passar para outra...


Engate puro. Viste no Facebook, ou sabe que é amiga de algum amigo/conhecido e adiciona-te. O aceitar a tua amizade não quer dizer que está interessado. Pode ter simplesmente visto os amigos em comum e pensou “devo ter conhecido em algum lado e não me lembro, mas como temos amigos em comum, deve ser de confiança”. O resto já foi referido. (PS. se for Homem, está interessado, acreditem. Agora se está com boas intenções ou não, só a abordagem e o tempo o dirá).


One night Stand. E voltando ao post anterior…quando nos vemos perante uma situação destas, o melhor mesmo é seguir o modelo americano: sair e ir embora. O one night stand, stands for isso mesmo. Foi uma vez. Achei-te piada, estava com desejo e aconteceu. Mas no dia seguinte, cai a máscara. A gigantesca parte dos casos é isto mesmo. Passar um bom momento. O que não significa que não possamos pedir o contacto, nem que seja quase por boa educação (isso de levantar, ir embora e deixar um bilhete é mesmo à filme). Gostamos, mas as pessoas não são descartáveis. Querem respeito para não se sentirem usadas. Mas convenhamos: não é exactamente a melhor maneira de se começar uma relação. Por isso, não fiquem com muitas esperanças. Foi bom enquanto durou, mas agora move on.




Sumarizando:

- Se não liga ou responde passado tréculos, não interessa.

- Se liga e combina mas depois não confirma, telefonamos e afinal está ainda “não sei aonde, está com o amigo Y e ainda te pergunta se queres ir ter com ele”, tiro nele/a;

- O facto de nos envolvermos com alguém uma vez ou duas, não significa que o interesse seja extensível temporalmente;

- Por telefonar uma ou outra vez, ou responder na mesma medida - quando e como lhe convêm, apaguem;

- Um ou dois programas, em que nada tenha acontecido, sem “acompanhamento telefónico”…esqueçam;

- Se fala, fala, mas só “virtualmente”, desconfiem. O passo seguinte é o encontro. As palavras são subjectivas, escrever num teclado é fácil e banhos rápidos de cultura para impressionar também;

- Falar de filhos ao terceiro café é a loucura, como já escrevi no post anterior. Equilíbrio e bom senso;

- Actos fisicamente reprováveis do nada – façam queixa na esquadra mais próxima;

- Por favor: não mostrem carência. É o pior dos sinais, afasta tanto homens como mulheres. Queremos parceiros/as fortes, com confiança. "Disse algo de mal, fiz alguma coisa que não gostaste" são coisas que não se dizem. A não ser que tenhamos sido terrivelmente inconvenientes - acontece a qualquer um - se disse ou fiz algo que não gostaste, azar. Sou assim. Uma coisa é mostrar preocupação e atenção, outra é mostrar medo de termos feito algo de errado que possa levar a que a outra pessoa se possa afastar. Nada de mais errado. Naturalidade pede-se. E personalidade.




Por outro lado, alguns sinais de interesse:

- Quando há interesse, há comunicação. Não há desculpas. Não estava com o telefone ao lado, tinha o facebook ligado e só vi depois, tenho os anos de não sei quem. Esqueçam tudo isto. Mas por haver interesse não quer dizer que haja um comprometimento. Significa que as partes (ou uma delas pelo menos) estão a dar uma hipótese de se conhecerem. E isso só se consegue fisicamente, ou sejam, junto com a outra pessoa. Não verticalmente, mas na horizontal. Café, jantar, concerto, teatro, cinema, à varanda, não interessa. Não há evento ou acontecimento que sirva de desculpa constante.

- Se te convidam para jantar. Um homem serio "chega-se à frente" e não tem medo. Vamo-nos conhecer. Cinema e programas afins é mais para a frente, porque estão lado a lado e calados. Voltando, hoje em dia, começa a entrar na moda começar a dividir a conta. Neste caso, a minha educação conservadora - e não provinciana - vem ao de cima e não deixa. Mas é um mal menor. Mas se, por algum motivo, não puder pagar a conta, deixem-no a lavar pratos.

- Se há interesse para além do óbvio, a conversa desenvolve-se. Mas tem de ser o mais possível na medida do 50% para cada lado. Pessoas narcisistas e egocêntricas, que “fizeram, fazem e irão fazer não sei mais o quê”, que só conseguem ouvir a sua própria voz, esqueçam. A pessoa interessante (e equilibrada) quer conhecer e dar-se a conhecer. Não quer apressar, mas também não quer esperar eternidades. Respirem fundo. As coisas desenvolvem-se naturalmente. Sem jogos tontos. Sem esquemas. Sem mentiras. Sem hesitações.

A inteligência emocional é, no conceito "geek" Star Trak, "the final frontier" (para as meninas, a serie que tem o Spok, o orelhudo ). O último passo para a evolução da sociedade. Mas por um lado, ainda bem. É o sumo da vida. A conquista, a fase cor-de-rosa, o romance, etc. O problema está, na realidade, em pormos os óculos da avó e não vermos (ou não querermos ver) o que está mesmo à nossa frente.  Senão caem no erro de nos tornarmos melgas, caindo no degradante e até mesmo à exclusão.

Agent Barney


10 de maio de 2012

One night stand

Há aquelas aventuras de um dia, de uma noite, de um momento. Alguém que cruza por acaso o nosso caminho naquele dia e acontece. É uma experiência, apeteceu aos dois. Ambos estão livres, conhecem-se e simplesmente tiveram vontade de se deixar ir e atirar de cabeça num único momento a não repetir.

Vão até ao fim, apenas porque não há o amanha, porque não vão querer repetir noutro dia, pensar no que aconteceu, se está certo, se está errado, se há expectativa... Nada! Querem que tudo aconteça naquele dia e que não fique a vontade de mais nada, acaba onde começa.

Acontece ali naquele momento, naquele dia, e quando acordam semi-despidos lado a lado, despedem-se, nem é preciso trocar telefones, é só uma formalidade para que não seja tão frio.

No dia seguinte, durante a ressaca comenta-se com uma ou outra amiga, riem-se juntas, e fecham a "porta". Não há criticas, foi uma vez, foi uma experiência, uma aventura, apetecia, ninguém fez mal a ninguém.

O que ninguém está à espera é quando o homem, este, que normalmente está no controlo total deste tipo de situações, que já é batido em one night sands, não aceita que tenha sido apenas um momento isolado e quebra todas as regras e liga.

Liga uma vez, liga outra, tenta combinar novo encontro, tenta manter algum contacto, força demasiado para a ver mais uma vez, tenta conhecer e dar-se a conhecer, ou acha mesmo que como aconteceu uma vez, pode acontecer mais vezes... Até que começa a ser inconveniente.

Não nos queremos lembrar, não queremos que a sombra do que foi uma vez, nos persiga. Queremos que tivesse sido aquele momento, especial, isolado, divertido, com alguma magia de mistério por não conhecermos bem, por não sabermos quem é e podermos inventar o que nos apetece. Dar ao corpo uma personalidade inventada. Deixar um desejo desperto naquela noite única. Mante-la onde ficou, intacta. 

Quando tudo isto se quebra das duas uma, ou gostamos e há reciprocidade em continuar, em conhecer, em querer ir mais além, ou então se nos vêem fugir... Não insistam! Não vale a pena, vão estragar tudo, vão fazer-nos começar a sentir raiva e depois nojo. E daí até nos arrependermos e passarmos a associar-vos a uma "coisa" negativa é um passo.

É bom que tudo seja posto no seu lugar, e uma one night stand é isso mesmo, uma noite de loucura isolada. Pode ficar uma boa sensação, mas há que saber estimá-la.

Se não há grande abertura a voltar a estar, não voltem a tentar, por muito que vos pareça estranho, a mulher às vezes também só quer isso mesmo.

Special Agent Naughty


9 de maio de 2012

Valores que se perdem

Temos levantado, em alguns posts que escrevemos, a questão de alguns valores que se têm vindo a perder. Não sei se são os valores que se estão a perder, ou se estes se estão a adaptar e a modificar-se connosco e com o passar do tempo.

Esta é a eterna questão. Ouvimos a versão dos nossos pais e acreditamos que antes era diferente, chegando à conclusão que hoje em dia damos menos importância aos gestos, menos valor ao momento, perdemos menos tempo com a conquista, somos mais individualistas, temos menos paciência uns para os outros, e por aí fora. Mas se formos falar com os nossos avós, dizem o mesmo da época dos nossos pais, que os valores começaram a perder-se nessa altura (claro está, no nosso tempo, já estão mais que perdidos), para quem tem bisavós, se falar com eles terá sido no tempo dos nossos avós que tudo começou a mudar.

A verdade é que de geração em geração os valores mudam, as pessoas mudam, o tempo muda, e deixa de haver forma de comparação, porque tudo era diferente na geração anterior.

Ainda assim, e voltando um pouco atrás, todos gostávamos que alguns aspectos nunca tivessem mudado, e que de alguma forma, algum conservadorismo, ou mesmo "valores" se tivessem mantido eternos.

Fazendo um levantamento de alguns pontos que antes tinham um determinado sentido, ficamos abismados sobre como hoje em dia são encarados. Às vezes é apenas falta de tempo para olharmos de frente esta questão e a encararmos com a realidade mais pura.

Deixo aqui alguns exemplos:

Abraço: um abraço antes era uma forma de expressar carinho, claro que continua a ser hoje em dia, mas já temos outra atenção conforme a pessoa que nos abraça e o tipo de abraço que é dado. Às vezes é visto como forma de se aproveitar, de nos tocar. Estranhamos quando alguém com quem não temos grande confiança nos abraça, achamos logo que deve querer alguma coisa de nós.

Mão à volta da cintura: uma forma de afecto que hoje é um pequeno teste para ver a forma física. Se está tonificada ou qual o real volume de gordura.

Mão dada: é piroso, antes era o assumir ao mundo de um relacionamento.

Elogiar: é difícil. Hoje em dia um elogio é porque vão pedir alguma coisa em troca ou vão dar-nos uma má noticia.

Beijo na boca: só isso? Já é pouco, quando antes se demorava tanto tempo para se começar por um primeiro beijo, hoje em dia antes de conhecer já se beijou.

Dizer Amo-te ou Adoro-te: é como dizer olá, até amanhã, até já, qualquer coisa. Diz-se de qualquer maneira, por qualquer motivo.

Namorar: é mais simples ter casos, não se assume tanto e fica-se disponível para o que der e vier. Não dá tanto trabalho terminar.

Amor: é perda de tempo. E é expormo-nos demais. Antes procurávamos o amor, hoje fugimos dele.

Traição: é normal. Talvez sempre tenha sido, mas enquanto antes fingia-se não se saber, hoje em dia quer-se saber, para depois se perdoar ou mesmo para poder vingar ou arranjar motivos para largar.

Pedido de casamento: deixou de ser formal, meticuloso, cuidadoso, para muitas vezes ser combinado pelos dois, ou metida a aliança num bolso como forma de surpresa.

Special Agent Naughty

7 de maio de 2012

o que me vai na alma...


Os meus problemas com as mulheres da minha geração. Francamente, não consigo sequer escrever um i Mas uma coisa é certa: andamos desencontrados. Já aqui se falou da independência da mulher solteira, dos comportamentos menos positivos dos homens, das suas indecisões e, brilhantemente escrito, do silêncio. Relativamente a este tópico, respondo instintivamente: se um homem fica em silêncio, ou já não está mais interessado, ou está chateado, ou simplesmente…não sabe o que fazer!

Mas voltemos ao tema inicial. As mulheres e os homens solteiros (i.e. não casados nem divorciados) têm um problema de comunicação. É que simplesmente… esta não existe! Um homem aos 35´s, solteiro, dificilmente quer assentar. Esta é esmagadora maioria. Mas também tenho ouvido queixas das minhas amigas solteiras a queixarem-se no contrário. Que ao terceiro café já estão a falar em temas como casamento e filhos. Nada pior do que isto para afastar uma mulher (ou homem, na mesma medida). Já as mulheres solteiras querem-se (e bem, entenda-se) afirmar a sua independência, querem mostrar estar bem. E com isso exageram. Saltitam de festa em festa, falam com este e aquele, anda a procura de tudo e, ao mesmo tempo, de nada.

Escrevo este post porque cheguei a um ponto em que desisti da minha geração. Nós, os “restantes”, se calhar das duas umas: ou falamos dialectos diferentes ou simplesmente estamos demasiado magoados uns com os outros ( ;) ). Cada mais observo as mulheres a casarem com homens mais velhos, e homens com mulheres mais novas. “Heresia”, ouço. É claro que há excepções. Mas, como diz o velho ditado, apenas confirmam a regra.

Não escrevo este post como critica ou revolta, uma escalpelização de toda uma geração perdida. Escrevo-o como desabafo, baseado em constatações que tenho feito nestes últimos dois anos. Fazia (e faz me) particularmente confusão que esteja com outra pessoa, da mesma idade, com gostos parecidos, solteiros, amigos em comum, e sinta que mal olhem. Olho eu para mim, no meu todo. Não encontro uma falha óbvia. Depois observo os comportamentos: “foste à festa xpto no Sábado? Estava óptima, alias eu vou já sair porque tenho outra do meu amigo y”. Voltamos aos 20´s, então. A independência significa liberdade de espírito, capacidade de reflexão, de diálogo, de espírito aberto. Ser solteiro e independente não significa comportamentos infanto-juvenis. Isto aplica-se tanto a homens como a mulheres.

Voltando ao início do anterior parágrafo, não pretendo criticar. Apenas constatar algumas situações que me rodeiam. Claro que não posso generalizar – nada é generalizável neste mundo. Mas está lá, existe, são tantos casos...

Vocês (mulheres) reclamam de nós, homens. E com razão. Com esta idade já devíamos ter juízo. Mais juízo pelo menos. Não digo a família pipoca que vai ao jardim com as crianças e a seguir ao supermercado. Mas também a aclamada emancipação da mulher (clap, clap) traz consigo uma óbvia capacidade de introspecção / avalição . Queixam-se, queixam-se, quando na realidade sabem facilmente com o que podem contar. E depois acontece…o óbvio. E ficam chateadas. Com razão. Mas, bolas, porque não tiram os óculos-com-fundo-de-garrafa e vêem as coisas como elas são?

Cansado de ver amigas solteiras, trabalhadoras, independentes, interessantes, cultas, viajadas, a desabafarem comigo. Em minutos tira-se a pinta: não está interessado, está indeciso, só se quer divertir. São sinais demasiado óbvios. Como nós, homens. Óbvios. Por isso peço: tirem os óculos. E acharem que alguém interessante o suficiente, dêem uma oportunidade. Mas sejam objectivas na vossa análise.

Mas uma vez refiro, tudo isto não é uma crítica. E, se calhar, estamos mesmo todos magoados uns com os outros. Até porque Lisboa é um ovo e conhecemo-nos todos uns aos outros ou há sempre um amigo do amigo que conhece.

“Olha, alguma amiga solteira?” “Já sabes, as mesmas de sempre”, respondeu-me ainda este Fim-de-Semana uma muito próxima amiga. “Ah!”, respondi, como quem diz “nós já nos conhecemos todos, se era para acontecer alguma coisa já tinha acontecido”.

Agent Barney



4 de maio de 2012

O teu silêncio

Não sei o que diz o teu silêncio.

Vejo os teus olhos falarem, leio varias interpretações, hoje escolho a que preferia que fosse, mas amanhã tenho dúvidas, sou mulher, sinto que posso ter-me enganado a mim mesma.

O teu silêncio não facilita, não me diz o que preciso de ouvir para descontrair na tua ausência. Não me dá a verdade, espera que eu a descodifique.

Não te conheço o suficiente. Deixa-me conhecer, deixa-me perceber para lá desse muro impenetrável. Dá-me qualquer coisa mais palpável, para que eu possa interpretar correctamente.

Sou pessoa de falar. Falo muito, até. Gosto de explicar tudo, para que me entendam, para que não restem dúvidas. Tento que nada falte, que a comunicação seja clara e nem sempre é fácil.

Já tu, preferes que te leiam, achas que no silêncio tudo se entende. Não entendes as ramificações que uma mulher consegue dar a qualquer assunto não explicado e olhas-me com esses olhos de quem acha que eu entendo. De sorriso terno, de olhar intenso, falas-me a tua língua, que só tu conheces o tradutor, convencido de que eu sei o que me dizes. Passas a mão pela minha cintura no beijo de despedida e vejo-te, enquanto conto os segundos à espera que alguma coisa mude, que alguma palavra quebre o silêncio vazio, a desapareceres ao virar da esquina.

Entrego-me a mil perguntas, vejo mil interpretações, e sabes? Escolho a pior. Para não me iludir, para me defender, para poder fugir antes de me estatelar.

Não sei ler o teu silêncio. Deixa-me insegura.

Special Agent Naughty

3 de maio de 2012

Medo de ser solteira

Dizia-me uma amiga no outro dia – "Tens de concordar que ter namorado traz-nos alguma segurança. Só o facto de dizeres que tens namorado, os homens respeitam-te mais, não se metem tanto e tu sentes-te mais protegida."

Lembro-me da sensação do dia em que fiquei solteira, parece que és largada às feras. Durante 10 anos habituara-me à sensação ilusória de "segurança" que a sociedade nos impinge apenas porque se tem namorado. Como se a vida fosse mais fácil e mais segura. De um dia para o outro, ao depararmo-nos com um novo estado civil, sentimo-nos como órfãos, num mundo de gente crescida, onde não devemos movimentar-nos sozinhos sem que os outros reparem e olhem para nós de lado, com um olhar carregado de opiniões.

O simples facto de termos alguém, é como se nos mantivesse numa barreira protectora, qual redoma, que afasta os homens de se meterem demais, de os outros falarem de nós, de nos desrespeitarem. Acredita nisto quem quer, mas a verdade é que quem se habitua demasiado tempo à sensação de ter um "homem que nos protege", acredita piamente nisto.

Daí a maioria das pessoas, acabar uma relação e logo de seguida, meter-se noutra. Obvio que também existe o motivo comodismo, conforto, mas para uma mulher, o principal é, segurança.

Também há quem nunca acabe relações pelo medo de ficar sozinha, desprotegida, quem prefira viver eternamente numa meia relação, sem amor, sem paixão, muitas vezes com muito desrespeito, por acharem que solteiras as vão desrespeitar mais. O medo de serem faladas, de terem de justificar o fim da relação, de serem vistas como mulheres "sozinhas" apavora-as, têm mais medo de ter de lidar com o mundo sozinhas e preferem más relações, a nenhuma.

A independência assusta muita gente, têm medo de não ter programa, de não ter com quem passar tempo, ir ao cinema, a uma exposição, beber um café, ou ir jantar fora. Passar pela adaptação de voltar a estar sozinha, sem poder ligar a quem estamos tão habituados, apenas para fazer perguntas retóricas, comentar momentos sem importância, desabafar o dia que tiveram, não ter a quem ligar a contar em primeiro lugar as novidades, a chorar as tristezas, assusta. Sim, até admito que possa assustar, mas ajuda-nos a conhecermo-nos melhor. A aprender quem realmente somos, o que gostamos de fazer, a lidar melhor com as tristezas, a desenrascarmo-nos no dia a dia, a sermos mais fortes e a saber o que não queremos.

Faz bem estarmos sozinhas, parar, faz melhor que desperdiçar uma vida inteira num amor que não existe, numa relação aparente. Eu não seria capaz de não ter a minha historia de amor, perfeita ou imperfeita, mas que fosse vivida a 100%.

Respondi à minha amiga – "Tudo isso que pensas, faz parte dos teus medos, de ficar sozinha, de teres de falar e explicar aos outros que falhaste, que afinal voltaste a ser solteira, e sabes que terás de responder a isso durante muito tempo, e de lidar com todos aqueles que tenham uma opinião a dar. Mas passa, só custa o inicio, depois sentes-te mais forte por teres dado o passo, orgulhosa de ti por saberes que podes contar contigo, mais do que achavas, e mais feliz porque te deste a oportunidade de conhecer alguém que realmente te vai preencher.

Special Agent Naughty