13 de dezembro de 2011

Como passar uma noite com o Brad Pitt?

Pensem comigo, estamos em crise, deveríamos voltar ao tempo em que os produtos que não precisávamos, trocávamos por produtos que outros não precisavam e que nós ainda lhes queríamos dar uso.

Tenho visto muitas iniciativas de venda de objectos, roupa, tudo em segunda mão. Mas em vez de venda, o que deveria ser era troca.
Há tanta coisa para aí que uns não precisam e que outros estão desejosos de ter, porque é que não voltamos uns anos atrás e simplificamos toda esta questão de já não termos dinheiro para nada.

Imaginem todo o mundo de coisas que podíamos ter e que só não temos, porque temos de comprar e ficar eternamente com tudo. Se pudéssemos trocar tudo, podíamos aproveitar e ter coisas apenas durante uma semana.


Temos as necessidades básicas e mais modestas que iriam dar um jeitão!
Como por exemplo:
– Quem já não quer aquele sofá, porque a família cresceu, troca com uma família que os filhos saíram de casa e agora já não precisam de um sofá tão grande.
– O bebé que já não usa berço, oferece o berço a outra família que está a ter bebé e vai buscar a cama do irmão mais velho que agora já não precisa de grades.
– A família que já não tem dinheiro para alimentar um cão grande, vai buscar o cão de outra família que em vez de um cão de guarda se enganou e comprou um rato de trazer no bolso.
– A mulher que já não está apaixonada pelo marido, oferece-o à amante e fica com as jóias dela em troca.


Mas também podemos soltar os nossos limites e ter:
– Um avião a jacto por um dia, que trocava por tudo o que tinha;
– um Iate durante um fim-de-semana, que ia trocar pelo jacto que tinha em meu poder;
– uma noite com o Brad Pitt, que não me ficaria mais barato que o Iate com que estava;
– e novamente a minha casa, o meu carro e o meu trabalho, em troca do suborno que iria fazer à Angelina.


Assim o mundo passa a estar ao alcance de todos. Deixa de haver limites e todos podemos experimentar e viver um pouco de tudo, para além de que o dinheiro deixa de ser um problema. 


Tinha de haver um site especifico de troca directa (parece-me mais difícil ter isto em lojas espalhadas pela cidade, onde alguns dos exemplos que eu já dei se tornariam difíceis de ter em montra...) onde leiloaríamos tudo aquilo que já não precisávamos, em troca de tudo o que outros já querem dispensar, e em vez do «quem dá mais?», tínhamos o «quem dá o quê, em troca de quê?».

Ao colocarmos uma peça na internet que já não precisávamos, apareceria a primeira licitação e se a pessoa que quer fazer a troca, não precisasse do que lhe estavam a oferecer, não aceitava, até aparecer alguma coisa que lhe fizesse falta ou que simplesmente lhe apetecesse experimentar.

Sinceramente acho que deveríamos pensar sobre isto seriamente e começar desde já implantar esta ideia. 


Para tomar a iniciativa, gostava de passar umas noites neste quarto de hotel. O que preciso de oferecer em troca?


Special Agent Naughty

2 comentários:

  1. Gostei muito deste artigo special agent naughty, e da descomplicação :) penso que o problema está no queremos sempre mais e nunca nos satisfazermos com o que temos...o contentamento e a satisfação equilibrada reduz esta ansiedade civil...hmmm...o Brad Pitt já não é o que era mas este quarto subaquatico seduz qualquer olho!
    Nicole

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  2. É verdade Nicole, acho que poderíamos cair na tentação de que nada é suficiente, mas o valor do dinheiro passaria a não ter a mesma importância e rapidamente voltaríamos à base daquilo que realmente precisávamos, isto se não caíssemos pelo caminho em desgraça...

    Special Agent Naughty

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