1 de março de 2012

Procura-se homem-para-casar

Não sei porque é que a vida não pode ser como nos desenhos Disney: anunciávamos a uma vila, cidade, província, condado, ou reino, que nos queríamos casar e como até ao momento estávamos com dificuldade em arranjar o pretendente ideal para o efeito, convidávamos todos os solteiros interessados a participarem no baile do nosso noivado.

Todos se aperaltavam, traziam os melhores fatos, os melhores presentes, preparavam aquele dia minuciosamente apenas para nos agradar. Nós (noiva-solteira-à-procura-de-par) apenas tínhamos de organizar uma festa (normalmente oferecida pelos nossos pais que estariam doidos para se livrarem de nós e oferecerem a nossa mão em casamento) e esperar, sentadas, com o nosso melhor vestido, numa poltrona, enquanto um-a-um, entram em fila para se apresentarem.

Nesta fase, apenas teríamos de dizer ao escrivão, que estaria a registar todos os momentos, nomes e presentes oferecidos por cada um dos solteiros-pretendentes-a-casar, quem estaríamos interessadas em conhecer melhor, quem era à partida excluído, ou quem deixava dúvida.

Depois das apresentações, sentar-me-ia com os "talvez" para um chá, e novamente uma selecção, mas nesta selecção deixaria de existir o estado intermitente, passando a aprovado ou rejeitado.

Excluindo da festa todos os solteiros-rejeitados, ficávamos nós (solteira-que-pretende-casar), com todos os possíveis-eleitos-a-maridos. Aqui iniciávamos o jantar, falávamos, para trocar algumas impressões com todos, depois seguia-se o tão esperado baile, onde seria avaliada a técnica de dança.

Depois do jantar e da dança, já restariam poucos "sim's".

Chegado o momento de nos retirarmos para descansar, despedíamo-nos – sem encontrar o sapato do cavalheiro que teve de fugir durante a dança, para que não o víssemos transformar-se em trapos – dormíamos tranquilamente e nos dias seguintes, faríamos um jantar com cada um dos candidatos.



Uma vez que os meus pais não tencionam organizar-me esta festa, e provavelmente nenhum homem estaria para passar uma noite a concorrer com outros, só para me agradar e deixar na minha mão a escolha... Vou deixar um anúncio no facebook (que é o meio mais rápido de espalhar pelo máximo número de pessoas, ou será no correio da manhã?!), directa ao assunto: convido a quem quiser casar comigo, ir ter à porta da igreja já de fraque, para participar na nossa cerimónia de casamento.

Como só deve aparecer uma pessoa (nem que seja o senhor que vai todos os dias rezar aquela igreja), não devo correr o risco de ficar plantada no altar.

Não é bem a mesma coisa, como era nos filmes Disney, mas ainda dá para nos inspirarmos e tentarmos qualquer coisa semelhante, mais baratinha e com um romantismo mais pro'moderno...

Na volta ainda nos calha a abóbora.


Special Agent Naughty

3 comentários:

  1. Se trouxeres uma amiga nas mesmas condições o agente barney pode aparecer. Diz dia, hora e sitio(LOL)

    agent Barney

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  2. Acho que devíamos juntar o útil ao agradável... apareceçam os 2 ( a S.A.N. de noiva e tu de fraque) que eu organizo a festa :)

    S.A.D.

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  3. ...É preciso apresentar cartas de referências?

    A.B.

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