9 de março de 2012

Quando menos esperas, apaixonas-te

É sempre estranho quando de um momento para o outro sentes novamente o bater do coração mais acelerado, a ansiedade de voltar a ver, o nervoso miudinho quando estamos frente a frente, a insegurança nas palavras, a vontade de falar tudo o que temos para dizer, mas acabamos por só dizer disparates, o prolongar do momento que não queremos que termine, o tentar planear o próximo encontro, o não saber se devemos olhar nos olhos, ou se devemos ser mais distantes.

Sentimo-nos simplesmente parvos em todas as atitudes.

Não queremos dizer a ninguém, queremos que seja só nosso. Temos medo de nos magoar, temos medo de nos expor, de assumir perante nós e os outros que estamos apaixonados. E se corre mal? E se não somos correspondidos? Depois não podemos sair com a mesma agilidade, porque mais alguém sabe e um dia vai relembrar-nos.

Ao mesmo tempo só conseguimos pensar nisso, só nos apetece falar disso, tentar saber mais, perceber se alguém tem alguma informação importante. Temos vontade de contar e de perguntar directamente se vale ou não a pena. Mas o medo paralisa, e deixamos de saber o que é certo e errado, se devemos falar ou se devemos guardar.

Depois pensamos que talvez devêssemos tentar mostrar, dar sinais, seduzir, conquistar, mostrar-lhe que pode avançar. E mais uma dúvida volta a assombrar: devemos mostrar, devemos dizer ou devemos deixa-lo descobrir?

Sim, o homem gosta de conquistar, mas ele nunca tem o mesmo medo de falhar? Não poderá não estar a ver, por não saber para onde deve olhar? E se sentir o mesmo, mas tiver medo de assumir, da mesma forma que nós temos? E se assumir for um passo grande demais?

Com tantas e tantas dúvidas, só pode vir de uma cabeça apaixonada e que ainda está a tentar enganar-se a si própria quando tentar controlar-se não assumindo o que sente.

Sim, quando menos esperas apaixonas e por quem menos esperas.

Se deves ou não falar, isso não sei, no momento certo vais perceber, talvez, mas mantém-te tu mesma, com os teus disparates, com as conversas sem sentido, com a ansiedade constante do olha ou não olha. Isso é o que tem graça, ninguém te leva a mal de dizeres uns disparates, acabam por ter o seu encanto.

Quem pode voltar a sentir isso tudo, está a permitir-se ser feliz.

Special Agent Naughty

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