16 de fevereiro de 2012

A primeira relação e as outras todas - parte 2

Sentei-me com o meu sobrinho na praia, em cima do paredão e perguntei-lhe:
- Então e a tua namorada? Já estiveram juntos depois da conversa no facebook?

Apressado e defensivo, respondeu logo:
- Ó tia, era tudo a brincar! Eu estava só a dizer isso a fingir.

Pois, infelizmente tinha-me mostrado toda a conversa, as fotografias, tudo, por isso era difícil ele conseguir dar a volta. Decidi não pressionar, tentar abordá-lo mais tarde para perceber o que se tinha passado.

Quando voltámos para casa vi novamente surgir a oportunidade de falar sobre o assunto. O meu sobrinho correu para o computador e abriu o facebook. Debrucei-me sobre ele e perguntei: – Então, vais contar-me o que se passou para falarmos, ou preferes resolver isso sozinho?

Ficou durante um tempo a olhar entre mim e o facebook e sem saber o que responder, encolheu os ombros.

Assumi que a relação tinha acabado antes sequer de ter começado e disse-lhe: – Essas coisas acontecem todos os dias, não podes é deixar que gozem contigo.

Foi em cheio, olhou para mim e explicou-me: – Foi mesmo isso, ela estava a gozar comigo. Era uma brincadeira entre ela e as amigas. A verdade é que ela nunca gostou de mim e estava só a dar-me "baile" por eu ser novo na escola.



Senti novamente um reflexo entre o passado/infância e o hoje/fase-adulta: o problema é que nós mulheres percebemos cedo que podemos enfeitiçar os homens, desenvolvemo-nos mais depressa e isso traz-nos vantagens nas relações com os homens, acabamos por aproveitar essas vantagens e fazemos o que queremos deles.

Desde as primeiras relações que lhes infernizamos a vida. Uns anos mais tarde (no meu presente, no futuro do meu sobrinho), os homens depois de levarem tanta "tareia" das mulheres, de andarem às "cabeçadas" por não as entenderem, arranjam um escudo protector e a partir daí... Não há nada que os pare, ou que os deixe voltarem a sentir-se parvos/perdidos. Para não se deixarem usar, ou manipular pela sedução das mulheres, tentam fugir delas antes mesmo de as deixarem aproximar o suficiente.



Depois de olhar para o ar desolado do meu sobrinho, magoado pela primeira mulher de quem gostou, senti:
Estou pelos homens!
Realmente nós levamo-los ao limite enquanto eles ainda não se sabem defender, é natural que se defendam mais tarde, principalmente quando nós já estamos armadas até aos dentes.

Special Agent Naughty

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