15 de março de 2012

Tirem-me o telemóvel da mão!

Duas coisas que não combinam: álcool e telemóveis.

Não sei o que passa pela cabeça das pessoas quando, depois de uns copos a mais, olham com um apetite voraz para o telemóvel e atacam-no como se fosse o primeiro pedaço de comida que comem em meses. E assim se estraga uma noite que até estava a correr bem, tranquila, sem excessos (excepto o álcool), onde não se fizeram grandes disparates.

O telemóvel estava mesmo ali à mão, quando, ainda com a adrenalina de quem interrompeu uma noite que ainda vai a meio, vêem-se forçados a ir para casa.
A única companhia passa a ser aquele maldito aparelho que, depois de adicionarem álcool a mais, fica avariado e decide enviar mensagens sem sentido, fazer telefonemas a horas impróprias e obriga a dizer maiores disparates que nunca antes se tinham lembrado de dizer, mas que naquele momento, faz todo o sentido.

Diz o telemóvel: - Portaste-te muito bem hoje, vinga-te agora que estamos os dois aqui sozinhos. Vamos jogar ao telefone avariado, pode ser que por engano ainda surja alguma companhia que também juntou os mesmos dois ingredientes e está a olhar em desespero para o telefone, como quem pede para falar.

A resposta surge de imediato: - Porque não? Não tenho sono mesmo. Amanhã resolvo a asneira que vou fazer, hoje é que não fico sozinho!"

No dia seguinte ninguém resolve nada. Tentam pedir desculpa, via mensagem, ou tentam ignorar fingindo que nunca disseram ou enviaram nada daquilo que está registado no telefone, pensam que talvez dê para apagar da memória se não falarmos sobre o assunto. O que dava mesmo jeito era um botão de Undo! Refazia-se tudo outra vez e fazíamos desaparecer o telemóvel, antes de o regar com álcool.

Special Agent Naughty


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