25 de maio de 2012

A primeira vez


A primeira vez. Esse momento tão esperado, em que podemos passar dos 8 aos 80 tão rapidamente como dos  80 para…zero. As primeiras vezes não são fáceis. Por mais experiência que tenhamos, quando se trata de alguém que gostamos e fazemos tenção de ter uma relação, todo o cuidado é pouco.

A impulsividade sobe-nos ao coração. As roupas desaparecem como que por milagres. Algumas delas ficam mesmo em estado irreparável. Chegou o momento tão esperado. E aqui começa a epopeia. Queremos fazer tudo bem, queremos agradar, queremos que corresponda, queremos….queremos demais. Focar primeiro. Dominar o instinto primário do homem, eis uma tarefa de Hércules. Interessados ou não, há sempre a tendência para nos exaltar e perder as rédeas do pensamento. E esquecemo-nos muitas vezes – ou reduzimos ao mínimo – algo que no Século XXI já deveria estar na cabeça de qualquer homem: os preliminares. Algo que para o sexo feminino é, muitas vezes, mais importante do que o acto em si. Não o fazemos de propósito – a não ser que as intenções não passem mesmo por ai. É como olhar para uma mulher bonita, bem vestida, com charme. É intrínseco. Para um Homem, não para um ser das cavernas, claro.

Quando um homem deseja, ou, pior, quando o homem ama, o primeiro momento pode tornar-se num pesadelo. Afinal, cada cabeça sua sentença – todos somos diferentes. Mas a vontade está lá. Eis uma lista de problemas práticos para o homem:

- Preservativo. Sim, não gostamos. Ninguém gosta de ter relações com um saco plástico. Mas é uma conversa a ter, mesmo se em segundos. Porque em segundos podemos ter outras surpresas…inesperadas. Perguntar sempre. E a primeira vez deveria ser sempre com o malfadado. Porque todos somos – ou deveríamos ser – conscientes.

- Preliminares. Já referidos, sempre e mais do que nunca. Se não, estamos, mesmo que inconscientemente, a ser totalmente egoístas.

- Posições. Pois. Com o nível hormonal a ultrapassar qualquer escala conhecida, a vontade de imitar os filmes que antes passavam no canal 18 é enorme. Frieza, precisa-se. Nada de abusos.

- Os pontos. Os famosos. Com calma, ir descobrindo o corpo dela. Perceber a reacção aos estímulos.

- O ritmo. Devemos ter pulso, mas também deixa-la conduzir. As mulheres não falam directamente, dão pistas. Tentar perceber a sua linguagem é um desígnio.

- O final. Levantar, vestir e ir embora dá direito a cadeia. No final de uma relação, uma mulher gosta de nos sentir juntos dela. Virar a cara para o lado e adormecer…não dá saúde nem faz crescer.

Resumindo. Descubram o corpo um do outro. Sigam o vosso instinto. Mas na primeira vez, sem pressas. Até porque se for “muito ao lado”, dificilmente haverão mais vezes. Get a grip. Somos adultos, não há bonecas ou objectos descartáveis. Somos humanos e, quanto mais ansiedade, maior a tendência para a impulsividade. E daí à asneira e um passo. Não pensem que, por já termos tido “n” vezes relações, sabemos bem que a primeira vez é “the one”, nos poderá pôr na mente dos jogadores da Académica ou dos adeptos do Sporting depois da final da Taça.

Agent Barney


5 comentários:

  1. MUITO BOM!!!!!
    Bons conselhos sim senhor! Espero que alguns homens ainda venham a tempo de ler isto! ;)

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  2. Agent Barney, parece que nos complementamos de certa forma nos textos... por isso deixo-lhe aqui umas questões:
    E se na sua primeira vez ela estiver tímida? Pedir para ser de luz apagada? e decidir ser um saco de batatas?
    Não irá influenciar a primeira vez, a vontade de preliminares, de ir aos pontos e de se preocupar em ser guiado pelos estímulos que elas lhe deixam para ser lidos? não dará vontade de em vez de ficar e tentar adormecer agarrado, levantar logo e sair porta fora?
    Será que os homens não pensam que podem ter levado uma mulher a ser o tal saco de batatas?

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  3. SA Mad

    tudo depende das situações, nada disto e universal, aplica se caso a caso. Neste em especifico falo de pessoas com intenções sérias, não um one night stand ou amigas coloridas e afins.

    Mas a 1 vez nunca e facil, se gostarmos da outra parte...

    ja agora, e se decidir ser um saco de batatas..isso e das piores coisas que uma mulher pode fazer a um homem

    (isto dava pano para mangas)

    Agent Barney

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  4. Saco de batatas = pouca vontade / frete / bolas este é pior do que imaginava, bora lá despachar / é bom que fiques com má impressão minha para não me voltares a chatear / é a minha segunda vez depois de um namorado de muitos anos não sei o que fazer, ajuda-me / estou com vergonha / estou cheia de sono / não estou a sentir nada / esqueceste-te dos preliminares, vou esquecer-me de me mexer / estou podre de bêbada, vou cair para o lado se me mexo mais que isto...

    há tantas razões para se ser saco de batatas...

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  5. SA Mad,

    tantas razões para ser um saco de batatas, mas so uma reacção masculina: "poe-te na alheta", LOL


    Agent Barney

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