16 de dezembro de 2011

Associação Portuguesa Adopta um Duende

Para ajudar a ter ideias, aqui vai uma possível Associação.

Quer a sociedade que se viva em comunidade, e que esta esteja dividida em bairros, separada por ruas, praças, largos e avenidas, onde há prédios com vários habitantes, separados por apartamentos, onde dentro desses há famílias. Quer a sociedade que assim seja. Mas os tempos mudam e as mono famílias são cada vez mais uma realidade. Assim as pessoas estão cada vez mais independentes, mais separadas e qualquer dia as sociedades também mudam e deixaremos de viver todos juntos, e passaremos a estar separados por montes e vales, em aldeias ou casas isoladas. E isso acho que nem a sociedade quer, nem nós precisamos.

Para mudar isso, pensei na criação de uma nova Associação, uma Associação que nos vai ajudar a ligar todos uns aos outros, onde passaremos a coabitar no mesmo espaço, mais juntinhos. Essa associação será para todos aqueles que vivem sozinhos e para quem ainda tem mais um espacinho lá em casa onde encaixa mais um. Será a Associação Portuguesa Adopta um Duende. Quem diz Duendes diz, tudo o que se lembrarem:

      Pode ser o adolescente que quer sair da aldeia e vir para a cidade, adopta-se e põe-se lá em casa;

      O velhote que já não consegue subir as escadas para entrar em casa e os filhos que já têm a casa cheia, estão a pensar em leva-lo para um lar. Em vez disso, inscrevem-no nesta associação, e quem quiser, leva-o para casa;

      A mãe que os filhos saíram de casa e ficou sem saber a quem vai fazer o jantar, adopta-se e faz lá em casa;

      O anão que perdeu o emprego e está à procura de um sítio novo, adopta-se e arranja-se um quarto na despensa;

      E claro o nosso amigo Duende que se cansou de viajar pelo mundo e de nos enviar postais, voltou e quer novamente um sítio onde ficar, o que lhe fazemos? Adoptamo-lo e deixamo-lo num cantinho florido da varanda.

Esta associação, apesar de à partida não parecer, vai trazer muitos benefícios
Traz benefícios para o adolescente que fica com uma casa nova na cidade, com cama, comida e roupa lavada, enquanto nos ensina a mexer no computador, nos faz companhia e ainda nos passeia o cão. Porque adolescente que se preze, adora animais.
O velhote fica feliz numa casa onde não tenha enfermeiras a acordarem-no todas as manhãs porque elas querem despachar-se a dar os banhos e os almoços, para poderem ir à vida delas, e a nós aquece-nos os bancos lá de casa, pelas horas que fica sentado no mesmo sitio, e ajuda-nos a ir treinando a dar papas, a mudar as fraldas, a dar o banho... tudo o que iremos precisar quando tivermos os nossos filhos.
A mãe é simples, faz o jantar lá em casa, ela gosta e nós também.
O Duende fica sempre bem em qualquer sítio da casa a decorar.
O anão dá imenso jeito, para nós e para ele. Fica com um espaço à sua medida, ajuda nas tarefas, compra o jornal e o pão todas as manhãs, e ainda se enrola nos nossos pés, enquanto vemos televisão, para fazer calor.
Eu por mim adoptava já um anão. Só de imaginar acordar de manhã abrir a porta e dizer:
Ó pecarruchuzinho anda cá dizer bom dia à mamã!

SAN

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